terça-feira, 15 de junho de 2010

A vitória do Brasil e um pouco de repercussão

O jornal português Correio da Manhã destacou que o primeiro tempo do jogo de estreia do Brasil foi "um enorme bocejo". O Clarín argentino não chegou a pegar pesado e até elogiou a torcida brasileira. Entretanto, destacou que o time de Dunga não tem opções de variações.
O Marca, da Espanha, foi preciso. Deu o tom de decepção e de esperança. Talvez até sentindo o medo de ver a Fúria decepcionar, o jornal espanhol enfatiza que os brasileiros sentiram, mas venceram na estreia. Respeitando a história do futebol brasileiro, o Marca classificou o futebol exibido contra a Coreia do Norte como um conta-gotas de talento. Outro ponto de destaque para os espanhois foi a arbitragem do húngaro Viktor Kassai, classificada como nota 10.
Portugueses, argentinos e espanhóis sabem que o potencial da seleção brasileira é maior e mantiveram o respeito pelo Brasil.
Todos jornais avaliaram o sistema defensivo da Coreia com grande destaque.
Misteriosos e fechados, os norte coreanos não jogariam abertos contra o Brasil, ao contrário, se trancariam muito mais que o normal e fizeram com grande mérito.
Defender também faz parte do jogo.
O "grande bocejo" descrito pelo Correio da Manhã é real. Entretanto, mais que o bocejo, o primeiro tempo mostrou uma seleção pouco inventiva, pouco criativa. Contra um bloqueio centralizado, o Brasil dificilmente abria o jogo pelas laterais.
Tudo bem. Coloque na conta da histórica ansiedade da estreia e não se fala mais nisso.
O jogo do segundo tempo foi melhor. Robinho buscava as jogadas. Dividiu a responsabilidade com Kaká e foi muito bem.
O primeiro gol saiu pela direita com Maicon. O segundo também foi pela direita com Elano.
Dunga não mostrou conformismo e investiu em mudanças ofensivas. Daniel Alves, Ramires e Nilmar foram e serão ofensivos.
Perto do fim do jogo os coreanos fizeram um emocionante belo gol.

Dúvidas

Dunga mostrou ousadia e viu a seleção tomar o gol. Será que ele pode relacionar as mexidas ofensivas com o gol sofrido? Será que ele vai mexer ofensivamente nos próximos jogos ou vai optar pelo conservadorismo?
Contra um previsível esquema defensivo, o Brasil mostrou a mesma dificuldade que havia mostrado contra Bolívia, Venezuela e Colômbia. Já não é chegada a hora de criar alternativas para abrir os bloqueios adversários? Que tal marcar forte a saída de bola e forçar o erro dos adversários?
Luis Fabiano não marca há sete jogos e pode estar sentindo o peso. Dunga dará o apoio necessário? A comissão técnica brasileira não trabalha com nenhum profissional em psicologia. Dunga e Jorginho terão argumentos e a dose correta de estímulo para o homem gol do Brasil?

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