quinta-feira, 24 de junho de 2010

O TEMPO de 25.06

O Dunga do Brasil e o Brasil de Dunga

Talvez muitos não se lembrem, mas Dunga é um caso típico de vilão que virou herói. Apontado como símbolo de uma era de fracasso em 90, ele deu a volta por cima e foi o capitão que ergueu a taça quatro anos depois. Mais que os bons passes e a combatividade, Dunga foi conhecido pelo temperamento. Em 98, assumindo o personagem, o capitão resolveu dar cabeçadas em Bebeto em pleno jogo de Copa. O tempo continuou passando e o atual treinador deu alguns pitacos como comentarista em outra Copa. Infelizmente, o atual treinador continua interpretando o personagem que ofusca o seu trabalho. Também não concordo com as críticas sobre o modo de vestir do treinador, acho que é falta de assunto e falta de algo mais, no entanto, todos temos opiniões e pontos de vista diferentes o que nos faz únicos. Dunga mesmo teve que rever conceitos. Ele custou para se render e convocar Luiz Fabiano. A imprensa não deve ser vista como rival ou amiga, é apenas parte do processo de informação. Seria muito melhor se o treinador não buscasse a afirmação o tempo todo e seria muito bom também, se a roupa dele não fosse avaliada na imprensa.

Portugal- O estilo de jogo de Portugal é interessante para o Brasil. Carlos Queiroz sabe que não adianta partir para cima da seleção, entretanto, a vocação de Portugal é mais ofensiva. Não há como segurar um Cristiano Ronaldo e falar que é pra ele marcar. Se nossos patrícios derem espaço, o Brasil ganha o jogo.

2014- França e Itália já se foram e não deixaram saudade. A França foi uma piada de desencontros e a Itália apostou em uma geração pouco criativa. A mística de que os italianos se agigantam não é tão verdadeira. Nas vezes em que eles cresceram depois das dificuldades os times era melhores. Em 2006, Toti e Del Piero estavam em campo. Em 82, Rossi e Bruno Conti.

Evolução- É inegável que as seleções da América do Sul são os destaques do Mundial. O Chile ainda corre risco, mesmo assim o desempenho é altamente positivo. Brasil, Uruguai e Paraguai optam por defender bem e atacar em velocidade. Argentina e Chile se fecham, mas priorizam o jogo ofensivo e bom toque de bola. O duelo é estilos e quem ganha é o hemisfério.

Maluf- Qual leitura é possível ser feita com o acerto de Maluf com o Atlético? Maluf só aceitou correr o risco de rejeição por acreditar no projeto. Tudo indica que o caminho pode ser melhor. Outro ponto a ser avaliado é que o gerente Luxemburgo tem seus poderes diminuídos. A tendência é que o trabalho de campo melhore.

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