terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Campeonato Espanhol

Barcelona vence Hércules, abre sete pontos de vantagem e está com as duas mãos na taça

Primeiro turno: relembrando

Pela segunda rodada do primeiro turno, Barcelona e Hércules se enfrentaram e a zebra passeou pelo gramado do Camp Nou. Era apenas o inicio da temporada e a equipe catalã ainda tentava se ajustar em campo. Os recém-contratados, Mascherano e David Villa, ainda buscavam se adaptar ao estilo catalão de jogar.

O Hércules, recém-promovido à primeira divisão espanhola, não teve medo do gigante Barcelona e surpreendeu. Com dois gols do paraguaio Valdez, o time visitante calou o Camp Nou: Barça 0 x Hércules 2.

A derrota serviu de lição, após o tropeço o Barcelona não perdeu mais. Foram 18 rodadas com 17 vitórias e apenas um empate; os números impressionam. Jogando em Alicante, o Barcelona conquistou sua 15ª vitória consecutiva e igualou a marca histórica alcançada pelo Real Madrid de Di Stefano na temporada de 1960/1961.

O jogo:

Em algumas vezes cheguei a questionar a postura das equipes que enfrentam o Barcelona. Por que os adversários se encolhem na defesa? Por que passam todo o jogo recuados? Por que ninguém encara o Barça de frente?
A resposta é a seguinte: porque o Barcelona não deixa.

A filosofia de jogo da equipe catalã é a seguinte:
Logo após o apito inicial, o Barça assume o controle do jogo, dita o ritmo da partida e não dá espaços ao adversário. Com muita técnica e na base do toque de bola, o Barcelona envolve o adversário e, mesmo que o rival queira adotar uma postura ofensiva, o Barcelona não deixa.

O clube catalão mantém a bola em seu poder e, em suas partidas, dificilmente, tem uma média de posse de bola menor que 70%. Mantendo a bola em seu domínio, consequentemente, o Barcelona tem o controle do jogo e espera o momento certo de dar o bote. Sabendo o valor que a posse da bola tem, o Barcelona articula suas jogadas em uma faixa muito estreita do campo – entre a linha intermediária e a grande área adversária – e tendo como base o jogo coletivo, procura pacientemente os espaços na defesa rival.

Aos adversários resta apenas a alternativa de se defender e tentar explorar algumas jogadas de contra-ataque.

Foi assim que o Hércules teve uma boa chance de abrir o placar quando, aos 21min., Valdez, dentro da grande área, escorou de cabeça para Trezeguet. Apesar da boa assistência, o francês não conseguiu chegar a tempo de concluir com precisão e apenas desviou a bola para a linha de fundo.

Após o lance, o Barcelona continuou mandando no jogo. Manteve a posse de bola e na base do toque rápido procurava espaços na defesa adversária até que aos 42 min. encontrou. Xavi fez assistência para Pedro, livre de marcação, pelo lado direito da grande área, abrir o placar. Barcelona 1 x 0.

Segundo tempo:

Sem alterações e sem surpresas.
O paciente Barcelona tocava a bola enquanto a equipe do Hércules abusava das faltas.

Aos 22 minutos o volante Fritzler deixou o campo de jogo para a entrada de Farinós.16 minutos depois, quem deixava o gramado era o próprio Farinós, após ser expulso de campo por levar o segundo cartão amarelo.

Com um homem a mais em campo, nos minutos finais da partida o Barcelona teve mais facilidade para encontrar espaços na defesa adversária e Messi, com dois gols, definiu o placar. O primeiro gol teve a sua marca registrada, o segundo teve a marca do Barça.

Aos 40 minutos, Messi – em seu lance característico – trouxe a bola da direita para o centro, conduzindo com a canhota até a entrada da área e mandou a bomba no canto esquerdo do goleiro adversário.
Dois minutos depois, após muito toque de bola, o argentino teve o trabalho de apenas escorar para o fundo das redes o cruzamento rasteiro de Daniel Alves. Placar final: Hércules 0 x Barcelona 3.

Após a vitória, o Barcelona somou 58 pontos, sete a mais que o rival Real Madrid, que após ser derrotado pelo Osasuna continua na segunda colocação com 51 pontos.


Real Madrid:

Com a derrota para o Osasuna o time merengue praticamente deu adeus à disputa pelo título da Liga. Pode até parecer cedo demais, estamos apenas na segunda rodada do returno, mas pela regularidade do Barcelona e pela instabilidade no Real Madrid, é mais provável que a vantagem - hoje de sete pontos – seja ampliada. (VR)


Colaboração: Vander Ribeiro

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O dono da camisa 4

Sami Hyypia se tornou conhecido no Brasil por ter assumido a culpa no gol marcado por Mineiro, na final do Mundial de 2005.
Para a torcida do Liverpool, Hyypia representa muito mais que uma partida.
Com a 4 Red, ele jogou dez anos.

Com a saída de Hyypia, Aquilani usou a 4.
Saiu e não deixou saudades.

Após a Copa do Mundo, o Liverpool anunciou a contratação do meio campista português Raul Meireles.
A 4 teria outro dono.

O cenário de crise financeira, que culminou com a venda do clube, ajudou a encobrir a chegada do português.

Entretanto, o baixo rendimento da equipe só era esquecido quando a análise se voltava para a atuação individual de Raul Meireles.

A velocidade da transição de defesa/meio/ataque era uma das maiores características dele.
Meireles também se tornou boa opção para os chutes de fora da área.
O jogo, que desde a saída de Xabi Alonso se tornou previsível, passou a ter mais variações.

Quem é Raul Meireles?

Raul nasceu em 83. Foi convocado para a seleção portuguesa para a disputa do Campeonato da Europa Sub-16.

Revelado pelo Boavista, Meireles saiu para o Despotivo das Aves e voltou dois anos depois.
Com apenas 21 anos, ele disputou 29 jogos da Superliga Portuguesa.

Em 2004, Raul se transferiu para o Porto e se tornou campeão europeu.

Pela seleção, Raul Meireles foi convocado por Luiz Felipe Scolari e se manteve com Carlos Queiroz.

O gol marcado contra a Bósnia foi comemorado como o gol que colocou Portugal na Copa da África.

Com características fortes de marcação e boa saída, Meireles vive sua primeira temporada na Premier League. Os Reds já sabem que ele é o jogador do elenco que mais pode fazer o que Xabi fez.
Enfim a 4 parece ter novo dono.

Taí um gol marcado por Raul Meireles.

O que dizer sobre Vasco e Avaí?

Os Estaduais fazem parte ainda da pré-temporada.
Os elencos foram liberados no início de dezembro para as férias.
Voltaram na primeira semana de janeiro e já foram para o jogo.
É certo e justo afirmar que faltou um bom tempo para a preparação, mas as campanhas de Vasco, Avaí e Paraná são horrorosas.

Time que fez valer o mando de campo em 2010, o Vasco iniciou o Carioca com três derrotas.
Contra Resende, Nova Iguaçu e Boavista, o time da Colina sofreu sete gols e fez apenas três.
O cenário já ficou feio no Carioca, o que assusta os torcedores para o Brasileiro.

Depois de escapar do rebaixamento no Brasileiro, o Avaí viu seu elenco se transformar.
Vágner Benazzi saiu de heroi a vilão.
O time da Ressacada jogou quatro partidas e não conquistou ponto algum.
Chapecoense e Imbituba ganharam dentro da Ressacada.
O Avaí saiu duas vezes e perdeu para Brusque e Criciúma.
Foi feio o fim de ano, mas o início mostra que era ruim ainda pode piorar.

O Paraná também sofre.
O time conquistou um único ponto e justamente contra o melhor time que enfrentou - o Coritiba.
Contra Corinthians (PR), o Paraná perdeu em casa e por 3 x 1.
Fora de casa, foram outras derrotase contra times sem alcance nacional, como: Roma e Rio Branco.

Ainda é cedo, mas vale a pergunta:
Será que apenas a falta de uma boa pré-temporada tem feito a diferença negativa para Paraná, Vasco e Avaí?

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Até com tranquilidade, Palmeiras vence

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A disputa do Pacaembu reunia dois times invictos.
O Palmeiras não respira ares políticos complicados e já havia vencido seus dois últimos jogos.
O Paulista mostrava um bom futebol. Fernando Diniz, ex-jogador e agora treinador, pediu muita movimentação e variação.

O Palmeiras não deu oportunidade.
Marcando a saída de bola e dando poucos espaços, o Palmeiras chegou ao primeiro gol aos 19 minutos.
Kléber buscou a falta e Marcos Assunção fez o primeiro dele no ano.

A torcida viveu a satisfação da comemoração do gol do meio campista e também viveu a apreensão de ver o jogador sentir uma contusão na virilha.

Assunção saiu e entrou João Vitor.
O volante recém contratado entrou bem e se mostrou eficiente na pegada, na marcação.

O segundo gol saiu com Kléber.
Luan e Rivaldo acharam Kléber na área, ele dominou e bateu no alto para o gol.

O Paulista mostrava abatimento e desorganização.
João Paulo era o destaque na defesa.
Lúcido, sério e técnico, João Paulo mostrou um bom futebol.

Patrick entrou e Dinei saiu.
O time ganhou ainda mais mobilidade e Patrick foi premiado com um golaço.
Ele recebeu de Cicinho, dominou e virou rápido.
A bola entrou e o terceiro gol saiu.

O Paulista procurou o jogo, mas não se acertava.
Aos 35, em falta cobrada para a área, o gol saiu.
Maurício Ramos não conseguiu cortar e acabou fazendo contra.

O goleiro Marcos voltou ao time com vitória.
A nuvem negra parece ter deixado o Palmeiras.
O time conquistou nove pontos nos últimos nove disputados.

Aos poucos o Palmeiras parece ter mais bola.
A torcida comemora a volta de Marcos e mais três pontos, mas lamenta a contusão de Marcos Assunção.

Marcos é atração

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O nome do goleiro Marcos apareceu na lista de relacionados para o jogo do Palmeiras contra o Paulista.
Deola assumiu a posição e correspondeu.
Conversando com setoristas que fazem o dia-a-dia do clube, obtive a informação que Deola treina e muito.
Alguns salientaram a deficiência na saída do gol pelo alto.
Deola mostrou qualidades.

Marcos é diferente.
Está na prateleira dos ídolos.
É referência, chama público e dispensa apresentações.

Depois de quase um ano parado, ele vai para o gol.
A decisão de barrar Deola não deve ter sido fácil e não dá para crucificar o treinador.

Bom retorno, Marcão!

Pré de Palmeiras x Paulista

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Total de jogos - 23
Vitórias Palmeiras - 12
Empates - 8
Vitórias Paulista - 3
Gols Palmeiras - 42
Gols Paulista - 25

O último confronto entre as duas equipes ocorreu em 07/04/10.
O Paulista, que lutava contra o rebaixamento, venceu por 3 x 1, em Jundiaí.

As duas equipes têm a mesma pontuação.
O Palmeiras tem a melhor defesa da competição. Sofreu apenas um gol.

O Paulista terminou o Paulista de 2010 em 15o lugar. Escapou do rebaixamento por um ponto.

Este é o segundo jogo do Palmeiras no Pacaembu em 2011. O estádio já foi utilizado pelo Palmeiras 998 vezes. Foram 502 vitórias, 269 empates e 227 derrotas.

Na história do Paulistão, o Palmeiras perdeu apenas três vezes para o Paulista.

Palmeiras e Paulista fizeram uma das semifinais do campeonato de 2004. Os dois times empataram duas vezes e a decisão foi para as cobranças de pênaltis.
O Paulista venceu por 4 x 3.

Corinthians brinca de Mazembe

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O jogo decisivo contra o Tolima foi a repetição do que houve contra o Noroeste.
O Corinthians jogou um futebol fraco e previsível.

É certo que o Tolima marcou e mostrou boa consistência.
Mas ainda assim, era para o Corinthians jogar mais.

Contra uma defesa bem posicionada e um meio armadinho para o contra-ataque, o Corinthians carregou a bola demais.
Jorge Henrique driblava, driblava e perdia para um dos jogadores da sobra.
Dentinho cometia o mesmo erro.
Jucilei também.
Bruno César ocupou a mesma faixa de campo de Dentinho e não se achou.
A produção do camisa 10 foi baixíssima.

Tite mexeu e nada melhorou.
Edno entrou e saiu Bruno César. Ele tentava abrir o jogo, mas o time todo estava distante e pouco se mexeu.
Time sem penetração, sem bola trabalhada.
Treinador que só observou - deu no que deu.

Marcelo Oliveira no lugar de Roberto Carlos não deu em nada e ainda fez perder a força da jogada de bola parada.

Danilo entrou bem, mas deveria ter entrado antes.
Era o dia de sair do padrão. Era a oportunidade de sair do convencional.
Previsível o Corinthians apenas esperava um erro ou o apito final.

O Tolima de bobo não tem nada e mostrou que o fenômeno Mazembe assusta corintianos também.