quarta-feira, 31 de março de 2010

Rumo a algum lugar importante

A primeira fase da Libertadores parecia uma excursão. Sim, uma excursão até a Bolívia e Peru. O Estudiantes mostrou em algumas partidas até algum desinteresse. Correr atrás da bola? Marcar? Será? Com a bola o time era envolvente e Perez e Braña faziam o trabalho sujo, já foi o suficiente. Quando tentaram falar que o jogo contra o Juan Aurich era decisivo o time resolveu correr um pouquinho mais e definiu a partida.
Ainda falta uma partida e é em casa contra o Alianza Lima, time que deu uma goleada nos pincharatas.
Depois a coisa vai mudar e a excursão termina.
Todo cuidado é pouco.

terça-feira, 30 de março de 2010

De olho na Pantera

A boa campanha do Democrata pode até não levar o time ao título, mas desperta olhares de outros times.
O meia Wanderson, que já foi do Atlético, interessa ao Paraná.
Outro jogador que tem chamado a atenção é o lateral Alex Santos. Os interesses poderiam até reforçar o caixa do Democrata, no entanto, o vínculo dos jogadores vai até o fim do campeonato.
É como se fosse uma relação de ajuda e nada mais. O jogador ajuda o time a fazer boa campanha e o time ajuda a divulgar o atleta. Nada de envolvimento emocional ou financeiro, só físico.

Apagar das luzes para o goleirão


Deu no site da ESPN


Jens Lehmann anuncia aposentadoria do futebol
por ESPN



O goleiro alemão Jens Lehmann, do Stuttgart, anunciou nesta trerça-feira sua aposentadoria do futebol no final desta temporada por razões familiares. O jogador de 40 anos idade afirmou que não irá acertar com nenhum clube na próxima temporada e que irá se dedicar à carreira de comentarista.
Goleiro Jens Lehmann em atividade pelo Campeonato AlemãoCrédito da imagem: Reuters"O conselho da família foi decisivo", disse Lehmann. Segundo ele, após sair do Stuttgart, em 8 de maio, não levará em consideração nenhuma oferta procedente de algum clube no exterior.Lehmann, que se despediu da seleção alemã após a Eurocopa de 2008, será comentarista da emissora "Sky" durante a Copa da África do Sul, anunciou o goleiro. Ele foi durante anos o reserva da seleção alemã, em dura rivalidade com Oliver Kahn. Somente na Copa da Alemanha de 2006, o então técnico da seleção, Jürgen Klinsmann, designou Lehman o goleiro número um.A seleção alemã ficou em terceiro lugar no torneio em que foi anfitriã, enquanto na Eurocopa de 2008, sediada na Áustria e na Suíça, foi vice-campeã.Lehmann, de 40 anos, começou sua carreira no Schalke 04, em 1989, ainda na segunda divisão do Campeonato Alemão, e passou nove temporadas nesse clube, que depois subiu para a primeira divisão.Em 1998, ele foi para a Itália jogar no Milan, mas no ano seguinte voltou ao Campeonato Alemão pelo Borussia Dortmund (de 1999 a 2003). De 2003 a 2008, foi para a Inglaterra, onde jogou cinco temporadas pelo Arsenal, até que finalmente ingressou no Stuttgart, onde pretende encerrar a carreira.
Qual a sua opinião sobre Lehhmann? Kahn foi mesmo melhor que ele?
Foto - Reuters

Será que o Tupi subiu?

Falar do cenário da crise financeira dos clubes no Brasil é chover no molhado. Em Minas, o tradicional e simpático Rio Branco de Andradas não teve dinheiro para disputar a primeira divisão do Estadual e abriu vaga para o América de Teófilo Otoni - terceiro da Série B.
Entretanto, a crise não é exclusividade mineira e em Juiz de Fora existe a expectativa de que o Tupi receba um convite para disputar a C de 2010. Em campo, o Tupi ficou em quinto e os quatro primeiros subiram. O Ituiutaba, que caiu em Minas, se manteve na C e, de acordo com o presidente Rone Morais, vai encarar o Nacional. Quem corre sério risco de não conseguir disputar o torneio nacional é o Salgueiro, de Pernambuco.
Se a vaga vier o Tupi aceita. O time tem investido e trabalhado bem. Merece a chance.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Atlético cresceu

O Galo não deu show, mesmo tendo feito 6 a 0.
É preciso destacar que o Ituiutaba foi muito frágil e pouco marcou, entretanto, o Atlético fez o que tinha que fazer.
É inegável que o time tem melhorado e se acertado.
Os espaços pelo meio já têm diminuído e o espírito de competição está bem mais agudo.
Ainda causa insegurança a posição do gol.
Não acredito nos atuais goleiros, mas acho que a dupla de zaga pode ser a melhor dos últimos tempos.
Nas laterais, é preciso que a implicância com Coelho seja repensada. Ele está visivelmente mais magro e merece crédito. Leandro pode dar mais e Júnior não suporta o ritmo de jogos e competição do Brasileiro.
Resolvido o problema do espaço no meio, resta saber se Renan vai ser o tem mostrado querer ser. No entanto, se ele vacilar o equatoriano Mendez é a opção.
Lá na frente a coisa parece estar muito boa.
O Galo cresceu, mas é preciso crescer mais. O futuro pode ser muito bom.

Tupi or not Tupi

A questão foi a seguinte: qual time eu mais gostei na fase de classificação do Mineiro?
De cara pensei no Tupi e chamei Shakespeare para o papo.
O Tupi, mesmo tendo ficado na quarta colocação, mostrou mais equilíbrio entre defesa-meio-ataque.
Tenho diversas ressalvas quanto ao trabalho do goleiro Eládio, no entanto, ele foi bem até aqui.
A defesa mostrou solidez mesmo quando jogou desfalcada.
O meio conseguiu manter a pegada e a boa transição para o ataque.
A parte ofensiva apresentou o artilheiro da competição.
Vou além: o comando é bom. Leonardo Condé vê bem o jogo e não tem faniquitos e chiliques. A sobriedade tem sido a marca dele.
Sempre lembro do Tupi de Moacir Jr, com boa defesa, bom meio e ataque - sem querer comparar - prefiro o estilo do atual: mais tático, mais pensativo e mais mortal.

Democrata foi melhor

O resultado do jogo entre Democrata e Cruzeiro não foi exagerado, foi justo.
O Cruzeiro que jogou o primeiro tempo ficou no vestiário. Já a Pantera voltou com muita vontade e boa leitura do jogo.
Não é de agora que o Cruzeiro tem vacilado no posicionamento defensivo. O time que consegue se livrar da ansiedade que é derrotar o bi-campeão, normalmente, ganha e convence.
O Ipatinga fez três, O Tupi fez três e o Democrata também.
É fato que é preciso pontuar que o time não era o titular, entretanto, os erros de posicionamento são vistos no time principal também e, entre os titulares, Fábio dá conta do recado. Não é por acaso que ele tem feito milagres há algum tempo.
Voltando ao jogo, o grande destaque foi a volta de Fabrício. É inegável que ele dá qualidade ao time. Sai bem para o jogo, se movimenta, vira e inverte as jogadas. Entretanto, pesa muito a falta de ritmo de jogo e no intervalo (naquele calor) ele saiu.
A opção do treinador foi por manter Magalhães na esquerda e dar a função de meia ao Fernandinho. Concordei plenamente!
Na lateral o desgaste é bem maior e Alex Santos estava bem. Investir em Fernandinho para correr pelo setor poderia ser uma temeridade, levando em conta o tempo de inatividade.
Os gols sofridos pelo Cruzeiro escancararam a realidade de um elenco médio.
Bom é o time titular. Os reservas mantém, mas os reservas dos reservas - esquece!
Resta uma reflexão: será que o Cruzeiro acredita que tenha reservas de reservas?
Qual outro time tem?
Que venha outra reflexão: qual o período do ano permite uma avaliação dos jogadores, em ritmo de competição? Nenhum.
Quer um contraponto? Mesmo depois de duas derrotas seria mesmo necessário "reavaliar" o elenco e expor suas limitações? Na minha opinião não.
O hiato existente corresponde ao jogo contra a seleção do Parreira e a necessidade de escalar (ainda que por pouco tempo) os titulares, além do fato do time já ter garantido a primeira colocação.
Mas repito: Precisava jogar tão mal?

sexta-feira, 26 de março de 2010

A coluna de O TEMPO de 26.03

Os estaduais e a incoerência

Basta terminar o Brasileiro que começa o discurso de que os estaduais não valem nada e estão ultrapassados. Alguns defendem uma utilização de calendário diferente que favoreça uma temporada maior de treinamentos para as outras competições tidas como mais importantes. Observando a necessidade financeira dos clubes e sabendo que eles não podem rasgar dinheiro, entendo que os estaduais estão aí para ficar. O que é preciso é ajustar um ponto ou outro. Até os clubes, eternos reclamões, olham com desdém para a competição. Entretanto, os estaduais escancaram a falta de zelo e de planejamento de diversos times do Brasil. Agora foi o Vasco, que reconheceu as decisões erradas e demitiu Vagner Mancini. O agravante é olhar qual destino tomou o antigo treinador. Dorival Júnior, assim que saiu do Vasco assumiu o Santos e deixa o time ser feliz e fazer a felicidade. E não só Mancini sofre com a incoerência dos dirigentes. Muricy já rodou no Palmeiras e Jorge Fossati sofre no Inter. Se os estaduais não valem nada, quais os motivos para tanta pressão e demissão?

Definição- A última rodada do Mineiro guarda emoções para os que lutam contra o rebaixamento e para quem busca vantagem na próxima fase. A turma do fim da tabela fez muito esforço para cair. As campanhas fraquíssimas não permitem reclamações. É inacreditável que o Ituiutaba, que só venceu no meio de semana, ainda tenha chance de ficar. O nível foi muito baixo.

Ronaldo- Ostentando aquela barriga toda seria quase impossível escapar das críticas da imprensa e da torcida. A condição física do Fenômeno é lamentável e tem comprometido suas atuações. No entanto, Ronaldo não é apenas visto como um atacante do elenco corintiano, ele se tornou parceiro e importante atrativo para os investidores.

Copa- Qual foi o nome mais falado pela imprensa esportiva mundial? Não resta dúvida: só deu Lionel Messi. As comparações e crueldades foram inevitáveis. Chegaram a apontar o brilhante baixinho como o melhor de todos os tempos. Messi é um craque e o mundo vai ver o crescimento do futebol dele. O palco ideal para todos os olhares e holofotes é a Copa do Mundo. A única dúvida está na armação da seleção: será que Maradona vai conseguir fazer Messi brilhar?

Estudiantes
- O atual campeão da Libertadores não está dando espetáculo, mas aparenta estar melhor que no ano passado. O time de Verón trabalha a bola e envolve seus adversários. Vacila na conclusão, no entanto, cria muitas oportunidades de gol em cada partida. O elenco é praticamente o mesmo e o tempo tem ajudado no entrosamento. Olho neles!

Coluna do SUPER de domingo

O que pode acontecer no Brasileiro?

Hoje é dia da última rodada do Mineiro. O que foi possível avaliar dos times que vão disputar as séries A e B do Brasileiro? Atlético e Cruzeiro estão em situações diferentes. O Atlético está crescendo, mas ainda está em formação. O elenco precisa ainda de reforços e Luxemburgo tem batido na tecla que o trabalho não é para agora e requer tempo e assimilação de uma nova filosofia de trabalho. Trocando em miúdos: paciência. A assimilação da filosofia e o entrosamento já foram conquistados pelo Cruzeiro. Entretanto, questão de opinião, acho o time do ano passado com Ramires melhor e mais rápido que o atual. Atlético e Cruzeiro estão em níveis diferentes, no entanto, os dois têm potencial para disputarem bem o Brasileiro. Ambos precisam de ajustes, não de mudanças radicais. América e Ipatinga vivem situações diferentes. O Coelho já não vive mais a alegria de ter subido e respira a insegurança de ver que o caminho está errado. Mauro Fernandes pode dar conta do recado, mas para o Brasileiro com 38 rodadas, a diretoria vai ter que reforçar o elenco. Apenas para ilustrar a situação, caso o Democrata derrotasse o Coelho, na última segunda, o time de Valadares colocaria uma vantagem de 11 pontos sobre o América.

Tigre- O Ipatinga está surpreendentemente bem montado e em paz. O time já sabe que será competitivo. Marca bem, dá poucos espaços e tem boa força física. A grande dúvida é se a base da equipe será mantida. Se o Tigre mantiver o elenco e investir um pouco mais, acho possível ver o Ipatinga bem na série B.

Outros- O que falar de Tupi e Democrata? Os dois foram muito bem até aqui. Mostraram consistência, pegada e estilo de jogo. Leonardo Condé e Moacir Júnior são treinadores de futebol que apresentaram trabalhos fortes. Se Tupi e Democrata toparem o desafio da série D o ideal é bancar a permanência dos técnicos. É possível sonhar com coisa boa no final.

Palpite- Falando em Brasileiro, o Guarani de Campinas é candidato ao rebaixamento. O time vive uma crise financeira sem fim. Disputa a Segunda do Paulista e não tem parâmetro e nem dinheiro. O time, que já foi campeão brasileiro com Carlos Alberto Silva, perdeu diversos jogadores e corre o risco de perder o Estádio Brinco de Ouro.

Velez- Na próxima quarta Cruzeiro e Velez fazem uma disputa clara pela classificação como líder do grupo 7. Os argentinos são apontados por muitos como a melhor equipe da competição. O time está invicto com três vitórias e um empate fora de casa. O confronto do primeiro jogo acentuou uma rivalidade entre os adversários. Para o Cruzeiro a vitória é essencial.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Existe um modelo ideal de demissão?

Achei feio e nada cortês a forma com que Celso Roth foi demitido do Galo, no ano passado.
Aquela história de ser demitido meio que por telefone é constrangedora.
Faltou humanidade.
Entretanto, vendo a cena da demissão do técnico Wagner Mancini, do Vasco, percebi que tem coisa pior.
Em volta de uma mesa estavam Roberto Dinamite (presidente), Wagner Mancini (técnico demitido) e a imprensa. Todos sabiam o que estava para acontecer e aconteceu.
Roberto abriu a entrevista e explicou que estava demitindo o treinador. Wagner, cabeça baixa o tempo todo, nada falou e saiu envergonhado.
Que situação! Que coisa lamentável!
Não seria mais fácil evitar o encontro e a humilhação?

quarta-feira, 24 de março de 2010

Mais tático e mais prático, menos brilhante

O Cruzeiro de Adilson Batista tem um estilo.
É um time que valoriza a posse de bola sem ser lento.
A característica de reter a bola e envolver o adversário no toque é a marca do Cruzeiro.
O Cruzeiro de é, e tem sido assim. No entanto, contra o Deportivo Itália o Cruzeiro foi menos técnico, menos brilhante e menos Cruzeiro.
Entretanto, não é isso que toda a imprensa pede: eficiência. O Cruzeiro foi eficiente.
O caminho para qualquer tipo de título passa por entender o jogo, anular as virtudes dos adversários e prevalecer, ganhar mesmo sem agradar. Ainda que custe o espetáculo. Espetáculo é bom, vitória é melhor.
O jogo foi de um time cheio de recursos contra um time previsível.
A bola boa dos venezuelanos saía com Giroletti, jogador que tem qualidade na bola longa.
Giroletti procurava os atacantes na bola alta perto da área e também tinha a opção de Díaz pela esquerda.
O Cruzeiro encaixou quem poderia receber a bola e deu espaços para o lançamento.
Aos 5 minutos, Fabinho fez de cabeça o primeiro gol.
O jogo poderia ter sido controlado e, olhando os números ele foi.
Díaz dava trabalho para Henrique e Fabinho.
O meio do Cruzeiro não girou com a mesma facilidade, mas teve a sensibilidade de fazer o jogo eficiente.
O segundo tempo também não foi brilhante, entretanto, o minuto 20 reservou uma situação interessante. O técnico Saragó apostou na velocidade e colocou Cristian Cásseres pra correr.
Adilson percebeu que era a hora de barrar a mexida e colocou Pedro Ken no lugar de Gilberto.
A torcida reagiu vaiando.
A intenção era clara: não permitir a velocidade e ganhar a bola de posse. Inibir a velocidade e tumultuar o meio.
Os gritos de "burro" ainda eram ouvidos e Pedro Ken foi premiado com o segundo gol.
Os dois treinadores mexeram e o placar não mudou mais.
O resultado levou o Cruzeiro ao primeiro lugar do grupo e converteu os gritos da torcida.

terça-feira, 23 de março de 2010

Cruzeiro x Deportivo Itália

Muitos chamam a partida de amanhã, entre Cruzeiro e Deportivo Itália, de decisão.
Pode ser. No entanto, é mais prudente encarar como mais uma decisão, a primeira.
Acredito em uma vitória do Cruzeiro, mas não creio que ela se desenhe com muita tranquilidade.
Os desfalques de Roger e Kléber serão sentidos e a vontade quase juvenil dos venezuelanos pode complicar.
Espero ver o Palestra (de lá) bem fechado, buscando velocidade nos contra-ataques. Todo cuidado é pouco com o lançador Girollete e com Blanco no ataque. Caso o gol não saia rápido é necessário ter cautela para não oferecer espaços ao adversário, que é limitado e não é bobo.

Experiente, técnico e superior

Acabei de ver Estudiantes x Bolívar, pela Libertadores.
Tenho acompanhado (dentro do possível) aos jogos dos Pinchas.
A sensação que tenho é que os argentinos sabem levar a partida.
Envolvem, tocam a bola, giram e inibem seus adversários com muita técnica.
Verón dá o tom. Todos sabem que ele não exibe velocidade e mesmo assim só dá ele em campo.
O ataque com Boselli e Fernandez recebe Sosa para um bate-papo e o adversário abre espaços.
É muito bom o time. Não enche os olhos, mas é muito bom.

Preocupado com um certo Coelho

Toda expectativa que tinha no início do ano está se transformando em preocupação.
Os resultados que o América conquistou e a possibilidade de um crescimento na arrecadação serviram para colorir um cenário que se apresentava favorável. Entretanto, em campo, o Coelho tem causado estranheza e preocupação.
Estranho que a saída de Givanildo tenha feito tanto estrago. Givanildo é bom de grupo, mas não conhecido como um revolucionário tático. Os resultados e, principalmente, o futebol da equipe trazem imensa preocupação. Nem falo pelo Estadual e sim pela participação no Brasileiro.
O América vai encarar um ritmo de competição que não estava acostumado. Serão 38 jogos, com viagens longas e torcidas pressionando (infelizmente a torcida do América não tem pressionado os adversários). Outro ponto negativo é a não utilização do Estádio Independência e readaptação ao Mineirão.
Para ilustrar o momento do América, em um determinado momento da partida entre América x Democrata, o adversário vencia e chegava aos 22 pontos contra 11 do Coelho. Pode?
É preciso tirar algo de positivo e conclusões são necessárias. O elenco já se mostrou fraco para o ano e o Mineiro pode servir como vitrine para que o Coelho contrate bem e pontualmente.

Faltam 25 minutos

Parece que agora vai.
América de Teófilo Otoni e Atlético têm tudo para terminar um jogo que começou no dia 03 de março.
A chuva, o tribunal e a Federação entraram em campo e o fim do jogo foi remarcado para amanhã.
Ouvi atentamente a coletiva do Atlético e o repórter Fábio Pinel fez uma pergunta muito interessante. O início das partidas é muito utilizado como tempo de definição e velocidade na tentativa de matar o jogo, enquanto o fim é o período de segurar a partida e pouca exposição. O que será do jogo, que só terá 25 minutos? Vale a pena a exposição maluca para definição do jogo? Vale a pena segurar para o tempo passar?
O que os treinadores vão fazer?

segunda-feira, 22 de março de 2010

Roth contra o Galo

O Vasco está para tomar uma decisão complicada: manter ou demitir Wagner Mancini. O ex-treinador do Santos, Grêmio e campeão pelo Paulista de Jundiaí não consegue fazer o milagre de ver o Vasco jogar bem. Dinamite parece querer demitir e Rodrigo Caetano, diretor de futebol, é a favor do trabalho longo: impasse.
Desde a saída de Dorival o primeiro nome da lista foi o de Celso Roth. Roth foi técnico do Vasco em 2007 e chegou a liderar o Brasileiro, mesmo tendo o Vasco um time bem fraco.
Em 2008 e início de 2009, Celso foi treinador do Grêmio. Os gaúchos lideraram o Brasileiro e perderam na reta final para o São Paulo.
No Atlético, em 2009, novamente Celso fez boa campanha e se perdeu e perdeu o emprego.
Caso o Vasco demita Mancini e faça o esperado, que é contratar Celso Roth, o encontro com o Galo já tem data marcada. A abertura do Brasileiro é exatamente entre Atlético e Vasco.
O grande problema para os torcedores do Galo é que Celso sempre começa bem e depois se perde.
O último título conquistado por Celso Roth foi a Copa Nordeste em 2000, dirigindo o Sport.

Recordando a história de uma Pulga

Publiquei a coluna abaixo em dezembro de 2009, no jornal O TEMPO.
De lá para cá Messi só melhora, então repito aqui no blog.

“Messi e Marta são exemplos claros de que é possível ser reconhecido pelo talento, ainda que as dificuldades tenham sido grandes”



A pulga venceu

Lionel Messi era apenas um rapaz latino-americano. Pior, ele seria apenas um minúsculo rapaz latino-americano. O talento com a bola mudou a história de vida dele.
Muito simplista constatar as qualidades dele como um astro do futebol. Melhor tentar compreender quais caminhos o futebol transformou.
O muito pequeno rapaz argentino de 14 anos convivia com problemas nos hormônios de crescimento e passava a enfrentar outros desafios. A família não poderia mais pagar o tratamento. Lá, como cá, o sofrimento de nossos filhos é deixado de lado pelas autoridades e o governo não poderia bancar o tratamento.
Poderíamos aqui começar um discurso de protesto... não começaremos! Quem não faria de tudo para aliviar o sofrimento de um jovem talentoso condenado a parar de crescer, e, conseqüentemente, parar de brilhar como um promissor jogador de futebol.
A família dele deu ouvidos aos empresários do Barcelona. As promessas eram muitas e a maior delas era a de que a pequena Pulga - apelido de infância por causa do tamanho - teria o tratamento adequado custeado pelo clube.
A família, então, passou a ajudar a escrever uma página de muito talento no futebol mundial.
Reconhecimento. Messi cresceu e cada centímetro dele vale ouro. O talento cresce a cada dia e a legião de admiradores também. No jogo pelas eliminatórias da Copa do Mundo, no Mineirão, a torcida brasileira prestou uma inesperada homenagem. Quando o pequeno Pulga saiu de campo o que se viu foi uma rivalidade histórica dar lugar aos aplausos e gritos de ‘Messi, Messi’.

Habilidade. Poucos jogadores no futebol mundial têm a mesma intimidade com a bola que Messi mostra ter. Ele brinca com a redonda. Ela aceita o seu chamado. Lionel Messi tem uma jogada fatal. Ele, canhoto de tudo, pega a bola pela direita, e, conduzindo com a perna esquerda, faz uma avançada na diagonal até ser bloqueado com falta, ou, até o gol.

Prêmio. A Fifa acabou de conceder o prêmio de melhor do mundo. Poucos dias antes, a pequena pulga havia batido o Estudiantes e foi campeão com o Barça. Todo o esforço dele, dos pais e do clube não foi em vão. A craque Marta conquistou o tetra. Valeria até um jogo de exibição com os dois canhotos no mesmo time.

Lição. A história de Messi e de sua família poderia servir de exemplo para muitas famílias que acreditam que nada vai mudar, que ninguém pode ajudar, que não é possível arriscar. Messi e Marta são exemplos claros de que é possível ser reconhecido pelo talento, ainda que com dificuldades.

domingo, 21 de março de 2010

Fred é titular no DM

Na temporada 2010, o atacante Fred é o recordista. O artilheiro já está passando pela quinta contusão. Alguns dirigentes e torcedores já começam a discutir a relação custo/benefício de manter o jogador que novamente atua no Departamento Médico.
Fred é um senhor jogador e, na minha opinião, foi um dos responsáveis pela manutenção do Fluminense na primeira divisão do Brasileiro.
Vale a pena ter Fred no elenco?
Ou a visão deve ser outra: vale a pena expor Fred ao Carioca? Não seria melhor trabalhar o atleta na parte física e prepará-lo para o Brasileiro?

Primeiro tempo fraco e segundo eficiente

O Cruzeiro entrou com o que podemos chamar de time titular contra o América de Teófilo Otoni. O que esperar? Goleada, duelo da maior técnica contra a forte marcação, alguma firula, etc. No início do jogo o Cruzeiro se impôs. Pelo que se desenhou o restante do primeiro tempo, seria mais justo atribuir ao nervosismo do América o bom momento inicial do Cruzeiro. Passada a ansiedade, o Dragão conseguiu colocar a bola no chão e cuidou de congestionar o meio de campo. Bola roubada e as saídas se davam com Diego Palhinha e com o lateral da esquerda, Júlio César.
Em mais uma bola enfiada pelo meio da defesa, Diego Palhinha colocou Chrys na cara do gol e ele fez.
O Cruzeiro não se entendia. Errava passes, bobeava na marcação e deixava o adversário se interessar pelo jogo.
Para o segundo tempo as duas equipes voltaram com as mesmas formações.
Jonathan perdia o duelo com Júlio César, Diego Renan se mantinha escondido e Gilberto parecia estar em outra rotação. Adilson chamou Roger para o lugar de Gilberto e Guerrón na vaga de Diego Renan. O meio ficou mais vulnerável, entretanto, Adilson sabia que o adversário não suportaria a dimensão do campo e aumentou pressão na saída de bola adversária.
Com Paraná vigiando a esquerda, o meio com Fabinho, Henrique e Roger e o ataque com Guerrón, W. Paulista e Kléber, o Cruzeiro apertou o pé e empatou com um chute iluminado de Roger.
Guerrón inibiu as subidas de Júlio César e o América passou a não ter bola de escape. Pressionado, o time do Vale do Mucuri cansou e perdeu. Kléber, que lutou o tempo todo, bateu bem de fora da área e fez o segundo, o da virada.
Com a entrada de Pedro Ken no lugar de Roger, Guerrón foi para a esquerda. O golpe seria dar uma suposta liberdade ao lateral Júlio César e abusar dos espaços deixados por ele.
Foi ataque contra defesa, mas o placar foi justo pelo bom futebol do América no primeiro tempo.

Mesmo com três pontos no bolso é importante refletir sobre a postura arrogante da equipe no primeiro tempo. Não quero ver fantasmas, entretanto, ouvi várias entrevistas de atletas falando que Adilson pegou pesado no vestiário. Um time tão superior pode se dar ao luxo de dar toques laterais, mas não pode se dar ao luxo de não marcar e não correr. Pode ter pesado o fato de a tabela marcar um jogo pela Libertadores na próxima semana, mas e daí? O time titular há tempos não jogava junto e precisava dar o mínino na partida.
Ao menos ficou evidente que o treinador é o líder que intervém e não permite cochilos, mas é na falta de concentração que surgem as contusões e os tropeços.
Que sirva de alerta.

sexta-feira, 19 de março de 2010

No congresso da Abrace

A Associação Brasileira de Cronistas Esportivos e a Associação Mineira de Cronistas Esportivos promoveram em Belo Horizonte mais um congresso de cronistas.
Não pude participar de todos os debates e de todas reuniões, no entanto, pelas informações que peguei com outros colegas o encontro foi enriquecedor.
Participei do que era para ser um papo entre Luxemburgo, Adilson e Mauro Fernandes, entretanto, sem a presença de Adilson, Vanderlei Luxemburgo deu uma palestra para um auditório lotado e foi muito aplaudido.
Ele falou da infância e foi até a discutida função de manager no futebol brasileiro.
Um ponto teve repercussão imediata na plateia formada por jornalistas e alunos de jornalismo da Faculdade Estácio de Sá. Vanderlei revelou que sonha e trabalha para um dia voltar a dirigir a seleção brasileira. Ele ainda elogiou o trabalho de Dunga e apontou, além do Brasil a seleção da Espanha como favorita ao título mundial.
O torcedor do Atlético ficou frustrado e ansioso. A frustração pelo fato de Vanderlei afirmar que ainda está no início do trabalho e que muitos ajustes ainda serão necessários.
A ansiedade é justificada já que o treinador garantiu que em junho ou julho o time estará no estágio ideal para alcançar boas vitórias e caminhar com segurança rumo a algum título.
É bom lembrar que junho e julho são os meses decisivos para a final da Copa do Brasil, que termina em agosto.

Sai no SUPER de domingo

Tradição, confusão e Alçapão

Hoje é dia de jogão em Nova Lima. O Villa recebe o Galo e todas as vezes que o Leão vai jogar contra um time da capital é certo que a rivalidade e a tradição estarão em campo. As histórias de brigas, confusões e grandes jogos marcam o confronto de hoje. Houve um tempo em que os times da capital temiam encarar o Villa. Também existiu a época em que o gramado do Alçapão era o grande atacante do time de Nova Lima. No entanto, o tempo passou e a distância dos times da capital para o Villa aumentou. Hoje o Villa ainda não é um time com vaga garantida na Quarta divisão do Brasileiro. O Mineiro deve representar uma chance de ouvir o grito do cidadão novalimense. O torcedor do Villa é um apaixonado e não merece ler e ouvir o nome do time envolvido em escândalos e acusações. Caso o Villa conquiste uma vaga no Brasileiro, é preciso que haja uma união para devolver ao Leão a dignidade perdida em algum canto das salas dos diretores. Para o Galo o jogo é encarado como mais um desafio em busca da nova identidade do time e das primeiras posições no campeonato.

Congresso- Belo Horizonte foi sede do 36o Congresso Brasileiro de Cronistas Esportivos e uma das palestras mais concorridas foi a do técnico Vanderlei Luxemburgo. O auditório da Faculdade Estácio de Sá estava lotado e todos ouviram que Luxemburgo mantém aceso o sonho de um dia voltar a dirigir a seleção brasileira e de ser campeão do mundo.

Atlético- Outro sonho do treinador alvinegro é de levar o Galo a ser campeão de algum torneio nacional. O interessante é que ele disse já ter imaginado a torcida comemorando um título e fechando as ruas. Entretanto, Vanderlei disse que o melhor Atlético só virá no segundo semestre. Em junho ou julho, de acordo com Luxemburgo, o time já terá assimilado toda a sua filosofia de trabalho.

Arbitragem- Ainda no Congresso, o diretor de árbitros da Federação Mineira, Jurandy Gama, disse que tem trabalhado com os árbitros até dissernimento de táticas de futebol. Jurandy acredita que em jogos de uma equipe grande contra uma equipe que jogue mais fechada, o posicionamento do árbitro deve ser diferente do posicionamento em um clássico.

Inter- Um dos grandes jogos da semana foi o que reuniu o Chelsea e a Inter de Milão. Os ingleses, que nunca venceram a Liga, foram derrotados duas vezes. O confronto colocou cara a cara Drogba e Lúcio. Os dois se encontrarão na Copa do Mundo no jogo entre Costa do Marfim x Brasil. Nas partidas dos clubes o zagueiro brasileiro esteve muito bem e Drogba até foi expulso.

quinta-feira, 18 de março de 2010

A Liga Europa


Oito times: Benfica, Valencia, Atlético de Madri, Hamburgo, Liverpool, Standart Liége, Fulham e Wolfsburg. A Liga Europa ficará com um deles. Quem se classificou de forma mais contundente foi o belga Standart Liége, com duas vitórias contra o Panathinaikos de Gilberto Silva. A classificação mais dramática foi a do Valencia. Os espanhóis empataram em casa por 1 x 1, contra o Werder Bremen e na Alemanha, o time de David Villa arrancou um 4 x 4. O maior feito foi o do simpático Fulham. O time londrino tirou, nada mais nada menos, a Juventus de Turim da luta pelo título. Em Turim, deu Juve por 3 x 1 e em Londres 4 x 1 para o Fulham.
O bom momento de Kun Aguero garantiu a classificação do Atlético de Madri contra o Sporting. O mais brasileiro dos times europeus, Benfica, buscou a vitória em Marselha contra o Olympique no finzinho da partida. Dois alemães estarão na próxima fase: Hamburgo e Wolfsburg. O Hamburgo bateu o Anderlecht, da Bélgica e o Wolfsburg, que havia sido eliminado da CL, ganhou a disputa contra o Rubin Kazan.
Só faltou falar do Liverpool. Depois de perder e jogar um futebol de péssimo nível contra o Lille, os Reds acordaram e jogaram um belo futebol em Anfield, 3 x 0 foi até pouco.
Rafa Benítez pode contar com o time que considera o titular, talvez apenas Fábio Aurélio no lugar do fraco Insúa, tenha sido o desfalque. A volta de Glen Johnson e a boa forma dos craques do time garantiram o resultado. Não por coincidência os gols foram de Gerrard de penalti e Torres, duas vezes. O "maior de todos" tem jogado com Mascherano e Lucas dando proteção aos zagueiros e liberdade a Steve G. Os holandeses Babel e Kuyt abrem o jogo com a posse da bola e fecham as laterais sem ela. Babel ajuda Insúa e Dirk Kuyt vai pela direita com Johnson.
Na frente, isolado ou acompanhado por Babel, Kuyt e Gerrard - Niño Torres marca a saída de bola e mostra toda sua técnica e faro de gol.
No sorteio de amanhã a melhor coisa para o Liverpool é escapar do Atlético de Madri.
A ligação forte com o clube que lançou Fernando Torres e repassou Maxi Rodriguez pode atrapalhar, mas especialmente o bom futebol dos espanhóis é que preocupa. Na pré-temporada os madrilenhos bateram os reds e na CL do ano passado os dois empataram duas vezes.
Foto- Festa da torcida Red em Anfield

Derrota em Chapecó

Futebol é futebol. Não adianta entrar recheado de pensamento lógico é mais prudente entrar concentrado.
O Atlético conheceu a sua segunda derrota de 2010, perdeu para a fraca equipe da Chapecoense por 1 a 0.
Pior que a derrota foi o futebol apresentado. Pode-se afirmar que o time até dominou a maior parte do jogo, no entanto, os erros foram muitos.
Com muita dificuldade de penetração e de boa ocupação dos espaços no meio de campo, o Atlético tinha a posse de bola e baixa produção e qualidade.
Deu 16 chutes a gol, mas levou perigo em 3 ou 4 oportunidades.
A destacar a vontade de Renan Oliveira e falta de combate no meio de campo. Zé Luís lutava perto dos zagueiros enquanto Fabiano e Evandro davam espaço e pouco produziam ofensivamente. Fabiano bateu a gol, mas Evandro foi muito mal no jogo.
O placar pode muito bem ser diferente em Belo Horizonte, no entanto, a imagem de um Atlético jogando feio não vai ser apagada.

Coluna de O TEMPO de 19.03

DE OLHO NELES

A Copa do Mundo está logo ali e as bolsas de apostas indicam como favoritos Brasil e Espanha. A Espanha conquistou a última edição da Eurocopa e tem uma geração fantástica. Recheada de jogadores técnicos, talentosos e decisivos. O meio de campo é o grande destaque do time. Na Eurocopa os astros Xabi Alonso e Fábregas ficaram no banco em vários jogos e ainda assim o time brilhou. A dúvida é se a geração brilhante tem força para se manter no topo. A última vitória contra a França, em Paris, mostrou que a Fúria é forte e preparada para pressões. Na lista dos favoritos também está a nossa seleção, entretanto, nós sabemos que Kaká não vive seus melhores momentos e ele representa muito para o esquema de Dunga. Uma seleção tem sido esquecida de todas as listas, no entanto, o esquecimento é mais uma arma deles. Outra arma é a falta de experiência e as confusões do treinador, mas a principal arma deles é a Pulga. Lionel Messi é a Pulga. O fabuloso jogador do Barcelona vive um momento especial e é o melhor jogador do mundo. Se Maradona apronta confusões é importante destacar que para os argentinos ele é um ídolo e os jogadores podem se unir em torno dele.

Libertadores- A derrapada contra o Deportivo Itália tornou a trajetória um pouco mais complicada, no entanto, o Cruzeiro tem tudo para se classificar para a próxima fase. O que precisa é de jogar bem, vencer em casa e não perder em Santiago. Até a expulsão de Kleber não pode ser tão lamentada. É melhor perder o atacante contra os venezuelanos e contar com ele na reta final.

Chapecó- A derrota do Atlético quebrou um ritmo de vitórias e aumentou uma data no calendário alvinegro. O time não jogou um grande futebol e errou muito nas finalizações. É normal, especialmente pensando que o adversário jogava a vida. No Mineirão, o esperado é uma vítória e a classificação para encarar Paraná ou Sport. Caso o Galo vença seus adversários a tabela pode reservar um emocionante encontro com Neymar e cia.

Força- A Inter de Milão bateu o emergente Chelsea duas vezes pela LIga dos Campeões da Europa. Mais que a vitória e a classificação, os jogos mostraram um duelo que vai se repetir na Copa: Lúcio x Drogba. E deu Lúcio! É óbvio que o marfinense é um senhor atacante, no entanto, Lúcio foi muito eficiente e a bola que passou dele nçao passou de Júlio César. Antes da Copa já ganhamos as duas primeiras.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Deu no Blog do Birner

Vitor Birner é comentarista da Rádio CBN em São Paulo. Por lá, o que ele apurou é que Wellington Paulista flertou com o Palmeiras.


De Vitor Birner
O Alviverde tenta trazer o centroavante cruzeirense, em baixa na Raposa.
Adilson Batista conversou com Wellington e o avisou que Thiago Ribeiro é seu preferido para atuar ao lado de Kléber.
Por isso, o atacante deseja procurar novos ares.
Ele se interessou pela proposta palestrina. Topa mudar de Palestra Itália.
Todavia, a direção cruzeirense pediu R$4 milhões (não sei por qual percentual dos direitos de futura negociação) para liberá-lo.
O pedido foi considerado alto pela cartolagem palmeirense.
As negociações não foram encerradas.

Seis anos sem o Giovane Goulart


O dia 16 de março de 2004 era um dia normal de trabalho.
Almocei pensando no jogo entre Brasiliense e Atlético pela Copa do Brasil.
Lá pelas 15h meu telefone tocou. Vi que era o amigo Marcelo Gomes e logo pensei uma saudação mais brincalhona, só que Marcelinho parecia estar chorando.
Travei. Ele custou, mas falou. Pediu para que eu avisasse alguns amigos e eram muitos os amigos do Amigão.
Liguei para o Dr. Paulo Henrique Rodrigues, médico que iniciara o tratamento para um problema sério de audição que Giovane tinha.
Liguei para o Domênico Bhering, assessor do Atlético, que rapidamente falou que ia solicitar a realização do minuto de silêncio em homenagem ao Giovane.
Comecei a lembrar das situações que vivemos juntos e não consegui lembrar de nada negativo.
Tímido, correto, observador e dono de um enorme sorriso aberto.
As lágrimas começaram a descer quando lembrei que ele estava louco de saudade do filho. Giovane aproveitou um espaço de folga na tabela do Cruzeiro (clube que ele cobria em 2004) e foi para Três Pontas. Na bagagem dele estavam alguns presentes para o filho e ele sorria ao falar que ia rever o garoto.
Saudades.
Pensei em dividir com vocês um momento que passamos juntos.
Era a festa de final de ano das Rádios Globo e CBN.
Eu, Régis Souto e Giovane Goulart batíamos mais um papo. Comemorávamos a vida, algo que o Amigão gostava muito de fazer.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Adriano, Vagner Love e Bruno

Não é o caso de pregar o puritanismo, mas é preciso refletir sobre os fatos que envolveram os jogadores do Flamengo nas últimas semanas.
A primeira reflexão é óbvia: o que falar de pessoas que são dotadas de talento e tiveram a oportunidade de praticar a profissão mais desejada pelas crianças do Brasil? Elas devem felizes e realizadas, ou não? Devem ter entendido que a vida sorriu para eles e é compreensível esperar deles atitudes que honrem o esporte, já que o esporte é que deu a maior oportunidade a eles. Entretanto, a atitude dos jogadores não é de gratidão. Adriano é ser humano e não tem comportamento de atleta. Ser atleta é ser diferente, é ser dedicado e grato pela oportunidade. Adriano, vez por outra, é visto como problema por onde passa. Ele nunca sai deixando um gosto de "deveria ter ficado!". Entre um gol e um gole, o atacante não percebe a velocidade da vida e pode perceber tarde que poderia ter sido muito mais do que é.

Bruno teve uma infância difícil. Sofreu com a ausência da figura materna e recebeu de Deus um talento especial para impedir gols. Bruno é um goleiro excepcional, mas ele não é grato pelo talento que tem e não entende o que ele representa para a sociedade. que ele tem problemas conjugais todos nós sabemos, contudo, revelar que "sai na mão" foi totalmente desnecessário e cruel com a mulher dele e com a mulher. A imprensa não interpretou errado o que ele falou. Ele é que não entende o que representa o poder de suas falas.

Vagner Love foi visto e filmado acompanhado de traficantes armados indo a um baile funk. Algum problema em ir ao baile? Claro que não! Algum problema em visitar a comunidade? Claro que não! O problema é se deixar fotografar com o poder do tráfico. Aqueles homens que protegiam Vagner Love usando armas que não aparentavam serem de brinquedo, podem ser os mesmos que vão divulgar o que fizeram e vão ganhar mais poder no tráfico. É importante destacar que o poder no tráfico não é para distribuir leite, fazem caridade e algo mais. O poder no tráfico é que garante ruas fechadas, sangue derramado e muito choro. Ir ao baile é legal, entretanto, ser fotografado ao lado do poder bélico do tráfico é propaganda de poder que vai acabar fazendo alguém sofrer.

Uma última análise deve ser feita. Se até nós jornalistas, que devemos ter a noção de que nada somos, viramos referência para outros, o que dizer de astros do futebol? A criança cresce repetindo que quer ser o Adriano. Quando defende uma bola, nossos meninos asseguram que são o Bruno. Jogador é astro e astro é referência.É preciso proteger a sociedade de pessoas que não enxergam o que são e o que fazem.

Kalil foi lá

Sábado recebemos a visita do presidente do Atlético na cabine da Rádio Globo.
Alexandre Kalil chegou exatamente na hora em que discutíamos a escalação de Ricardo Marques Ribeiro para apitar a partida entre Atlético e Caldense. O presidente preferiu não falar muito de arbitragem e de Ricardo (confesso que achei melhor assim) e aproveitamos a presença dele para tentar ouvir mais sobre o atual momento do Atlético.

Alexandre fez uma avaliação do seu tempo de trabalho como presidente do Atlético. Perguntado se as coisas estão caminhando de acordo com o esperado, o presidente disse que o caminho é muito longo e, aos poucos, o Atlético vai entrando nos eixos, entretanto, o último suspiro da resposta de Kalil, soou quase como um desabafo: "nós precisamos de ganhar algum título". Alexandre Kalil sabe que o trabalho do dia-a-dia é de colocar ordem e é também obrigação de quem coordena, o avanço só é percebido se vier acompanhado de títulos.
Uma pergunta que ouço todos os dias é sobre a origem dos recursos do Atlético. Não faz tanto tempo assim e o Galo só trazia jogadores de qualidades duvidosas e, com Kalil, o Atlético tem investido em jogadores que trazem mídia nacional. Alexandre falou que seria necessário um programa inteiro para falar como o Atlético não era viável. Destacou que muito dinheiro escoava no Galo e hoje o dinheiro não sai fácil. Recuperando a credibilidade o Clube atrai parceiros e equilibra o caixa.

Alexandre não fugiu da pergunta se encararia mais um mandato como presidente do Atlético. Kalil disse que é torcedor e, caso sinta que pode ajudar, ele aceitaria um segundo mandato.
Pelo andar carruagem, Kalil terá ainda muito trabalho a fazer e deve ser reeleito. Muita briga ele ainda vai comprar, muito exagero vai cometer e talvez ele consiga recolocar o Atlético em um caminho melhor. "Quero que o Atlético seja o Atlético do meu pai".

A tabela da Copa do Brasil pode proporcionar um encontro entre Santos e Galo. Alexandre Kalil sabe da dificuldade que o jogo envolve, mas destacou que não tem medo de ninguem, só tinha medo do pai dele. Destacou que sabe da beleza do futebol dos meninos, no entanto, se atabela marcar, marcado estará. É certo que o jogo vai ser notícia nacional pelo encontro de Vanderley Luxemburgo com os meninos da Vila, por ser um teste bom para os dois times e pela renda que proporcionará aos clubes.

domingo, 14 de março de 2010

Com campo pesado e América forte...deu Cruzeiro

O América foi um adversário difícil, a chuva também ameaçou, entretanto, mesmo com apenas Fábio e Diego Renan (os únicos titulares em campo) jogando, o Cruzeiro venceu e voltou a ser líder do Mineiro.
O América tinha claramente definida a proposta de atacar pelos lados. Tumultuou o meio com Dudu, Moisés e Leandro Ferreira e ainda com três zagueiros protegendo o gol. O Cruzeiro tinha três zagueiros, Fabinho e Uchoa como volantes e Bernardo na armação.
A chuva tomou conta do horário e não permitiu que houvesse jogo. A paralisão foi longa e, bola rolando de novo, Diego Renan estava mais solto e Uchoa mais fixo na marcação de Danilo.
Moisés recuou para pegar Diego. Quando tudo indicava um primeiro tempo de 0 a 0, Wellington Paulista acertou um belo chute de longe e fez o primeiro gol do jogo.
Para o segundo tempo, o América voltou com Joãozinho e Luciano nos lugares de Fabrício e Irênio e, consequentemente mais ousado.
Os espaços apareceram e aos 13 minutos Fábio Jr. ajeitou para Leandro Ferreira bater com força e fazer o gol de empate.
Leandro Lima e Magalhães entraram e logo após foi a vez de Kieza.
Diego Renan passou a ocupar a lateral direita no lugar de Marcos. Uchoa voltou para o meio e Magalhães observava Danilo. Curiosamente, o lateral americano teria mais espaços, no entanto, parou de subir. O jogo poderia ter se oferecido ao América, mas o Coelho não pegou e foi castigado.
Bernardo, jogador que mais bateu a gol no jogo, sofreu penalti e W. Paulista perdeu. A defesa de Gléguer poderia ter animado o Coelho, mas nem deu tempo.
Kieza deu o primeiro toque na bola já fazendo gol.
Leandro Lima, que tem características diferentes dos outros meias azuis, deu boa assistência a Fabinho - 3 x 1.
O finzinho da partida ainda proporcionou um remember. Rodrigo avançado pela esquerda cruzou para a área e achou Fábio Jr., ele dominou como antigamente, virou como antigamente e fez um belo gol como antigamente.
Por falar em antigamente, o América continua sem bater o Cruzeiro.
O Cruzeiro é superior. Tem mais elenco e é mais vivido e envolvido em uma filosofia que vitórias. O caminho do América pode ser melhor. Danilo, Rodrigo, Leandro Ferreira, Moisés e Otávio são jovens bons jogadores e podem trazer resultado técnico e financeiro.

sábado, 13 de março de 2010

Renan Oliveira se destaca e Galo faz 4 x 0

Nem parecia que Diego Tardelli e Corrêa eram desfalques e que a Caldense vivia o desespero do rebaixamento.
O primeiro tempo mostrou muita disputa pela posse da bola e pelo espaço. O Atlético foi melhor e começou a levar mais perigo quando diminuiu o número de bolas altas para a área e optou pelas jogadas de aproximação.
Renan Oliveira enxergou a oportunidade e, desde o primeiro minuto, buscou o jogo e se movimentou muito. Pela movimentação e percepção das jogadas, Renan Oliveira recebeu bom passe de Cáceres e fez o primeiro gol.
Evandro, que entrou no lugar de Ricardinho ainda no primeiro tempo, deu mais movimentação ao jogo. Fabiano estava mais lento sofria com as jogadas pelo setor. Entretanto, no intervalo o posicionamento dele foi acertado e todo o time rendeu mais.
O segundo gol saiu com Fabiano em um chutaço, aos 3 do segundo.
Renan Oliveira continuava bem e recebeu de Júnior para colocar Obina na cara do gol. O artilheiro que identifica as chamadas fez o primeiro gol dele com a camisa do Atlético no Mineirão. Jogo resolvido ainda aos 6 do segundo tempo.
Renan Oliveira, abusando de jogar bem, pela direita, cruzou para Fabiano marcar o quarto gol.
A Caldense vai ter vida complicada até o fim do campeonato e o Galo segue em busca das primeiras colocações.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Dois pontos que não voltam mais

Apenas um pontinho! O Cruzeiro volta da Venezuela com o bolso vazio. Se for para procurar culpados o gramado poderia até ser o grande vilão. Entretanto, o goleiro Fábio preferiu destacar os erros de posicionamento da defesa. E foram vários erros.
O estilo de jogo dos venezuelanos não conta com a bola no chão, a bola do Deportivo Itália passa pelo alto e a defesa sentiu.
No primeiro tempo o Cruzeiro, mesmo tendo sofrido um gol aos 11 minutos, o Cruzeiro ainda fez a bola rolar e girou o meio, no entanto, foi um Cruzeiro bem distante do habitual. Jonathan tinha mais liberdade que Diego Renan. Pela esquerda estava o grande perigo com as jogadas de Blanco, nas costas de Diego.
O empate saiu com Kleber aproveitando cobrança de escanteio. O momento era bom, entretanto, o futebol do Cruzeiro ficou escondido. Era a hora de impor limites e mostrar quem é melhor, mas a oportunidade passou e o primeiro tempo ficou no empate.
Aos 5 do segundo tempo, o futebol apareceu. Jonathan achou Diego Renan na cara do gol, ele perdeu, mas na sobra Kleber fez o segundo.
A sorte sorriu para o Cruzeiro, que novamente não aproveitou. Preocupado com as costas de Diego Renan, Adilson investiu em Gil como terceiro zagueiro e abriu Paraná pela esquerda. Foi só Gil pisar em campo para o Deportivo empatar. A jogada até parecia brasileira. De pé em pé, aproveitando espaços, Girolette para Blanco e dele para Mcintosh= Gol.
O jogo seguiu fraco tecnicamente e, para colocar um pouco mais de emoção na partida Kleber e Rafael Lobo foram expulsos.
O grande problema do resultado é que o Deportivo Itália é, de longe, o time mais fraco do grupo e a chance de o Colo Colo conquistar os três pontos é boa. Em um grupo equilibrado, qualquer tropeço pode custar caro.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Campeonato Espanhol

Após virada Real Madrid assume a liderança

Jogando em seus domínios a equipe do Real Madrid enfrentou um adversário muito bem equilibrado. Na tabela do Campeonato Espanhol o Sevilha é uma daquelas equipes que podem “decidir” o campeonato. O time está longe de terminar a Liga no topo, ocupa a quarta posição (43 pontos) e briga por uma vaga na Champions League, mas assim como Atlético de Madrid e Valência, sempre foi um adversário duríssimo para Real Madrid e Barcelona, aquele que não consegue vencê-lo, fatalmente não conquista o título. E foi justamente sabendo disso que o Real Madrid entrou em campo. O time merengue precisava da vitória para não deixar o líder Barcelona se distanciar novamente na tabela de classificação. A vantagem, que chegou a ser de cinco pontos, antes da partida era de apenas dois, e uma provável derrota para o Sevilha complicaria a situação do Real na briga pelo título.
Sabendo do grande desafio que teria pela frente, o técnico Manuel Pellegrini optou por uma escalação mais cautelosa. Conhecendo bem as qualidades da equipe do Sevilha, escalou o Real em um tradicional 4-4-2: Sergio Ramos pela lateral direita, a dupla de zaga foi composta por Albiol e Garay, e pela lateral esquerda a entrada de Arbeloa deu mais consistência ao setor defensivo da equipe madrilista. Com isso, o técnico Manuel Pellegrini pôde utilizar o brasileiro Marcelo um pouco mais adiantado. O lateral, atuou na meia esquerda e, ao lado de Kaká, foi o responsável pelo setor de criação do time merengue. Marcelo jogou bem e a justificativa usada por Dunga para a não convocação do lateral acabou “colando”. Durante a convocação para o amistoso contra a seleção da Irlanda, Dunga foi questionado pela não convocação do jogador e disse que Marcelo não atua como lateral no Real Madrid, e sim como meia.

Com uma linha de quatro defensores e dois homens de marcação no meio, Xabi Alonso e Lass Diarra, Kaká e Marcelo teriam liberdade para apoiar as investidas de C. Ronaldo e Higuaín ao ataque. O argentino ficava mais fixo, era o homem de área, e C. Ronaldo tinha liberdade para se movimentar por todos os setores ofensivos do campo. No papel ficou tudo muito bem acertado, mas dentro de campo o esquema não funcionou muito bem e a estratégia cautelosa adotada por Pellegrini não deu certo. Com a preocupação inicial de se defender, e com medo de ser surpreendido, o Real acabou deixando o Sevilha gostar do jogo. A equipe da região da Andaluzia explorava os contra-ataques e criava suas principais jogadas pelos lados do campo. Pela esquerda, jogando bem aberto, Capel chegava muito bem, e pela direita Jesus Navas, com muita velocidade, criava boas jogadas para as finalizações do atacante Negredo. Aos dez minutos Capel cruzou rasteiro, o meio-campista Xabi Alonso tentou evitar que o atacante Negredo chegasse primeiro na bola e cortou o cruzamento para o fundo das redes de Casillas. Sevilha 1 a 0. Com o gol sofrido o Real Madrid partiu para cima. Cristiano Ronaldo, Kaká, Higuaín e cia desperdiçaram muitas oportunidades de empatar a partida. O Real mandou no jogo, pressionou muito, mas atacava de forma desordenada e não conseguiu chegar ao gol de empate. Enquanto o Real Madrid pressionava, o Sevilha, muito consciente em campo, valorizava a posse de bola: prendia a bola no ataque, arrumava algumas faltas, esfriava o jogo e fazia o tempo passar.


Segundo tempo
Se a situação já não era boa para o Real Madrid, o time perdia por 1 a 0 em pleno Santiago Bernabeu, na segunda etapa ficou pior ainda. Aos seis minutos Dragutinovic marcou o segundo gol do Sevilha. Em uma cobrança de falta despretensiosa, da intermediária, Casillas preferiu nem pedir a formação de barreira e foi surpreendido. O chute veio fraco e Casillas falhou; deixou a bola tocar no gramado, na pequena área, e aceitou. Sevilha 2 a 0. Após o gol, a única alternativa que restava ao Real Madrid era ir ao ataque. O esquema adotado por Pellegrini desmoronou de vez. O técnico mexeu no time, dois homens de defesa, Lass Diarra e Arbeloa, deixaram o campo para a entrada de Van der Vaart e Guti. As substituições surtiram efeito, o Real Madrid aumentou a pressão e partiu para cima de vez do Sevilha.
Aos 14 minutos C. Ronaldo colocou o Real de novo na partida. Após passe de Marcelo para Higuaín, a bola resvalou na defesa e sobrou limpa, na marca penal para o português diminuir o placar. O Real continuou pressionando e dois minutos após o primeiro gol, aos 16, chegou ao gol de igualdade: após cobrança de escanteio, Sérgio Ramos subiu mais que a defesa do Sevilha e empatou a partida. Se o Real cresceu no jogo, o Sevilha desapareceu. Ficou acuado e não conseguiu suportar a pressão. O time merengue seguia perdendo oportunidades e os ponteiros do relógio passavam cada vez mais rápidos. A equipe do Sevilha se defendia de todas as maneiras, o goleiro Palop fazia o impossível para evitar o triunfo madrilista. No último minuto da partida ele fez uma defesa incrível; após cruzamento de Sergio Ramos, Higuaín finalizou de cabeça e Palop, apesar de ter feito uma excelente defesa que evitou o gol de Higuaín, rebateu a bola para o centro da área e Van der Vaart marcou o gol que deu a liderança do Espanhol ao Real Madrid. Placar final Real Madrid 3, Sevilha 2.

O Real assumiu a ponta da tabela após o tropeço do Barcelona diante do Almeria. A equipe catalã empatou em 2 a 2 com o time do goleiro Diego, ex-Atlético. O goleiro foi destaque na partida e fez no mínino três defesas que garantiram o empate no placar. Real Madrid e Barcelona têm os mesmos 59 pontos e de acordo com os critérios de desempate, o Real assume a liderança. O time merengue tem 20 vitórias contra 19 do Barça.
Pela próxima rodada os merengues enfrentam a equipe do Valladolid, 18° colocado, fora de casa. Enquanto o Real enfrenta uma equipe que luta contra o rebaixamento, o Barcelona tem uma partida complicada pela frente: após o empate contra o Almeria o time do artilheiro Messi, 19 gols, joga contra a equipe do Valência de David Villa, segundo colocado na artilharia da competição com 17 gols.(VR)
Colaboração: Vander Ribeiro

quarta-feira, 10 de março de 2010

O extra está muito intra, prefiro a bola

Não me sinto à vontade para falar de alguns assuntos que ficam na periferia da bola e que fazem parte do mundo do futebol.
Falar de contusões não é fácil, mas sai. De um tempo para cá a pubalgia entrou em campo e, sem ela, Kléber ajudou a classificar o Cruzeiro para a Libertadores. A mesma pubalgia pode ser a vilã para Kaká, no Real.
Joelho também é problema, se a lesão for no LCA fica mais complicado ainda. LCA é Ligamento Cruzado Anterior e representa uma cirurgia curta, no entanto, de recuperação longa. O atleta pode voltar entre 6 e 9 meses. Mas existem outros ligamentos e às vezes as lesões são tratadas em um tratamento conservador, ou seja, sem a necessidade da cirurgia. O assunto não agrada, mas um bom médico explica direitinho e o assunto pode ser dado como encerrado.
Se tornou importante também saber da economia do futebol. Mercado, valorização, ações de clubes, patrocinadores, parceiros, direitos econômicos são palavras frequentes nos noticiários dos clubes. Se o assunto complicar basta um pouquinho de compreensão e paciência que dá pra entender.
Entretanto, quando a bola dá lugar aos tribunais a coisa se complica muito. Os motivos são simples de entender, as questões não. Joelho é joelho, lesão é lesão e parceiro é parceiro. Só que regulamento requer interpretações, artigos podem ferir outros artigos.
O que dizer de quem fala que o episódio da chuva de Teófilo Otoni seria resolvido se fosse cumprido o regulamento, que fala que o jogo deve ser realizado no dia seguinte ao
da paralisação? Deve-se dizer que existe um outro regulamento, que diz que os jogadores não podem disputar partidas oficiais em intervalos menores que 66 horas e o Galo tinha jogo marcado para pouco mais de 50 horas depois.
Entre um TJD e outro, entre uma liminar e outra o que é possível perceber é que a Federação Mineira de Futebol não tem mostrado zelo na direção e organização do futebol de Minas. Sobram brechas e falta a boa condução.
Ah! Que bom seria se apenas os jogadores e a bola decidissem as partidas...

Ingleses mostram o tamanho da diferença

Arsenal fez cinco e Manchester fez quatro. Os adversários entram no texto apenas como informação. Quem levou cinco foi o atual campeão português. O Porto não viu a cor da bola.
Quem levou quatro foi o segundo time que mais conquistou a Liga. O Milan também não foi informado se havia bola ou não. Duas boas vitórias eram previsíveis, no entanto, o que se viu foram dois estragos, dois passeios, duas demonstrações claras da diferença do futebol praticado na Inglaterra frente aos outros grandes centros do futebol europeu.
O Arsenal é um time mais leve, mais abusado e atrevido. Viu o Porto pela frente e resolveu o jogo com rapidez. A diferença se deu nos erros do Porto e na falta de erros do Arsenal, que soube fazer valer o conjunto e a força.
Os Red Devils foram simpáticos e saudaram a David Beckham, no mais... acabou a simpatia. O que se viu em campo foi superioridade técnica, tática e até física. O nome é profissionalismo. O futebol inglês foi mais profissional.
Talvez em uma fase de grupos o lado profissional fique um pouco ofuscado, já que os times entendem que devem manter os olhos abertos também nos torneios locais, mas, se o assunto for mata-mata - sai de baixo.

terça-feira, 9 de março de 2010

Repensando a posição de Rafa Benítez

Já tive a oportunidade de dar a minha opinião várias vezes e sempre fui contrário aos que achavam que a solução para o Liverpool seria a demissão de Rafa Benítez. Não acho que seja a solução, no entanto, é preciso questionar o trabalho do técnico campeão da Liga em 2005.
Rafa sempre fez o elenco girar e trabalhou nos últimos anos com pouco investimento, entretanto, conseguindo extrair o máximo do grupo de jogadores. Quem se lembra do jovem meia do West Ham e vê hoje o capitão da seleção de Israel sabe do que estou falando. Yossi Benayoun se tornou um jogador de futebol com Rafa. O questionado por muitos Dirk Kuyt é outro enorme exemplo de jogador que só evoluiu nas mãos do espanhol. No entanto, com a exigência da competitividade do futebol inglês e com a seca de títulos da Premier League, destacar a evolução técnica e tática de alguns jogadores parece e é pouco.
O clima começou a ficar feio quando Rafa, no fim da última temporada, rasgou elogios a Gareth Barry e deixou escapar o ídolo Xabi Alonso. Xabi foi exposto e decidiu voltar para a Espanha. Para complicar ainda mais, Rafa não trouxe Barry e deixou escapar Xabi. Pensando em minimizar a bronca, chegou Aquilani. O italiano sempre esteve fora de combate, ou por contusão ou por falta de ritmo. Rafa não pensa grande!
A última derrota, contra o Wigan foi um desastre para as pretensões de classificação na próxima Liga dos Campeões. O time que já foi uma máquina se tornou uma "furreca".
Tenho pena do mestre Steven Gerrard e de Fernando Torres.
É hora de repensar: ou Rafa contrata de verdade, ou alguém é contratado para o lugar de Rafa.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Deu no twitter do Kalil

O equatoriano Mendez é o novo reforço do Atlético. Entretanto, o meia só chega em 04 de julho, um pouco antes da data do retorno do futebol no pós-Copa.
Mendez se destacou jogando no PSV e na LDU. O bom futebol jogado contra o Fluminense ainda está na memória e pode se repetir no Atlético.
É necessário entender que todo jogador que vem de fora do Brasil necessita de adaptação e de um reforço na preparação física.
Como será o meio do Galo com Mendez, que é um jogador mais ofensivo e joga mais perto da área?

domingo, 7 de março de 2010

Tupi faz bonito e bate o Cruzeiro

Não é o caso de falar que o Cruzeiro perdeu, o Tupi venceu seria melhor colocado.
O time de Juiz de Fora soube jogar e marcar. Marcar o Cruzeiro todos tentam, entretanto, o Tupi procurou sair para o jogo e até por isso fez três gols.
Preocupado com a agenda e o ritmo dos atletas, o Cruzeiro poupou vários jogadores e ainda assim entrou com um time interessante.
Com sérios problemas defensivos, Léo Condé também não teve força máxima. Entretanto, o Tupi tinha as funções bem determinadas e definidas.
O primeiro tempo terminou empatado em 1 a 1. Anderson Lessa abriu o placar e Ademílson fez um belo gol. Fábio, que dificilmente erra, não acreditou em um chute maluco e bem dado e a bola entrou.
Com Bernardo e Paraná nos lugares de Anderson Lessa e Roger, o Cruzeiro pouco melhorou e encontrou um adversário cheio de motivação e bem posicionado.
Fabrício Soares fez o gol da virada no início do segundo tempo.
O Cruzeiro pouco usou os lados do campo e o Tupi cortava e saía em alta velocidade.
Uma bobeada no meio e na zaga foi o suficiente para Henrique achar Gedeon na entrada da área, o meia/volante bateu com calma na saída de Fábio.
Léo Salino colocou mais pimenta na partida e foi expulso aos 40.
O Cruzeiro foi pra cima. Thiago Ribeiro entrou e tentava jogar pelos lados. Jonathan assumiu a meia. Na pressão, Pedro Ken bateu de fora da área e diminuiu.
A posse de bola era toda azul e Bernardo conseguiu perder o gol de empate, cabeceando da pequena área para fora.
Fim de jogo: Tupi 3 x 2 Cruzeiro.

Foi a segunda derrota do Cruzeiro, que perdeu para os dois melhores times do interior em situações bem distintas. Quando perdeu para o Ipatinga o contexto era outro. Início de ano e Potosí na cabeça. Agora foi diferente. O Tupi jogou um bom futebol e aproveitou as oportunidades e os erros do Cruzeiro.
A derrota não deve alterar nada no Cruzeiro. O time continua bom e bem treinado. Mas se for possível apreender algo... Camilo não é do mesmo nível dos outros jogadores e Pedro Ken vem crescendo. Caçapa está mais lento e desligado, Roger está abaixo dos outros no lado físico. Sem o jogo forte das laterais e sem as saídas de qualidade pelo meio de Henrique e Paraná o Cruzeiro perde o um pouco do brilho e se torna apenas um bom time.
Com velocidade pelos lados, com Henrique, Paraná e Fabrício pelo meio e Kleber e T. Ribeiro no ataque o Cruzeiro é diferente dos outros.

Ganhou o jogo e problemas para o jogo contra o Galo

O América de Teófilo Otoni acabou com a ansiedade que existia e conquistou a primeira vitória na Primeira divisão do futebol em Minas. Chrys e Anderson Toto marcaram os gols da vitória em cima do Uberlândia. A partida marcava uma disputa direta contra o rebaixamento, entretanto, a obtenção dos três pontos acende uma esperança de classificação entre os oito. O público foi de 2936 pagantes.
No entanto, a conquista da primeira vitória só não foi tão comemorada por causa das duas contusões, que comprometem a escalação da equipe para quarta-feira. O volante Dênis teve estiramento na coxa direita e está afastado. Já o zagueiro Luiz Henrique também sentiu a coxa e foi substituído, no entanto, a contusão aparenta não ser tão grave.
O Atlético tem a vida mais complicada. Leandro expulso, Tardelli e Corrêa machucados são desfalques. O Galo já fez duas substituições e só pode mudar mais uma vez.
Mesmo com os dois desfalques o América T.O. tem a vantagem de poder fazer alterações, já que não queimou nenhuma substituição.
O jogo, que não terminou, foi marcado para a próxima quarta em T.Otoni.

sábado, 6 de março de 2010

Atlético tem o jogo resolvido na experiência

O Democrata marcou muito e não deu espaços ao Atlético no Mineirão.
O Galo não teve Diego Tardelli e Corrêa, machucados e Leandro, suspenso.
Luxemburgo não insistiu na formação com três homens no ataque e promoveu a entrada de Renan Oliveira na vaga de Tardelli. Para o meio, Fabiano entrou na vaga de Corrêa.
O primeiro tempo mostrou um Atlético com muita posse de bola e pouca penetração. Renan Oliveira tinha que voltar para a armação e o ataque ficava distante. Os laterais não conseguiam subir e o Atlético não batia a gol.
Carlos Alberto entrou no lugar de Fabiano e ocupou um espaço interessante entre Beto e Magal. Aos poucos o Democrata cedeu espaços e Luxemburgo abusou deles quando apostou em Marques aberto pela esquerda. Deu certo! Aos 19, Marques, que acabara de entrar cruzou para a área, Muriqui rolou para Júnior, que limpou para fazer o gol. Os experientes Marques e Júnior tiveram participação boa na partida.
A zaga, que vacilava com frequência, teve um bom comportamento.
O time não convenceu, mas jogou para obter os pontos e conseguiu.

Galo pode ter dificuldades

Ano passado, bastava não ter Diego Tardelli que o Atlético penava para conquistar pontos no Brasileiro. Hoje, no Mineirão, o atacante é desfalque certo. Tardelli tem desempenhado uma função diferente da de 2009. Pouco mais recuado e mais aberto, o artilheiro do Brasileiro não tem feito gols, mas tem sido muito importante na armação das jogadas ofensivas. Vanderlei Luxemburgo pode voltar a escalar Renan Oliveira, Evandro ou Geovani, como opções de meio, ou até recorrer a Marques, opção mais ofensiva.
Corrêa também não joga. O volante-meia ficará três semanas afastado. Sem ele o time perde bastante. Corrêa tem passe muito bom e sabe trabalhar a bola longa. Os prováveis reservas são Fabiano ou Carlos Alberto. Fabiano é menos combativo e sai mais com a bola. Carlos Alberto cerca mais, entretanto, é fraco na qualidade das chegadas ao ataque.
Do outro lado vem um Democrata bem montado e que ainda não foi derrotado fora de casa. Moacir Jr. deve jogar um time fechado e explorar os contra-ataques em alta velocidade, especialmente pela direita, nas costas de Júnior.
Deve ser no mínimo interessante o jogo do Mineirão.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Cruzeiro sobrando na competição

Mesmo alternando entre time reserva e time titular, o Cruzeiro assumiu a liderança da competição. A última vitória, sobre o Uberaba, deixou bem claro que o Cruzeiro está sobrando e ganha até sem o jogo ter começado. Os times que enfrentam o Cruzeiro pensam algumas vezes antes de encararem a equipe treinada por Adilson Batista. O Uberaba até tentou, no entanto, a superioridade transcende a técnica. A diferença passa pela estrutura e pelo preparo físico da equipe.
Muito criticado por fazer a equipe girar, Adilson faz o que muitos técnicos europeus fazem. Dão ritmo, jogo, rodagem e ambientam os jogadores ao estilo e mostra que a filosofia está correta e dá resultados.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Coluna de O TEMPO

A chuva evidenciou problemas

Teófilo Otoni recebeu o Atlético de braços abertos. Atleticanos da região, torcedores do América e curiosos só falavam do jogo e citavam, na ponta da língua, o currículo dos jogadores e comissão técnica. Foi só o ônibus do Atlético chegar, que o tumulto tomou conta da portaria do hotel. Um dia antes do jogo a diretoria, comissão técnica e o grupo de jogadores do América foram ao campo e comemoraram a presença do time na elite do futebol mineiro. O respeito ao Atlético era evidente, entretanto, todos viam a chegada do Galo e a transmissão pela televisão como um grande evento, uma oportunidade. Cerca de trinta profissionais envolvidos na transmissão, desde os cinegrafistas ao narrador. A imagem percorreu oceanos e chegou até Portugal, Nigéria, Estados Unidos e muitos outros países. Tudo caminhava tranquilamente até que, a chuva fina virou um temporal. A preocupação com a continuidade da partida só era diminuída quando ouvíamos que a cidade, que vivia um racionamento de água por causa dos quase quatro meses sem chuva, estava inquieta com a tempestade e os alarmantes números próximos de 80% de áreas de risco de desabamentos da região.

Autoridade- Para dar continuidade à partida a resolução seria muito simples. Bastava que o delegado do jogo usasse a autoridade confiada a ele. Com ele estava a decisão. Ou delegado não é mais delegado? O árbitro ficou exposto ao erro, jogadores às contusões e nenhuma decisão era tomada. Também não basta apontar o delegado da partida como vilão.

Estrutura- É necessário que o delegado do jogo se sinta revestido da autoridade para exerce-la com paz e tranqüilidade. Imagino que se ele foi escalado para um jogo de tanta importância, no mínimo, ele teria que se sentir capaz de decidir. No entanto, a estrutura centralizadora de poder da Federação entrou em campo e o presidente que assistia ao jogo mandou que ele fosse interrompido.

Sobriedade- Os fatos e as ausências de decisões nos causam arrepios, trazem alerta e questionam o comando do futebol em Minas, entretanto, diante da omissão, tudo o que se espera é que haja sobriedade e reflexão. Vai adiantar alguma coisa tomar decisões desumanas e precipitadas? Demissões e substituições só deixam claro que não havia zelo antes.

Tempo- Sempre há tempo para tratar o produto com o valor que ele merece. Entendo que o comando da Federação caiu no colo do presidente, no entanto, ficou evidente que o Campeonato precisa ser tratado com mais carinho. Vejo os contratados da Federação trabalhando com empenho e suor, mas a estrutura precisa ser repensada.