quarta-feira, 14 de julho de 2010

Brasil em queda livre

A taça já foi erguida, a Espanha continua em festa e Forlán vive merecidos dias de glória no Uruguai - a Copa já se foi.
Resta agora a CBF contabilizar perdas financeiras, técnicas e partir para a tentativa da conquista do tão falado hexa.
Mais que o hexa, está em jogo a imagem do país.
Não tenha dúvida de que seremos (povo brasileiro) motivo de gozação e, por outro lado, arrancaremos lágrimas e simpatia dos gringos.
Faltam quatro anos e falta muita estrutura. É muito trabalho, é muita conscientização. Entretanto, resta ao país arregaçar as mangas e zelar pelo dinheiro público.
Seria muito bom conquistar o hexa, mas ele passa. Melhor seria desfrutarmos de um país mais organizado, com melhores condições nos transportes públicos, melhores estradas, hospitais, hotéis e maior poder de consumo.

Ranking

Uma das muitas derrotas da CBF foi amargar a perda da primeira posição no ranking da FIFA. O tão amado Dunga, que ganhou "tudo", na verdade não ganhou tudo e não ganhou sozinho. A Espanha também foi campeã continental e perdeu muito pouco nos amistosos contra seleções melhores rankiadas que Omã, por exemplo. Os espanhóis ocupam a primeira posição no ranking da FIFA.
A Holanda também passou o Brasil e agora ocupa a segunda posição. O time de Sneijder fez ótima campanha nas Eliminatórias e mantinha 100% de aproveitamento na Copa.


Objetivo


A primeira definição da CBF passa pela escolha do novo treinador. O nome mais falado é o de Felipão. Não está afastada a hipótese de Adilson Batista ser o treinador do Palmeiras, após a saída de Felipão. Nada está acertado, mas é viável. Felipão confia em Adilson (que foi capitão na conquista da Libertadores com o Grêmio) e Adilson tem muito respeito por ele.
Ricardo Teixeira já indicou que deseja ver uma renovação e nem precisava de tanta genialidade. É óbvio que a renovação é para ontem.
Uma outra definição já se fazia necessária desde muito tempo antes da Copa:
tratar a Copa do Mundo como um evento sério. Tratar com seriedade significa deixar a politicagem barata de lado e encarar a realidade.
O presidente da CBF sabe do que estou falando.
É muito mais fácil aproveitar a estrutura do Morumbi que construir um novo estádio.
Entretanto, é bom lembrar que o São Paulo sempre foi rival da estrutura de poder da entidade. Para bater no São Paulo, a CBF bate no Morumbi.
Mais que isso: pressionando o poder público a construir um estádio novo, o tempo para liberação da verba e construção do estádio fica escasso, o que pode sugerir a liberação sem a passagem pelos trâmites legais e o superfaturamento.
Até parece que não tem ninguém vendo as jogadas e os jogadores.

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