quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Revelações de Eduardo Maluf

Fim de ano é propício para matérias pouco interessantes.
É jogador cortando cabelo, jogador tomando sorvete - é triste.
Uma matéria que saiu do "normal" para a período foi feita pelo comentarista Marcelo Bechler, da Rádio Globo Minas.
Marcelo bateu um papo com Eduardo Maluf, gerente de futebol do Atlético.
De bobo Maluf não tem nada.
Ele sabe que o que ele fala repercute.
Com mais de dez anos na função, Maluf aproveita as oportunidades e no papo, Maluf "deixou escapar" que Cáceres e Jairo Campos não ficam no Galo.
Até aí nenhuma novidade, mas é a palavra oficial do clube.
Quando perguntado sobre o trabalho do Dorival Júnior, Maluf disse que ele não gosta de demitir treinador e o Kalil também não e que "Kalil deve ser reeleito, o que indica que Dorival deve ter vida longa no Atlético."
Opa!
Já perguntei ao presidente Alexandre Kalil sobre reeleição e ele disse que não faria projeções (minha conversa com ele deve ter um ano)mas que se o time estivesse bem, ele se lançaria candidato. Entendo então, que Kalil acredita em um ano vitorioso e pensa em novo mandato.
Maluf deu dois toques importantes no papo com Marcelo.
O mais relevante é que Kalil vai buscar a reeleição.

Deu no Olheiros - Saída de jovens ocorre cada vez mais cedo

É impossível saber de tudo.
Saber do Inglês, do Argentino, do Feminino e ainda acompanhar Brasileiro, Mineiro, Paulista, Libertadores - loucura!
Entretanto, não é por falta de informação.
Nós, jornalistas, sofremos é com o tempo.
Notícia tem, informação de qualidade e credibilidade também.
Conheci o Olheiros.net através do colega Gabriel Dudziak.
Conhecer o mundo das categorias de base, saber da formação dos jogadores é o objeto de estudo e trabalho deles.

O novo ataque dos tubarões
Lincoln Chaves - 27/12/2010

"Tubarões brancos" é o novo apelido dado aos clubes da Premier League em geral, instituido pelo diretor de futebol do Feyenoord, Leo Beenhakker, revoltado com a saída de uma das grandes promessas do clube holandês, o zagueiro Nathan Ake. Irritação que se dá principalmente porque Ake tem apenas 15 anos, e é o quarto jogador local a deixar o país nos últimos anos para atuar no futebol inglês, após Jeffrey Bruma, também zagueiro e que rumou ao mesmo Chelsea, e os meias Oguzhan Özyakup e Kyle Ebecilio, que foram para o Arsenal, causando a ira de seus clubes.


O caso de Ake mostrou que, por mais que nos últimos tempos até tenham surgido algumas ações com o intuito de frear os avanços dos gigantes europeus, especialmente os ingleses, a realidade a curto prazo não tende a ver grandes modificações. Os euros engordando a conta bancária do garoto e de sua família e a ilusão criada pela possibilidade de atuação na milionária Premier League acabam sobrepostos ao que muitas vezes é pouco levado em consideração: a notória parca utilização de jovens jogadores na liga inglesa, principalmente em times como o Chelsea, onde o dinheiro de Roman Abramovich ainda é mais acionado no mercado que as canteiras azuis.

A retaguarda não é das melhores, e o caso da ida de Gael Kakuta ao - novamente - o Chelsea é bastante ilustrativo. Os Blues conseguiram retirá-lo do Lens antes que assinasse um contrato profissional com o clube francês, revoltando os dirigentes "logrados". O Lens inicialmente conseguiu uma punição ao jogador e ao time inglês, que ficaria sem poder contratar jogadores por uma temporada. No entanto, o Tribunal Arbitral do Esporte reviu a decisão e, considerando que o contrato de formação dos franceses com Kakuta era irregular, avaliou que a negociação com o Chelsea não havia impedimentos. Brecha aberta para que os "ricaços" da Premier League avancem.

Por sua vez, em março, uma decisão do mesmo Tribunal veio para tentar diminuir o ímpeto por esse avanço das ligas grandes às promessas das ligas menores. A medida veio após o Lyon vencer uma batalha judicial com o Newcastle sobre o já aposentado Olivier Bernard, a quem os franceses acusaram os Magpies de "roubar". Por essa decisão, o clube formador deveria ser ressarcido caso perdesse um atleta antes de este ter um contrato profissional, com o intuito de seguir incentivando a investir no trabalho de base - uma das preocupações ponderadas pelo Tribunal -, além de limitar o enfraquecimento de outras ligas do continente.

Algo, porém, que em curto prazo - e Nathan Ake está aí para mostrar - não terá grandes avanços. Principalmente porque, embora preveja esse pagamento e que ele seja referente ao período que o garoto esteve na base do clube do qual saiu, a norma não é precisa no que diz respeito a valores. O Chelsea, por exemplo, depositou apenas pouco mais de 270 mil euros ao Feyenoord pela jovem promessa. Uma quantia irrisória, inferior a diversos salários pagos mensalmente no próprio clube e longe do investido pelos holandeses. Isso porque, em um futuro próximo, Ake pode estar ainda mais valorizado, e os 270 mil euros se configurarão de vez em "preço de banana".

Também para "conter" esse avanço, foi criada na Premier League a medida que obriga os clubes a ter oito, em seus 25 atletas, formados em casa, ou que tenham defendido o time por pelo menos três temporadas antes de completar 21 anos. O objetivo, em tese, era o de colaborar para a abertura de espaços a mais jovens talentos forjados na Inglaterra. Acontece que se por um lado, a longo prazo, a norma pode até ter algum resultado, por outro ela naturalmente intensificou a busca das equipes por garotos em outros centros, como Holanda e França. Algo que, por sua vez, também tem sua eficiência em ajudar na formação de jovens ingleses questionada.

Acontece que se as medidas extracampo ainda encontram dificuldade em chegar a um denominador comum, os clubes precisam começar a fazer a sua parte. A começar pelo relacionamento com os garotos e suas famílias. Não somente sob a ótica financeira, mas nas condições de educação e treinamento que colaboram, inclusive, para incluir cada vez mais o jogador à cultura da agremiação. Um tato que, por exemplo, faltou ao Feyenoord. Basta dizer que Ake era o principal interessado em aceitar o convite do Chelsea, convencido pelos sonhos propiciados pelos londrinos. Com o OK da família, a equipe de Roterdã ficou sem saída.

Alguns clubes ainda contam com algum sucesso nesse aspecto. O Sporting, de Portugal, costuma ter jovens de sua base, reconhecida como uma das mais bem estruturadas e formadoras da Europa, observados por times de fora, principalmente ingleses. No entanto, tem se saido bem na manutenção destes valores, pelo menos até suas profissionalizações - ainda que os negocie mal. Em solo inglês, há o caso do Crewe Alexandra, cujo tato da comissão preparada pelo italiano Dario Gradi é decisivo para que o pequeno time da quarta divisão do país consiga manter jovens com potencial até estes se tornarem profissionais. Dean Ashton é um desses exemplos.

Outra questão é a criação de projetos de carreira, em moldes semelhantes ao que o Santos tenta fazer por aqui, com o estabelecimento de metas e benefícios. É, porém, um trabalho que necessita do supracitado bom relacionamento entre clube, jogador e familiares, para que tais medidas sejam adotadas sem que sejam um "tiro no pé", criando inimizades e rivalidades entre os atletas da base. A partir destes projetos, o clube tem a seu favor a possibilidade de que o garoto opte por crescer no futebol de uma maneira menos ilusória e mais planejada, em detrimento à "aventura" no notoriamente difícil desafio de se conseguir espaço em um time principal de Premier League.

A globalização é um fenômeno irreversível e o futebol há muito é um negócio, lapidado cada dia mais cedo, além da liga inglesa ser - com justiça, diga-se - o grande sonho de consumo de qualquer garoto. O problema é que o descontrole do processo de caça a promessas e a disparidade entre campeonatos antes mais parelhos coloca, a cada dia, em risco maior grande da renda e do apelo comercial do futebol em muitos países - inclusive no Brasil, que vibrou como se fosse título quando Neymar esnobou a proposta milionária do Chelsea. O desafio não está limitado às normas, mas também à mentalidade dos clubes. E em ambas as partes, o tempo urge para que novas ações se mostrem efetivas.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Último CBN Esporte Clube

Trabalhei por pouco tempo com Juca Kfouri.
O tempo necessário para aumentar a admiração e o respeito.
Juca mostrou todas as qualidades que esperava ver e mostrou uma generosidade maior ainda.
Ele tem prazer em ajudar, em ouvir.
O último CBN EC com ele, foi assim:

http://blogdojuca.uol.com.br/2010/12/o-ultimo-cbn-ec/

Alguns querem debater, outros querem impor

Tenho um orgulho danado de conseguir dar alguns passos na carreira.
Especialmente pelo simples motivo de que procuro dialogar.
Falo e repito que não sou dono da verdade e dar opinião é mostrar outro ponto de vista.
Comentar é trazer mais argumentos. Dar pancada na mesa é para outros e para outro tempo.
Ontem, pelo twitter, li o ótimo Léo Bertozzi tentando dialogar. Em vão.
Algumas pessoas não querem o diálogo, querem fazer um exército de robôs.
Incrível é que eles devem criticar Hittler e nem percebem que não permitem visões diferentes.
Li também que sou não serei bem recebido em BH. Afinal de contas não sou a favor da unificação dos títulos. Que medo!
Tenho medo das pessoas que separam as outras pelos seus pontos de vista.
É triste, mas creio que os anos de silêncio na ditadura ainda batem fundo na alma brasileira.
Muitos não estão acostumados a ponderar e preferem fazer uma massa de pessoas com os mesmos pensamentos. Talvez daí surja a violência.
Como uma demonstração clara de extremo pavor, devo estar em BH até dia 01.
Minha passagem de volta está comprada para 13 horas (mais ou menos) e voo pela TAM.
Sou figura fácil no BH Shopping e devo ficar em Nova Lima.
Mas venha armado! Traga ideias e opiniões. Mostre vontade de ouvir, de dar risada e de trocar.
Não sou dono da verdade e não tenho vergonha de rever nada.

Safra promissora

Deu no twitter do Jornal SUPER.

Neymar e outros dois brasileiros são apontados como as revelações do ano pela FIFA

Três jogadores que estarão defendendo a seleção brasileira sub-20 no Sul-Americano sub-20, em janeiro, foram incluídos pela FIFA como as principais revelações do ano. Em seu site oficial, a entidade máxima do futebol criou um fórum para os internautas discutirem sobre os novos astros. O atacante Neymar, do Santos, e os meias Lucas, do São Paulo e Phillippe Coutinho, da Internazionale de Milão, estão na relação.

A lista da Fifa inclui apenas atletas que nasceram depois de 31 de dezembro de 1990. Além dos brasileiros, o fórum destaca os nomes de Jano Ananidze (Geórgia), Sergio Araujo (Argentina), Khouma Babacar (Senegal), Sergio Canales (Espanha), Luc Castaignos (Holanda), Christian Eriksen (Dinamarca), Mario Gotze (Alemanha), Eden Hazard (Bélgica), Markus Henriksen (Noruega), Gael Kakuta (França), Erik Lamela (Argentina), Romelu Lukaku (Bélgica), Iker Muniain (Espanha), João Reis (Portugal), James Rodriguez (Colômbia), Jack Rodwell (Inglaterra), Xherdan Shaqiri (Suíça), Son Heung-Min (Coreia do Sul), Yannis Tafer (França) e Jack Wilshere (Inglaterra).

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O Maluco do Lateral

Já são 34 anos de um futebol razoável e uma carreira aceitável.
Rory Delap é inglês, mas já foi convocado e atuou onze vezes pela seleção irlandesa.
Destaque no Derby County, Sunderland e atualmente no Stoke, Delap não é o que podemos chamar de um meio campista eficiente.
Não é um primor no desarme e não é criativo com os pés.
Já com as mãos a história é outra.
Em dados coletados no Wikipedia, Rory Delap deu assistência para 37 gols.
Para quem disputou mais de 300 jogos na Premier League a média não é tão boa.
Entretanto, Delap deu as tais assistências a partir de cobranças de lateral.
Se o lateral for no campo de ataque, a torcida do Stoke já começa a comemorar.


Rory Delap é o "Maluco do Lateral"



O Manchester City já sofreu três gols com assistências dele.
Aí vai uma:



Contra o United, quase foi:


Contra o Chelsea..."Go, Rory"

Jobson precisa mudar muito

Kalil "tuitou" e o que era um sonho se tornou realidade.
Sonho? Pra quem?
Jobson não é não será unanimidade.
Ninguém questiona seu valor técnico.
É impossível tirar dele o que ele tem, mas não é honesto tirar dele os problemas que ele traz.
Apanhado em doping, punido e perdoado.
Atrasado em treinos, faltoso e despreocupado.
Ingrato, triste, vítima - coloque o adjetivo que desejar.
Jóbson tem o discurso distante da prática, o que dá certeza de que a confiança deve ser testada a cada dia.
Afirmar que o estilo Kalil dará jeito no rapaz é desconhecer o ser humano.
Se rédea curta fosse sinônimo de educação, vamos questionar a democracia e instalar o poder centralizador nas famílias.
No Botafogo, Jobson era colega de quarto do volante Fahel.
O mineiro tinha a função de "cuidar" dele e Fahel tentou.
Fez o que pode para que o grupo convivesse melhor com ele, mas as constantes indisciplinas mostravam que os rumos eram diferentes.
Uns pensavam em jogar e Jóbson em aprontar.
Pode dar certo? Claro que sim.
"Tudo muda o tempo todo no mundo", cantava Lulu Santos.
Mas para que ele mude e permita que todo o seu talento apareça em campo, Jobson não vai precisar de paizão, companheiro, linha dura, carinho ou qualquer outra coisa - ele precisa se conscientizar e nada mais.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Torres deve ficar

A imprensa já destacou o interesse do Barcelona em Fábregas e Torres.
Os dois espanhois de destaque no Inglês são jogadores da seleção e imprescindíveis aos seus clubes.
Fábregas é o jogador da bola macia para os atacantes.
Quando a sequência de contusões afeta o camisa 4, o Arsenal sente e muito sua ausência.
Torres é ídolo em Liverpool.
A cidade se vestiu de Espanha na campanha da Euro.
Ele e Gerrard são a cara da equipe.
Sem eles, derrota.
Com eles, vitória.
Como o Liverpool acabou de ser comprado, entendo ser muito difícil a saída do atacante agora.
Os antigos investidores eram vistos como péssimos administradores e fracos na condução do futebol.
A torcida não podia ouvir falar neles e é muito cedo para uma indisposição tão grande.
Como a janela costuma ser um termômetro para as ambições dos clubes, a próxima não deveria determinar uma perda tão grande para a equipe. A torcida avaliaria a pretensão dos novos donos de forma extremamente negativa.

O vídeo anexado foi feito na cidade de Liverpool, para a Eurocopa.
É mais um vídeo da Nike, mas mostra o que Niño representa.

Eleição no site da Trivela

Confesso que votar para aquela festa da CBF é uma das tarefas que faço com menos gosto.
Voto e não ligo muito para a premiação e para a eleição.
Não gosto da forma e gosto menos ainda do que permeia.
Mas da Trivela eu gosto.
Gostava da revista e gosto do site.
Fiel fonte de consulta e pesquisa, a Trivela me faz mergulhar em campeonatos distantes de nossa realidade, mas campeonatos e por isso interessantes e importantes.
Ter participado de uma votação da Trivela é digno de currículo.
Abaixo segue o resultado da peleja:

Prêmio Trivela: melhores de 2010

Postado em 21/12/2010 às 15:58 por Equipe Trivela.com


Messi foi o grande vencedor do Prêmio Trivela


A Fifa tem seu prêmio de melhor do mundo. Diversas publicações pelo planeta fazem o mesmo ao final de cada temporada. Por que, então, a Trivela também não tinha a sua "premiação"? Assunto resolvido: eis o primeiro Prêmio Trivela.

Consultamos 30 jornalistas de dez veículos diferentes, incluindo televisão, rádio, internet e jornais impressos. Cada um recebeu uma lista com indicações para as categorias, mas tinha a liberdade para alterar a posição, caso achasse necessário, ou mesmo citar outros nomes - valia votar em apenas um por categoria, mas com liberdade total para a escolha.

As categorias do Prêmio Trivela foram: Goleiro, Defensor, Meia, Atacante, Jovem (nascidos a partir de 01/jan/1989), Estrangeiro no Brasil, América e Melhor do Mundo. Consideramos, como a Fifa, o ano/base 2010.

GOLEIRO
1 - Iker Casillas (25 votos)
2 - Júlio César e Maarten Stekelenburg (2 votos)
3 - Gomes (1 voto)

O goleiro do Real Madrid teve uma temporada ótima. Fez uma das melhores campanhas da história dos merengues no Campeonato Espanhol, que só não acabou com o título porque o espetacular Barcelona conseguiu ser ainda melhor.

Apesar da decepção na Liga dos Campeões – com a sexta eliminação consecutiva na mesma fase -, o goleiro foi uma das figuras principais da seleção espanhola na Copa do Mundo de 2010, que acabou com o próprio levantando a taça.

Casillas participou de forma decisiva das quartas de final, contra o Paraguai, quando defendeu um pênalti cobrado por Óscar Cardozo, com o jogo ainda em 0 a 0. Na semifinal e na final, o goleiro também teve participação importante, o que o levou a ser um dos destaques do ano.

DEFENSOR
1 - Lúcio (10 votos)
2 - Gerard Piqué (7 votos)
3 - Maicon e Philipp Lahm (5 votos)
4 - Thiago Silva (2 votos)
5 - Carles Puyol (1 voto)

Lúcio, que tem em seu currículo uma Copa do Mundo, agora poderá dizer que venceu dois dos mais importantes títulos de clubes: a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes. Aos 32 anos, ele é considerado um dos melhores zagueiros do mundo.

Em 2010, o defensor brasileiro conquistou cinco títulos pela Internazionale: o Mundial, a LC, o Serie A, a Copa da Itália e a Supercopa da Itália. As boas atuações no primeiro semestre renderam a ele a convocação e a titularidade na Copa do Mundo da África do Sul. O zagueiro ajudou os nerazzurri a terem a defesa menos vazada do Campeonato Italiano de 2010. Em 38 jogos da Serie A, o clube tomou 34 gols.

MEIA
1 - Wesley Sneijder (12 votos)
2 - Lionel Messi (10 votos)
3 - Xavi (7 votos)
4 - Andrés Iniesta (2 votos)

Chegou na Internazionale para ser o organizador de jogadas que os nerazzurri não tinham. Sob o comando de José Mourinho e depois de ter saído sem brilhar no Real Madrid, tornou-se peça-chave da equipe que venceu o Campeonato Italiano pela quinta vez consecutiva.

Não bastasse isso, foi um dos principais jogadores do time também na Liga dos Campeões, onde o time cresceu no mata-mata e derrubou Chelsea e o favoritíssimo Barcelona para chegar à final e bater também o Bayern Munique – sempre com os passes precisos, gols importantes e dedicação do meia holandês.

Na seleção da Holanda, foi um dos principais jogadores do time que foi eficiente e ganhou espaço ao ir vencendo no mata-mata e chegando à decisão com a Espanha. Sneijder foi o principal jogador do time e ainda foi o artilheiro da equipe. Resumindo, teve uma temporada de sonho.

ATACANTE
1 - Diego Forlán (14 votos)
2 - David Villa (5 votos)
3 - Lionel Messi (4 votos)
4 - Cristiano Ronaldo e Diego Milito (3 votos)
5 - Samuel Eto'o (1 voto)

A campanha do Uruguai teve como ponto alto, em termos de emoção, a "defesa" de Luis Suárez no jogo contra Gana, pelas quartas de final. No entanto, o grande responsável por conduzir a Celeste ao quarto lugar na competição chama-se Diego Forlán. O atacante, de 31 anos, jogou fora de posição, armando o jogo, e mesmo assim teve atuações espetaculares. Não à toa foi eleito, pela Fifa, o melhor jogador do torneio, mesmo ficando fora da final.

Além disso, Forlán também foi o principal jogador do Atlético de Madrid na vitoriosa campanha da Liga Europa. Para completar, na final, contra o Fulham, marcou os dois gols dos rojiblancos na vitória por 2 a 1.

JOVEM
1 - Thomas Müller (17 votos)
2 - Paulo Henrique Ganso (9 votos)
3 - Neymar (3 votos)
4 - Gareth Bale (1 voto)

O jovem Thomas Müller, de 21 anos, se profissionalizou no futebol em 2008. Em pouco menos de dois anos, conseguiu a titularidade do Bayern Munique e da seleção alemã.

Müller foi um dos destaques do Bayern que foi o vice-campeão da Liga dos Campeões de 2010. O atacante não conquistou o título europeu, mas este ano ele ganhou a Bundesliga e a Copa da Alemanha. Não foi apenas pelas atuações no clube que fizeram Thomas Müller ser um dos jovens jogadores mais comentados do ano.

Na Copa do Mundo da África do Sul, foi o titular da seleção e marcou cinco gols pela Alemanha, sendo um dos artilheiros do Mundial ao lado de David Villa, Wesley Sneijder e Diego Forlán. Como Müller fez três assistências [o critério de desempate é o número de passes que resultaram em gols], ele ganhou a Chuteira de Ouro. E, ainda, levou para casa o troféu de Melhor Jogador Jovem da Copa.

ESTRANGEIRO NO BRASIL
1 - Darío Conca (27 votos)
2 - Walter Montillo (3 votos)

Entre todas as categorias, em nenhuma era tão previsível a escolha como nesta. Aos 27 anos, o argentino Darío Conca foi o grande nome do futebol brasileiro em 2010. Além de ter disputado todos os jogos do Fluminense no Campeonato Brasileiro, foi o principal nome do time na conquista do título da competição.

Ao contrário de muitas estrelas do futebol mundial, Conca preza pela simplicidade e humildade fora de campo. Não é adepto do marketing pessoal e nunca reclama via imprensa de companheiros, comissão técnica ou diretoria. Faz seu trabalho em campo e conseguiu o atual status somente dessa maneira: jogando futebol.

AMÉRICA
1 - Walter Montillo (15 votos)
2 - Darío Conca e Giuliano (5 votos)
3 - Paulo Henrique Ganso (2 votos)
4 - Andrés D'Alessandro, Landon Donovan e Neymar (1 voto)

O primeiro semestre deste enganche argentino já havia sido surpreendente. Até então desconhecido, Walter Montillo brilhou na Universidad de Chile, conduzindo a equipe até as semifinais da Libertadores da América. Despertou, então, o interesse de diversos clubes de fora do Chile, e no final das contas se transferiu para o Cruzeiro durante a Copa do Mundo.

Em Minas Gerais, sem qualquer tempo maior para adaptação, causou um impacto na Raposa e no Brasileirão impressionante. Chegou dominando o meio-campo, distribuindo assistências e marcando muitos gols também. Virou o principal jogador cruzeirense e rapidamente conquistou, também, a imprensa esportiva brasileira, costumeiramente cruel com atletas estrangeiros.

MELHOR DO MUNDO
1 - Lionel Messi (11 votos)
2 - Wesley Sneijder (8 votos)
3 - Xavi (7 votos)
4 - Darío Conca (3 votos)
5 - Andrés Iniesta (2 votos)

A convicção de que Lionel Messi é o melhor jogador do mundo na atualidade é tão grande que ele quase venceu em duas categorias o Prêmio Trivela. Sua versatilidade e categoria o definem como um jogador que tanto arma as jogadas como finaliza. As duas coisas com perfeição. Com isso, ele acabou votado como meia e atacante, e, no geral, foi eleito o melhor, mesmo não tendo ficado no topo de uma posição específica.

Tudo isso sem conquistar as duas principais competições que disputou. Primeiro, na Liga dos Campeões, caiu na semifinal com o Barcelona para a Internazionale de José Mourinho. Depois, com a Argentina, tombou nas quartas de final do Mundial perante a Alemanha. Ao menos foi espetacular na campanha do título espanhol do Barcelona. No entanto, o que certamente pesou mais para todos na hora de votar foi seu talento sobrenatural. Acima de todos, sem dúvida alguma.


Jornalistas que participaram do 1º Prêmio Trivela:

André Kfouri (ESPN Brasil), André Rizek (Sportv), André Sanches (CBN), Arnaldo Ribeiro (Placar e ESPN Brasil), Caio Maia (Trivela e Revista ESPN), Celso Unzelte (ESPN Brasil), Erich Beting (Máquina do Esporte), Estela Suganuma (Trivela), Everaldo Marques (ESPN Brasil), Felipe Lobo (Trivela), Felipe dos Santos Souza (Trivela), Flávio Gomes (ESPN Brasil), Gustavo Hofman (Trivela), Lédio Carmona (Sportv), Leonardo Bertozzi (ESPN Brasil e Trivela), Leonardo Mendes Júnior (Revista ESPN), Marcelo Barreto (Sportv), Marcus Alves (Trivela e Revista ESPN), Mário Marra (CBN), Maurício Noriega (Sportv), Mauro Beting (Bandsports e Bandeirantes), Paulo Calçade (ESPN Brasil), Paulo Massini (CBN), Paulo Vinícius Coelho (ESPN Brasil), Rafael Oliveira (Esporte Interativo), Ricardo Zanei (UOL), Rodrigo Bueno (Folha de S. Paulo e ESPN Brasil), Ubiratan Leal (Trivela e Revista ESPN), Vitor Birner (UOL e Sportv), Vitor Sergio Rodrigues (Esporte Interativo)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A história de um time que adotou a bagunça como método de trabalho

É certo que o Palmeiras não é o único clube bagunçado do país, mas talvez a bagunça ajude a explicar o quadro atual.
Por onde começar? Alguém proporia começar do início e talvez o início seja a administração.

A direção
Luiz Gonzaga Beluzzo é um dos maiores nomes da economia do Brasil.
Só o nome dele já deveria abrir portas, no entanto, as portas que ele abriu não levavam a lugar algum.
Beluzzo conseguiu colocar o time na mão de Antônio Carlos e de Toninho Cecílio.
Entretanto, contratou técnicos de nome como Muricy e Felipão, além de ter tocado um dos muitos "pojetos do pofexô".
As contas do economista não fechavam e o Clube vê sua dívida crescer.
Torcedor a ponto de participar de festa de torcida organizada, Beluzzo deixou o vermelho dos números de lado contratou.
Trouxe Valdívia por preço acima do mercado.
Permitiu que Lincoln pagasse uma multa com dinheiro do próprio bolso.
Se rendeu aos encantos dos empresários ao trazer Paulo Henrique da Holanda.
Deu ouvidos ao ídolo Marcos e trouxe Tadeu.
Foram muitos nomes e o rendimento foi muito abaixo do esperado.

Beluzzo sentia que a imagem do clube estava arranhada, mas não teve tempo para arrumar.
Internado às pressas, o presidente economista foi derrubado por um antigo diretor idealista, apaixonado e auto-entrevistador.
O golpe nunca foi confirmado, o que só aumenta a bagunça.

Eleição

O verde do clube já havia dado espaço ao vermelho no balanço.
O mesmo verde usado por todos em plena época de campanha eleitoral.
O comentarista da CBN, Paulo Massini, usa a expressão "Faixa de Gaza" para descrever a política palmeirense.
A oposição pode até lamentar a crise, mas busca tirar proveito da falta de clareza da situação.

Campo

Por mais que o momento político-administrativo iniba o sorriso, o time conseguiu arrastar a torcida.
A campanha do Brasileiro era boa, mas o treinador bancou que o caminho do sucesso apontava para outro lado.
Em busca da vaga da Libertadores e crendo em um treinador, que dava sinais de ter parado no tempo, o time encarou a Sul-Americana.
O que não estava no script do treinador era que Lincoln não poderia jogar de atacante, que Marcos Assunção não acertaria todas as faltas, que Márcio Araújo fosse de regular para fraco e principalmente que Valdívia fosse ser humano e se machucasse.
Deu Goiás!
A queda na competição e a consequente perda da possibilidade de disputa da Libertadores fez o tapete ser recolhido e toda sujeira ficou escancarada.
Aí foi um festival.
Era diretor falando de jogador e depois desmentindo; era culpa sendo atribuída aos jornalistas e o complô parecia ser contra o Palmeiras. A arte de errar e de sujar o nome do clube parece ganhar de longe da arte de reconhecer os erros e rumar com a cabeça erguida.

Valdívia

O ótimo repórter Conrado Giulieti, da Rádio Eldorado ESPN, ouviu Valdívia e o chileno parece não acreditar no tamanho da pocilga que abriga o clube.
É tanta vaidade pessoal somada a incompetência e disse-me-disse que quem deveria ser pago (e não é) apenas para jogar futebol parece ter mais sabedoria que quem ocupa a função de pensar.
Valdívia, que também não é santo, conseguiu ser vítima da medicina empírica do treinador, da economia surreal do presidente e da boca afiada e diretor, que fala e disse que não falou.

Esperança é verde
Há alguma palavra de consolo a ser dita ao torcedor?
Não. O torcedor, que carregou o time nas costas e foi obrigado a aplaudir Márcio Araújo, Dinei, Tadeu, Max, Lincoln (fora de posição na hora errada) e muitos outros que nem vale a pena lembrar, mostrou sua força e dedicação. Só ele e de forma organizada pode transformar a bagunça em algo sério no Palmeiras.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Cuca, Dorival e Mauro Fernandes

2011 será um ano diferente para os três clubes da Belo Horizonte.
A chegada do América estimula ainda mais a rivalidade e os três times aparentam ter planejamentos.
O Cruzeiro é o clube que já percorreu um caminho maior e está mais experimentado que os dois rivais.
A manutenção do elenco e a chegada de reforços pontuais, podem e devem determinar um ano bom.
O desafio já é grande. Disputar a Libertadores em um grupo de Corinthians e Estudiantes é saber que qualquer bobeira pode custar muito caro.
O Galo inicia com um treinador que fala pouco e trabalha mais.
Dorival já sabe as virtudes e as carências.
A direção já se mexeu e as contratações mostram uma cara mais arrumadinha.
A última notícia veio do América.
O Coelho acertou e renovou contrato com o técnico Mauro Fernandes.
Mauro conseguiu ir além do esoperado e conquistou a quarta vaga da B para a A.
O time tem muitas carências, mas é melhor investir em quem já conhece os limites.
Mauro não é aventureiro e, com investimento, pode acertar ainda mais a equipe.
Só não pode demorar.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Richarlyson no Galo e a postura do jornalista

O anúncio da contratação do volante Richarlyson virou um dos principais tópicos no twitter.
O volante tem muita qualidade e alguns defeitos.
Algo que ninguém tira dele é a força.
Richarlyson é um lutador dentro de campo.
Defende seu time como poucos.
Conversei com Luiz Adermar, comentarista do Sportv, ele entende que Richarlyson rende muito mais quando atua pelo meio, como um volante pela esquerda.
Na lateral, na visão de Luiz Ademar, Richarlyson fica afoito e acaba se perdendo.
Não se entrega, divide, bate e às vezes até exagera.
O currículo fala por ele.
Trata-se de um vencedor.
Obviamente existem pontos negativos e não são poucos.
Sua entrega exagerada já causou expulsões e várias punições por amarelos.
Obrigado a sair jogando, Richarlyson rifa a bola e insiste em bolas longas sem proveito.
Claro que Dorival pode trabalhar o jogador e ele tem tudo para crescer ainda mais.

Os jornalistas e as piadas

Não são poucas as piadas com Richarlyson.
Muitas insinuam sobre a sexualidade dele.
As piadas são livres e não faço parte da censura. Entretanto, entendo que os jornalistas deveriam ter outra postura.
Para estimular o preconceito não é necessário ter diploma.
Basta falar e falar e propagar e reproduzir.
Para isso nãom precisa ser jornalista, um papagaio faz bem.

O marcador caranguejo

Tudo o que um atacante habilidoso e inteligente precisa é entrar na área.
A área é o terreno sagrado para o jogador ofensivo.
Lá, ele tudo pode.
Pode bater para o gol, pode driblar, pode dar uma assistência ao seu companheiro e pode prender a bola até ser derrubado e esperar a indicação do pênalti.
Os marcadores tentam evitar tudo isso.
Para eles, a área é o território a ser preservado.
Ninguém pode se aproximar da área.
A área é o sinal de perigo.
Entretanto, alguns marcadores pensam em proteger a área oferecendo espaço.
Eles recuam, recuam até que o atacante consiga penetrar e aí...
Quem recua a ponto de permitir a conclusão e a entrada na área é chamado de marcador caranguejo.

Aqui estão alguns exemplos de "marcadores caranguejos"



Quem fez a jogada foi o jovem Thomas Ince, filho do ex-volante inglês Paul Ince.



Robinho contra Rogério, que foi caranguejo.



Até o firme Guiñazu teve seu dia de crustáceo.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Dorival sabe a necessidade do elenco atleticano

Você pode até discordar dos nomes de Patric e Toró, mas uma coisa está muito clara: Dorival Júnior sabe da carência do Atlético.
Rafael Cruz e Diego Macedo não mostraram bola para serem titulares e Alê nunca foi isso tudo.
Zé Luís é o único jogador que faz a função de primeiro volante e Toró pode ser um outro jogador de pegada ou opção de banco.
Algo muito comum é o dirigente, após uma temporada de fracassos, sair contratando qualquer um.
Tudo indica que as contratações do Atlético serão pontuais. Tiros certos nas posições carentes.
Quais são as mais carentes? As laterais e o setor de marcação pelo meio.
Falta a cereja do bola? Claro!
Entretanto, a tal cereja deve ter mais bola que cartaz.

São Paulo e Milan apagam velinhas

Uma coincidência une dois grandes campeões: Milan (1899) e São Paulo(1935) fazem aniversário hoje, dia 16/12.
Faltaria espaço para descrever o currículo de cada um, mas é impossível imaginar o cenário do futebol mundial sem as presenças dos dois.
Há quem não saiba, talvez pela idade, mas os dois times aniversariantes já fizeram uma final de Mundial.

A final está aqui. Ao som de Foo Fighters, parabéns!

Pontos corridos podem ter determinado aumento no faturamento dos clubes

Ouça a reportagem feita por Marco Zanni, da Rádio CBN SP.
Os números de crescimento dos investimentos no futebol chegam a assustar.


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Manoel poderia ter sido lembrado

As primeiras partidas do Atlético Paranaense no Brasileiro foram preocupantes.
O time se posicionava defensivamente e ainda assim oferecia tanto espaço que, confesso, cheguei a imaginar que o Furacão fosse sofrer na luta contra o rebaixamento.
O tempo passou, o comando técnico mudou e o time cresceu.
Cresceu tanto que quase pegou uma das vagas para a Libertadores.
Carpegiani e Sérgio Soares foram responsáveis, mas Manoel também foi.
O zagueiro se mostrou seguro, rápido e, quando foi ataque, também foi destaque.
Na eleição dos melhores do Brasileiro o nome dele não estava, mas deveria estar.
Miranda, que quem acompanhou de perto sabe que não esteve bem, levou prêmio e Manoel nem foi citado.
Não sou melhor que ninguém, no entanto, não posso negar o que meuas olhos viram:
Manoel foi bem e é muito bom zagueiro.

E deu Mazembe!

Mais que a eliminação de um clube campeão da Libertadores, o fato de ver o mazembe na final faz questionar outros mitos importantes.
Atribuir a culpa apenas a Celso Roth é um erro, um exagero.

Celso Roth x Fossati

Roth teve muitos méritos na campanha da Libertadores.
O time de Fossati conseguiu a façanha de eliminar o Estudiantes, mas o time que eliminou o São Paulo era mais forte.
Fossati jogava com três zagueiros e Roth com três meias.

Sandro e Taison

A direção também deve carregar o fardo da culpa.
Vender o Sandro era aceitável e a venda foi tratado como exigência do mercado.
Mas Taison poderia ter ficado.
Ele era opção pela esquerda e fazia o time render mais.
Sóbis é muito útil, mas afunila e ocupa o mesmo espaço de Alecsandro.

O jogo
O Inter chegou a ter 81% de posse de bola.
Nos primeiros 10 minutos o time gaúcho poderia ter matado o jogo.
Aos poucos o Mazembe acertou a marcação.
Diminuiu espaços pelo meio e prendeu D'alessandro.
O golpe da falta de espaço foi sentido.
O Inter, que sabe fazer a bola girar, passou a sair com bolas longas.
Em uma das poucas subidas do Mazembe, Kabangu fez o primeiro gol.

Trocas

Sem achar o toque pelo meio e sem apoio qualificado pelos lados, Celso Roth se viu obrigado e fazer mexidas.
Giuliano entrou e saiu Tinga.
Damião entrou e saiu Alecsandro.
Tinga e Giuliano poderiam se completar.
Giuliano acelera o jogo e dá opção com muita movimentação.
Tinga cresceria. Ele prefere a bola no chão e poderia aproveitar-se da movimentação que Giuliano proporciona.
O talismã colorado entrou bem e quase empatou.
D'alessandro cresceu com Giuliano, mas ainda rendeu bem menos que o ideal para uma decisão.
Wilson Matias passou a atuar mais ofensivamente.
O volante saiu mais pela direita.
Se era para o volante sair para o jogo, por que não manter Tinga em campo?
Roth errou e errou feio.

Segundo gol

O Inter atacava e pouco concluía.
Quando batia a gol o goleiro Kidiaba mostrava eficiência.
Em mais um contra-ataque o Mazembe matou o jogo com Kaluyituba.

Caem os mitos

O Inter abriu mão da disputa do Brasileiro dando a desculpa de que iria se preparar para o Mundial.
Valeu a pena? Perdeu o Brasileiro e o Mundial.
Se o time aproveitou para treinar, posso concluir que treinou errado?
Outro mito frequentemente usado para ilustrar o futebol africano é o de que as defesas africanas são frágeis e atrasadas.
O Mazembe precisou de 15 minutos para acertar o posicionamento.
Poderia ter sido fatal, mas não foi.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Dirigente não é torcedor

Se te falarem que seu clube de coração é dirigido por um torcedor apaixonado, não acredite.
Juvenal Juvêncio tira onda com Andrés Sanches e eles até parecem ser torcedores.
Andrés nem cita o nome do São Paulo, se comporta como um autêntico torcedor.
Kalil e Zezé espetam-se com frequência. Até parece que um time não vive sem o outro e um não vive sem mexer com o outro, se chamam de rivais e lembram o comportamento de torcedores.
Esqueça! O seu dirigente não é torcedor.
Ele é dirigente.
Ele entrou no esquema.
Quando ele vibra nas cabines e camarotes, ele apenas vive momentos de torcedor.
Caro torcedor, você teria coragem de jogar dinheiro fora como eles jogam?
Você conduziria o seu time como eles conduzem?
Você trataria a imagem do clube de seu coração como eles tratam?
Você pagaria o salário que o Corinthians paga a Souza?
Você faria contrato até 2013 com Alê?
Você contrataria Valdívia por um valor mais alto do que o que ele foi vendido?
Você faria como Cruzeiro e São Paulo fizeram quando apostaram em Fábio Santos?
Você daria contrato de mais de um ano para Fábio Costa?
Contratar Coates seria um bom investimento?
Pagar R$ 250 mil para Juan seria justo?
Ir para a disputa do Brasileiro com Diego Macedo e Rafael Cruz seria uma medida inteligente?
Oferecer salário absurdo para Diogo e Deivid seria uma estratégia?
Torcedor, você acha que o cartola do seu time é bobo?
Ele não é bobo. Fraco ele pode ser, mas bobo não.
O certo é que torcedor zeloso como você, ele não é.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Adriano na pauta

Na capa dos jornais e dos sites está Adriano.
Ele mesmo, que já foi artilheiro e imperador, virou problema e ficou assim.
Corinthians e Palmeiras falam nele, que está na Roma sem jogar.
A verdade é que o Adriano cobiçado parece ter encerrado a carreira.
É certo que ele foi campeão ano passado, mas trazer Adriano é sinônimo de tentar resgatar o jogador, de aposta.
Se formos falar em Corinthians, Adriano e Ronaldo juntos elevam muito qualquer folha salarial e alteram a forma da equipe jogar.
Para o Palmeiras, Adriano igualmente compromete a folha salarial.
Entretanto, a figura do homem gol foi mais uma carência do elenco palmeirense.
Sendo muito sincero, acho um risco qualquer clube brasileiro investir alto em um jogador tão complicado.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Contratação ou reforço?

A bola está parada, mas o assunto futebol continua ocupando páginas e mais páginas.
Os clubes e empresários de jogadores se movimentam.
É a época dos transações, trocas, boatos e contratações.
Todos os times precisam contratar.
Várias contratações são importantes e outras tantas nada representam para os clubes.
O nome do zagueiro uruguaio Coates aparece em várias listas.
Coates joga isso tudo?
Na verdade, quem bate um bolão é o empresário dele.
Coates não é reforço, no máximo uma contratação.
Vale mais a pena promover alguém da base ou se dar o trabalho de observar os diversos estaduais.
Nada de sossego, é trabalho mesmo.
Um zagueiro se destaca no Catarinense, o diretor zeloso deve assumir a postura de mandar alguém de confiança investigar a vida do zagueiro e ver se ele pode se encaixar em um novo clube.
Entretanto, é mais fácil e menos trabalhoso sucumbir aos encantos de um DVD bem editado por alguém do empresário.
A época também é propícia para os jornalistas "matarem" ou "santificarem" os jogadores.
Uns se precipitam para o positivo e outros para o negativo.
É preciso ter calma, ou talvez, ser jornalista.
Um bom parâmetro é avaliar se o "anunciado" entraria já no time principal.
Se ele apresenta condições de jogar, é reforço.
Se precisa provar, é contratação.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Carini e o Santos

A imprensa já havia levantado o nome do uruguaio Fabián Carini como um dos prováveis indicados pelo técnico Adilson Batista.
Rafael tem suas qualidades, mas pode não ter bagagem para suportar a Libertadores.
Carini tem a experiência, entretanto, não tem jogado futebol.
Não jogou no Múrcia e não jogou bem no Atlético.
Foi dispensado em julho e, de lá para cá, nada mais.
Como Oscar Rodrigues, que já foi anunciado pelo blog desde 08/11, vai ser o preparador de goleiros do time, Carini deve realmente ser anunciado pelo Peixe.
Oscar, que se desliga do Galo em poucos dias, gosta de Carini e gostaria de trabalhar com ele.
Oscar é tido como muito competente e vai tentar devolver a vontade de jogar e a competitividade ao uruguaio, bola ele tem é o que pensa Oscar Rodrigues.

Uma conta sem data de vencimento e com juros

O cronista não deve se preocupar com o aplauso.
O cronista não deve se abalar com a crítica.
Exercendo a função, ouço e leio tanta coisa diferente.
Às vezes vejo que muita gente está no lugar errado, deveria estar no meu.
São pontos de vista tão claros e bem embasados que me fazem pensar, repensar.
É óbvio que existe um ENTRETANTO.
Entretanto, é perceptível que uma doença infectou nossa sociedade.
Quero crer que os anos de ditadura contaminaram a análise.
Muitos anos calados fizeram o povo parar de pensar.
Se alguém fala uma verdade que não agrada, a resposta é dada em forma de xingamento e humilhação.
Tantos anos e tamanha violência fizeram morrer a crítica e a auto-crítica.
Se um assunto é abordado e afeta o time do coração, fica decretado o muro da discórdia e desconfiança.
Um elogio serve para fazer justiça ou para levantar suspeita.
E os sintomas da doença que nos aflige são muitos.
Condenamos o preconceito e tratamos o argentino como seres nocivos?
Apregoamos a justiça e rimos quando o fraco é esmagado?
Declaramos o gol como roubado e não damos ao árbitro a defesa?
Decretamos que o goleiro não presta e entoamos o cântico da superação?
Somos hipócritas.
Não podemos nos calar, mesmo cientes de nossa hipocrisia.
A doença de nossa sociedade requer um tratamento com posologia bastante complicada.
Pensar - inúmeras vezes antes de falar.
Repensar - sempre que alguém argumentar.
Embasar - sempre que formos emitir alguma opinião.
A reação adversa é grave: quem procura pensar, repensar e levar luz aos fatos corre o risco de ficar desanimado, estranho e fora do contexto.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Pré jogo de Goiás x Corinthians

CONFRONTO DIRETO

Total de jogos- 37
Vitórias Goiás- 11
Empates- 14
Vitórias Corinthians- 12
Gols Goiás- 41
Gols Corinthians- 51

O último confronto entre as duas equipes foi em setembro, no Pacaembu.
O Corinthians começou perdendo o jogo, mas virou para 5 x 1.

O Campeonato Brasileiro teve apenas quatro líderes, ao longo das 37 rodadas.
Fluminense foi líder 22 vezes, Corinthians 12 vezes, Cruzeiro duas vezes e Avaí, na primeira rodada.

Os três times que disputam o título na última rodada são os que tem mais vitórias: 19 vitórias.

O Corinthians não perde desde 13 de outubro. De lá para cá, foram oito partidas. Com cinco vitórias e três empates, tendo sofrido apenas dois gols.

O Goiás já caiu para a Segundona, mas vive a expectativa de ser campeão da Sul-Americana, na próxima quarta.

O confronto marca o encontro entre o time que mais perdeu contra um que mais venceu.
O Goiás foi derrotado 21 vezes.

Na história do Campeonato Brasileiro, Goiás e Corinthians se enfrentaram 20 vezes em Goiânia.
Jogando em casa, a vantagem é do Goiás, que venceu 8 jogos, contra 4 vitórias do Corinthians e oito empates.
A última vitória do Corinthians contra o Goiás, em Goiânia, pelo Brasileirão, foi em 2001.

Nas últimas cincio partidas do Corinthians em Goiás, o time da casa venceu três vezes e empatou duas.

A derrota de 2005 (3x2) ainda deu o título ao Corinthians.

O Corinthians sempre esteve entre os três primeiros colocados.
O Goiás teve sua melhor colocação na sétima rodada, quando o Esmeraldino ocupou o sétimo lugar.


PROVÁVEIS

Goiás- Fábio,Wendel, Mateus, Valmir Lucas e Jadílson; Lenon, Jonílson, Camacho e Felipe Amorim; Éverton Santos e Wendel Lira.

Na última partida, contra o Atlético, em Sete Lagoas, estiveram em campo: Wendel, Valmir Lucas, Jonílson, Lenon, Jonílson, Camacho, Éverton Santos e Wendel Lira.

Corinthians- Júlio César, Alessandro, Willian, Chicão e Roberto Carlos; Ralf, Juculei, Elias e Bruno César; Dentinho e Ronaldo.

Comissão de arbitragem em Minas sai sem ter entrado

Qual é a função das comissões estaduais de arbitragem?
Treinar os árbitros do seu quadro; trabalhar a formação de novos árbitros e abastecer o quadro nacional.
É certo que as funções podem ser outras e ainda subdivididas em outras tantas, entretanto, a função primária é dar apoio às federações estaduais para a realização dos diversos torneios locais.
O torneio local de maior importância é o campeonato estadual.
A menos de dois meses do início do Campeonato Mineiro a Comissão de Arbitragem de Minas foi desfeita.
O responsável pela arbitragem, Jurandy Gama, saiu se dizendo sozinho após seu auxiliar, Ângelo Paolucci ter pedido demissão para fazer um curso em Salvador.
Os boatos de que Jurandy não ficaria no cargo já estavam quentes desde o final do Brasileiro, no entanto, o tempo passou e o cargo ficou ocupado por tanto tempo mesmo com a queda na demanda de trabalho.

A gestão de Jurandy foi marcada pela tentativa de moralização, em um primeiro momento e pela descrença geral, após o fim do Mineiro.
Quem a arbitragem mineira revelou?
Algum árbitro mineiro está em evidência no quadro nacional?
Nada de consistente foi feito.
A não ser a conquista da verba de patrocínio nas camisas dos árbitros.
A grande dúvida está em saber se a receita do patrocínio serviu para algum investimento na arbiragem mineira.

O cargo está vago e a competição mais importante está próxima. Quem vai assumir?
A pergunta poderia ser feita de forma diferente: alguém havia entrado antes?
Pelo twitter conversei com o ex-árbitro e atual comentarista de arbitragem do Programa Meio de Campo, Juliano Lopes Lobato. Ele se mostrou disposto a assumir, mas entende que muita coisa tem que ser mudada e os árbitros deveriam ser ouvidos no processo de renovação.

Outro ponto relevante é preciso ser considerado:
É sabido que que as escalas e indicações são feitas através de muita política e barganha, Minas nada recebia e até Ricardo Marques, que é árbitro FIFA foi deixado de lado e ficou muito tempo sem atuar. Será que Jurandy realmente era o comandante?
Se era, será que ele foi incompetente?
Quem teria condições de fazer algo pela arbitragem e consequentemente pelo futebol mineiro?

Jurandy saiu e deixou a sensação de que nunca havia entrado.
Quem entrar corre o mesmo risco.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Os melhores são os melhores?

A última rodada do Brasileiro já começou com a vitória do Inter, fora de casa, sobre o Prudente.
Amanhã outros nove jogos.
Várias listas são feitas com "seleções" do campeonato e, na próxima segunda, a CBF vai premiar os "melhores" apontados pela imprensa e por técnicos de futebol.
As análises são feitas partida a partida e obviamente o coração pode acabar influenciando um voto ou outro.
Longe das paixões estão os números.
A Footstats fez análises baseadas no desempenho de cada atleta em todos os jogos.
São números frios e distantes da paixão.
Errou um passe e o passe é dado como erro sem discussão.
Fez assistência e a ssistência é marcada não importa a cor da camisa.

Até a rodada 36 os melhores estão aqui apontados:

Assistências
Conca - 18
Douglas - 11
Thiago Ribeiro - 10

Faltas cometidas
Michel (Ceará) - 109
Pituca (Atlético GO) - 94
João Vitor (Prudente) - 82

Faltas recebidas
Neymar - 137
Kleber - 117
Jonas - 102

Finalizações
Jonas - 123
Bruno César - 107
Neymar - 100

Defesas
Rogério Ceni - 151
Márcio (Atl GO) - 146
Jefferson - 134

Desarmes
Jucilei - 155
Willians - 154
Dedé - 154

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Pré jogo de Vitória x Atlético GO

Até parece que alguém já sabia que Vitória e Atlético GO estariam disputando a última "vaga" na Segundona, exatamente na última rodada.
O jogo tem ares de final às avessas.
Não existe a menor dúvida de que o Barradão estará lotado.
O Vitória precisa vencer para escapar do rebaixamento.
O jogo é em casa, o que poderia determinar uma boa vantagem, mas os números do confronto entre as duas equipes não são nada agradáveis aos baianos.

CONFRONTO DIRETO

Jogos válidos pelo Campeonato Brasileiro

Total - 4 jogos
Vitória - 0
Empates - 2
Atlético GO - 2
Gols do Vitória - 1
Gols do Atlético GO - 5

Vitória e Atlético GO fizeram semifinal da Copa do Brasil 2010.
No primeiro jogo, disputado no Serra Dourada, o Atlético venceu por 1 x 0.
A segunda partida marcou a uma derrota dos goianos para o Vitória.
Com os 4 x 0, em casa, o Vitória disputou a final contra o Santos.

O Vitória disputou 18 partidas em casa pelo Brasileiro 2010.
Foram 7 vitórias, 7 empates e 4 derrotas.
É importante lembrar que o empate não serve para que os baianos permaneçam na Primeira Divisão.

O Atlético Goianiense disputou 18 partidas como visitante.
Foram 4 vitórias, 2 empates e 12 derrotas.
O aproveitamento do Atlético fora de casa é de apenas 25,9%.

O Vitória não vence uma partida pelo Brasileiro desde a rodada 32, quando fez 4 x 2 no Vasco, no Barradão.
Entretanto, na última quarta feira, os baianos conquistaram o tetra campeonato da Copa do Nordeste (97/99/2003/2010), vencendo o ABC, de virada, em Natal, por 2 x 1.

Com a 4a pior campanha do returno, o Vitória conquistou apenas 19 pontos em 18 jogos disputados.
Já o Atlético GO fez um returno bem melhor que o turno.
Foram 24 pontos conquistados, o que vale o décimo melhor desempenho.

Nas 37 rodadas o Vitória só esteve na zona de rebaixamento 6 vezes.
O Atlético Goianiense figurou entre os rebaixados 27 vezes.

A disputa é bastante interessante quando o confronto passa a ser analisado de forma diferente.
Baianos e goianos se enfrentaram 68 vezes.
Os goianos levaram a melhor 25 vezes contra 24 vitórias baianas.
Foram 19 partidas terminadas empatadas.

A melhor posição do Vitória no Brasileirão 2010 foi o nono lugar nas rodadas 10 e 11.
O Atlético Goianiense ocupou sua melhor posição na rodada inicial, quando foi o décimo segundo.

O paulista Sálvio Spínola Fagundes Filho apita o jogo.

O mágico futebol do Qatar

Aí me perguntam o que eu acho do poderoso futebol do Qatar.
Eu acho que até 2022 eles devem melhorar um pouco.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Números dos principais clubes do Brasil - Papo com Marco Zanni

Marco Zanni é repórter da Rádio CBN SP.
A pauta era saber o tamanho do prejuízo que os clubes tiveram com a utilização de outros estádios, os chamados estádios reservas.
Zanni foi além e bate um papo sobre os números de venda dos pacotes do PPV dos clubes em 2010.

Números do PPV e papo com Marco Zanni by blogdomarra

Números de venda do PPV

O título de 2009 fez a boca do Flamengo crescer e muito.
O atual campeão brasileiro tinha em 2008, uma participação de 13,84% nas vendas dos pacotes de PPV.
Em 2009, ano do título, o número caiu para 12,61%.
O efeito do título foi visto em 2010. O Flamengo saiu de 12,61% para 15,13%.
O Corinthians vem apresentando um crescimento sólido nas vendas dos pacotes de PPV.
De 2008 para 2010 o time do Parque São Jorge saiu de 9,77 para 14,20%.

Vamos aos números

2008
Flamengo - 13,84
Corinthians - 9,77
São Paulo - 9,21
Palmeiras - 8,23
Grêmio - 8,17
Internacional - 6,87
Cruzeiro - 6,56
Vasco - 6,46
Atlético MG - 5,94
Fluminense - 5,55

2009

Flamengo - 12,61
Corinthians - 11,89
Palmeiras - 8,96
São Paulo - 8,03
Internacional - 8,00
Grêmio - 7,76
Atlético MG - 7,05
Fluminense - 5,82
Cruzeiro - 5,78
Botafogo - 4,94

2010

Flamengo - 15,13
Corinthians - 14,20
São Paulo - 9,87
Palmeiras - 8,68
Cruzeiro - 6,21
Atlético MG - 6,08
Vasco - 5,90
Grêmio - 5,73
Fluminense - 5,60
Internacional - 5,29

Blatter no país das maravilhas

Entre um cochilo e outro do presidente da CBF, Joseph Blatter anunciou a Rússia como sede da Copa de 2018.
Nada contra a indicação russa. O país pratica futebol, ama futebol e sabe o que é a bola.
O grande problema é a origem do dinheiro que será utilizado na construção de estádios e nas obras no país.
Só de lembrar que Abramovich deve estar sorrindo e que ele tem mais acusações que muita gente nos presídios brasileiros, já dá para imaginar a imensa máquina de lavar dinheiro que girará no leste europeu.
Entretanto, reconheço que lá se pratica futebol.

Não dá é para engolir o discurso de que a FIFA quer levar a Copa para todos os cantos do mundo.
Quer nada! A FIFA quer muitas outras coisas e justifica com um discurso politicamente correto.

Qatar

Em 2022 a Copa será no Qatar.
O discurso se encaixa perfeitamente.
A Copa atinge quem ainda não havia sido atingido.
No entanto, não existe nobreza na indicação da FIFA.
O que Blatter quer é ver o dinheiro rolar livremente.
Qual a tradição do Qatar?
Se joga futebol no Qatar?
Mas tem muito dinheiro livre no Qatar.
O compromisso não é com o crescimento do esporte.
O Qatar é um país pequeno, com temperaturas que chegam até 55 graus.
Alguém vai me lembrar que os estádios são climatizados e cobertos e recobertos de ar condicionado.
O argumento só me faz ter certeza de que o discurso da FIFA não será cumprido.
Os estádios são climatizados, mas os hóspedes vão sair dos hotéis e já vão cair nos estádios?
E as ruas, são feitas de ar?

Marcos Assunção

Conversei com Marcos Assunção que jogou nos Emirados Árabes e ele disse que o futebol ainda não pegou lá.
Os jogos só são disputados à noite e ainda assim o calor pega pesado.
Quando perguntado sobre o profissionalismo do futebol do Oriente Médio, Assunção até riu e disse que os treinadores até tentam marcar treinos, mas os jogadores não vão e o treinador fica sozinho esperando.
É claro que o tempo pode mudar tudo isso e o Qatar pode não decepcionar, mas o fator que pesou na indicação não foi o mesmo do discurso do presidente da FIFA.
Com certeza o$ motivo$ $ão outro$.

Ainda tenho uma dúvida cruel: quem fez a maldade de despertar Ricardo Teixeira do sono?

Investidores compram 5% dos direitos de Neymar - iG Esporte

Deu no Ig Esporte de hoje!


Santos vende parte de Neymar por valor abaixo do mercado a conselheiros do clube

Alguns conselheiros do Santos, que fazem parte da empresa Teisa e também do Grupo Guia, compraram 5% dos direitos econômicos do camisa 11 por R$ 3,5 milhões
Samir Carvalho, iG São Paulo

O Santos vendeu parte dos direitos econômicos do atacante Neymar à empresa Terceira Estrela Investimentos S.A (Teisa) por um valor abaixo do preço de mercado. Os investidores são integrantes do Grupo Guia (Gestão Unificada de Inteligência e Apoio ao Santos), que tem cinco conselheiros do clube (com exceção de Antonio Fadiga e Luís Eduardo Lucas) e podem compor os possíveis “nove presidentes” do Santos, caso a proposta de alteração do estatuto do clube seja aprovada.

O iG teve acesso a documentos que revelam os valores da negociação. A Teisa pagou R$ 3,5 milhões por 5% dos direitos econômicos de Neymar. Desta forma, o Santos negociou a porcentagem abaixo da multa rescisória de Neymar, que está avaliada em 35 milhões de euros (cerca de R$ 78,3 milhões). Sendo assim, baseado no valor da multa, os 5% dos direitos econômicos do jogador custam R$ 3,9 milhões.



A renovação do contrato do jogador feita neste ano determina que, a partir de janeiro, a multa aumente para 45 milhões de euros (cerca de R$ 100,7 milhões), em janeiro de 2011. Desta forma, os R$ 3,5 milhões investidos pela empresa passam a valer R$ 5 milhões daqui a um mês.

O presidente do Santos, Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, confirmou a negociação e alegou que o valor da transação está de acordo com a última proposta que o clube recebeu pelo atacante, que, segundo o dirigente, foi de 30 milhões de euros (cerca de R$ 67 milhões).

“A expressão de valor é de mercado, não vendemos por R$ 1 milhão (os 5%). A referência são 30 milhões de euros, o valor máximo de oferta que recebemos pelo jogador quando o Chelsea veio pesado em cima do Santos”, afirmou Luís Álvaro, que acredita que o investimento pelos conselheiros pode ajudar a segurar os jogadores do time.



“Em vez de vender para os ingleses, que vão levar e o Santos não tem direito a mais nada (direitos econômicos), o Neymar fica no Santos, ganha títulos no Santos, marca gols, o Santos continua tendo os diretos do jogador e ele continua brilhando na Vila”, completou o dirigente.

Os sete integrantes da Teisa – Walter Schalka, Álvaro Simões, Antonio Fadiga, Álvaro de Souza, Eduardo Mazzili, José Berenguer e Luiz Eduardo Monteiro - formam o Grupo Guia, e futuramente podem ocupar o cargo da nova gestão administrativa do clube com a reforma do estatuto.

Apesar dos vendedores e compradores praticamente serem as mesmas pessoas, Luis Álvaro nega que exista um conflito de interesses. Segundo o presidente, são torcedores do Santos que não têm o interesse de lucrar nas negociações.

“Não existe nesse negócio gerar lucro para os investidores. Todos são santistas, todos querem ajudar porque têm recursos para isso, e de uma forma democrática. Não há conflitos de interesse. Se os santistas que amam o Santos, que querem ajudar o Santos não puderem ajudar, vamos contar com quem, com os palmeirenses e os corintianos?”, justificou Luis Álvaro.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O pacotão do Corinthians é bom?


O jornal Marca.BR dedica a página 4 da edição de hoje para alguns nomes que o Corinthians estaria trabalhando para 2011.
O primeiro, mais forte de todos e também mais polêmico, é o nome do atacante Adriano.
De acordo com a matéria do repórter Matheus Adami, o presidente Andrés Sanchez quer trazer reforços para todos os setores do campo.
Além de Adriano, o Corinthians estaria interessado também em Luisão, zagueiro que esteve na última Copa do Mundo e Marcinho - ex-Cruzeiro, Atlético, Grêmio e Flamengo.

Luisão, 29 anos, exerce forte liderança no elenco do Benfica e tem contrato até 2013.
A matéria ainda fala da possibilidade de em plano B para a zaga: Breno, ex-São Paulo e atualmente no Bayern de Munique.

Opinião- Luisão seria uma contratação muito boa. Firme nas bolas altas e bom na recuperação e desarme pelo chão, o zagueiro tem uma outra forte característica que é a liderança em campo.
Breno surgiu como promessa. Fez grandes atuações e até marcou gols, foi vendido e não se firmou no futebol alemão. É bom jogador, mas não dá para cravar que vai reencontrar o futebol do início da carreira.

Marcinho

O meia Marcinho (foto) já estaria com negociações adiantadas com o Corinthians.
Atualmente no Qatar Sport, Marcinho divide opiniões.
Há quem ache o jogador lento e desinteressado e outros tantos, como eu, entendem que Marcinho seja um jogador muito interessante.
Quando começou, no Cruzeiro, o meia era utilizado como reserva da estrela Alex.
O tempo foi passando e Marcinho era visto aqui e ali nas noites de Belo Horizonte.
O rendimento caiu e Marcinho saiu.
No Grêmio ele não jogou, mas no Galo ele esteve bem.
Chegou a jogar com Levir Culpi como volante/meia pela esquerda e com a rigidez de Leão ele não se deu bem.
A saída de Marcinho coincidiu com uma queda de rendimento da equipe.
Se Marcinho for deixado de lado, ele cai.
Se for tratado com atenção e cuidado, ele rende e muito.

Outros nomes são citados na matéria. Egídio, atualmente no Vitória, é um lateral citado.
Douglas, do Goiás, também teria sido lembrado.

O certo é que Edno, Morais e Marcelo Oliveira voltam de empréstimo.

Pereira fica no Coxa


Enquanto todos os olhares e suspeitas apontavam para prováveis anúncios de contratações, o Coritiba, calado, renovou com o zagueiro Pereira por mais uma temporada.
Felipe Ximenes, gerente de futebol sondado pelo Grêmio, permanece no Coritiba.
Felipe é parte importante no projeto de resgate da imagem do Coritiba.
O clube tinha pouco mais de 2 mil sócios no início do ano e fecha a temporada tendo perto chegado de 20 mil.
Na próxima semana alguns reforços podem ser anunciados.


Foto: Felipe Ximenes

Premiação até para a Sul-Americana e Ranking de PPV

A informação vem do Clube dos 13.
A venda de pacotes do pay-per-view superou a expectativa que tinha o Clube dos 13 e os clubes vão receber premiação bastante agradável.
O valor garantido pela Globosat era de R$ 125 milhões e o excedente será distribuído aos clubes.
O primeiro colocado receberá R$ 8 milhões.
O segundo colocado levará R$ 4 milhões.
Para o terceiro e o quarto colocados o prêmio será de R$ 2 milhões.
A turma da Sul-Americana (5o ao 14o) receberão R$ 1 milhão.
Até quem não cai e não vai a lugar algum (15o e 16o) receberá R$ 500 mil.

A cerimônia de entrega dos prêmios será dia 07/12, no Footecon.


Ranking de PPV-2010

O repórter da Radio CBN, Marco Zanni, deverá trazer matéria amanhã com os percentuais de venda do PPV/10.
Os números saem amanhã na Rádio CBN, mas o ranking já sai agora:
1- Flamengo
2- Corinthians
3- São Paulo
4- Palmeiras
5- Cruzeiro
6- Atlético MG
7- Vasco
8- Grêmio
9- Fluminense
10- Internacional

Surpreendente é o fato de os mineiros terem tomado a posição dos gaúchos, que sempre compraram mais PPV.

Pré de Goiás x Independiente

Goiás e Independiente fazem uma final inédita.
Mais que isso! Goiás e Independiente nunca se enfrentaram antes e buscam um título inédito para os dois.

O Goiás é a terceira equipe brasileira a decidir a Copa Sul-Americana.
Inter em 2008 e Fluminense, no ano passado, já definiram a competição.

Os argentinos já decidiram a competição outras vezes.
Em nove edições, apenas em 2006 e em 2009, as finais aconteceram sem a presença de clubes argentinos.

Os finalistas argentinos foram:
2002- San Lorenzo
2003- River Plate
2004- Boca Juniores
2005- Boca Juniores
2007- Arsenal
2008- Estudiantes

Apenas River e Estudiantes não foram campeões, perdendo para Cienciano e Internacional, respectivamente.

A vitória do Inter diante do Estudiantes na final da Sul-Americana de 2008 foi uma exceção na história das decisões entre brasileiros e argentinos.
Nesta década, considerando Libertadores e Sul-Americana, o título do Inter foi o único conquistado por brasileiros contra argentinos.

O Independiente já conquistou duas Libertadores contra brasileiros.
Em 74, contra o São Paulo e dez anos mais tarde contra o Grêmio.

Assim como o Goiás, o time de Avellaneda também faz fraca campanha do campeonato local, ocupando o 18° lugar e somando 2 pontos a mais que o lanterna Gimnasia Y Esgrima.
Em 16 jogos foram apenas duas vitórias.

Conhecido como "Rei de Copas", por ter conquistado 7 Libertadores, 2 Mundiais e dois títulos da Supercopa. Entretanto, o time de Avellaneda não conquista um título local desde 2002, e sua última conquista de Libertadores foi em 84, contra o Grêmio.

Uma das explicações para a seca de títulos é a necessidade de priorizar as reformas do estádio.
Até as vendas de Agüero e do goleiro Ustari serviram como caixa para investir no campo e não no time.

O Independiente foi o único clube a conquistar um tetra campeonato seguido da Libertadores.

Prováveis times

Goiás - Harley, Douglas, Ernando, Tolói, Marcão e Wellington Saci; Carlos Alberto, Amaral e Marcelo Costa; Otacílio Neto e Rafael Moura. Técnico- Arthur Neto

Independiente- Navarro, Godoi, Velasquez, Tuzzio, Galeano e Mareque; Cabrera, Fredes e Battión; Parra e Silvera. Técnico- Antônio Mohamed

Tuzzio é o jogador mais experiente, com 36 anos. Silvera, com 33, é o artilheiro da equipe.

O Camp Nou ficou pequeno

Antes do jogo a expectativa era de uma partida parelha, de um jogo igual.
O reestruturado Real Madrid, até então líder do campeonato e invicto na competição, vinha de uma crescente. Pelo espanhol uma goleada, 5 a 1, aplicada na equipe do Athletic Bilbao; pela Champions outra goleada, 4 a 0 , aplicada em cima do Ajax.
Se o Real vinha de duas goleadas, o Barcelona não fez diferente. Pelo espanhol, 8 a 0 em cima do Almeria; pela Champions, 3 a 0 sobre o Panathinaikos.
Confesso que esperava um grande jogo, mas a goleada foi surpreendente. Não pela vitória do Barça, o time catalão deu mais um show, e sim pela maneira como o Real foi derrotado. Os merengues foram medíocres, apáticos e não conseguiram superar a escola catalã de futebol. No duelo entre duas escolas distintas o Barça deu um show.

O Jogo:

Jogando em casa o Barcelona foi para cima, marcou a saída de bola e anulou as referências do Real. Com a movimentação de Pedro, Villa e Messi, os laterais merengues tiveram que se preocupar com a marcação. Marcelo e Sergio Ramos não apoiaram. No meio, Xabi Alonso e Khedira cuidaram da marcação, mas Xavi e Iniesta exigiam muito mais cuidados e Ozil, assim como os laterais, teve muito com que se preocupar e também não criou. Sem alternativas na saída de bola, restava ao Real apostar em uma antiga alternativa: C. Ronaldo.
O português jogou aberto, primeiro pela direita, nas costa de Abidal. Seguido de perto por Puyol, C.Ronaldo pouco criou.

O Barcelona obrigou o Real Madrid a deixar de lado a recente evolução tática que o time teve após a chegada de Mourinho, baseada na qualidade de um futebol coletivo, e fez com que a equipe madrilista apostasse na individualidade de seus jogadores.
A estratégia deu certo: sem qualidade na saída de bola, C. Ronaldo foi obrigado a buscar o jogo, Puyol anulou o rival e o Real Madrid desmoronou. Na base da técnica e do toque de bola o Barcelona envolveu a defesa adversária e o gol não demorou a sair. Aos nove minutos, Xavi recebeu passe de Iniesta e teve o trabalho apenas de desviar de Casillas. Barça 1 a 0.

O Real tentou sair para o jogo, mas sua única alternativa era C. Ronaldo, anulado por Puyol. Seus companheiros de ataque – Di Maria e Benzema – não viam a cor da bola.
Quem sabia a cor da bola eram os meias do Barça. Xavi e Iniesta dominaram o meio e a movimentação constante de Messi, Villa e Pedro abria espaços na defesa adversária.
Aos 17 minutos veio o segundo gol: Xavi enxergou Villa aberto pela esquerda, Villa bateu cruzado, Casillas não segurou e Pedro concluiu; Barcelona 2 a 0.
Até os 30 minutos de jogo o Barça dominou a partida. A partir daí, o Real Madrid perdeu a cabeça e começou a “tirar casquinhas” dos adversários em todos os lances. Em um arremesso lateral sobrou até para o técnico Guardiola. O clima esquentou e o jogo ficou perigoso.

Segundo tempo:

Procurando diminuir a vantagem catalã no placar, Mourinho mexeu na equipe. Ozil deu lugar a Diarra e a alteração não funcionou.
O Meio de campo continuou sendo de Busquets, Xavi e Iniesta.
Armadilhas: no início de jogo o Barcelona anulou a saída de bola do Real, obrigou o time merengue a apostar nas jogadas de C. Ronaldo que, muito bem acompanhado por Puyol, nada criou. Na segunda etapa, para não ser encurralado em seu campo de defesa o Real Madrid adiantou sua linha defensiva, o Barcelona aproveitou os espaços e Messi, com duas enfiadas de bola, deu dois gols para Villa. Em dois lances muito parecidos, aos 10 e aos 13 minutos, o argentino deixou Villa na cara do gol para definir a partida. Barça 4 a 0.

Se com a desvantagem de dois gols no placar o Real Madrid estava perdido em campo, com quatro gols o time merengue desmoronou de vez. Com o jogo na mão, e quatro gols de vantagem no placar, é natural que a equipe em vantagem diminua o ritmo de jogo, mas o sobrenatural Barcelona queria mais. O time continuou pressionando e na base do toque de bola envolvia a equipe adversária.
O Real Madrid perdeu a cabeça, continuou tirando suas casquinhas e Sergio Ramos foi expulso de campo. Para encerrar, o jovem Jeffren, aos 45 minutos marcou o quinto gol catalão no jogo. Placar final: Barcelona 5, Real Madrid 0.


No duelo entre duas escolas distintas, prevaleceu a catalã. Enquanto o time do Barcelona valoriza as categorias de base, o Real aposta em grandes contratações. Duas filosofias completamente diferentes, mas confesso que dentro de campo não esperava que a diferença fosse tão grande, para o bem do futebol deu Barça. Costumo comparar a equipe do Real Madrid a um menino mimado, aquele que os pais têm condições de comprar todos os brinquedos do mundo, mas o menino tem tantos brinquedos e não sabe brincar com nenhum. O resultado fortalece a seguinte frase: Um time campeão não se compra, se constrói.

Colaboração: Vander Ribeiro