terça-feira, 1 de junho de 2010

No Mineirão, mais um "apagão"



O primeiro foi contra o Grêmio Prudente: em um primeiro tempo horroroso o Atlético esteve irreconhecível e sofreu quatro gols. O segundo foi contra o Vitória, no Barradão, e a derrota por 4 a 3 teve um sabor ainda mais amargo. Mesmo jogando boa parte do segundo tempo com um homem a mais em campo, o Atlético acabou sendo derrotado. Contra o Fluminense, mais uma vez o time decepcionou. Mesmo abrindo o placar aos dois minutos de jogo, o Galo não suportou a pressão tricolor e deixou o campo de jogo derrotado.

O Jogo:

O gol de Muriqui, logo no início do jogo, deu tranqüilidade ao time. O Atlético precisava da vitória para mostrar aos seus torcedores que os últimos resultados adversos foram apenas acidentes. Com a vantagem no placar, o time alvinegro teria a possibilidade de jogar com inteligência, administrar o resultado e, quem sabe em um contra-ataque, definir a partida. A postura adotada é natural, quem tem a vantagem espera o adversário em seu campo de defesa, porém muito perigosa. O Atlético deu espaços ao time das Laranjeiras que com o passar do tempo ganhou o meio-de-campo e tomou as rédeas do jogo. Sem Correa, que não teve seu empréstimo renovado, o setor atleticano perdeu força, perdeu pegada. Zé Luis era o único jogador efetivamente de marcação no meio e teve muito trabalho para acompanhar o ágil meio-de-campo tricolor. Diogo, Diguinho, Marquinho e o maestro Conca assumiram o controle da partida. O Fluminense teve mais posse, mais volume e foi mais agressivo. No primeiro tempo o Atlético se defendeu bem, conseguiu suportar a pressão e desceu para o vestiário ainda com a vantagem.

Bola aérea: um pesadelo

Na segunda etapa, o Fluminense continuou mandando no jogo e o gol de empate veio aos 16 minutos. Após cobrança de escanteio, o zagueiro Gum subiu mais que a defesa atleticana e marcou: 1 a 1.
O Atlético sentiu o gol, tentou sair para o jogo e foi surpreendido: após ótima enfiada de bola de Conca, Alan dominou na grande área, pelo lado direito e, quase sem ângulo, contou com a colaboração do goleiro Marcelo para marcar o segundo gol da equipe carioca.
Após a virada tricolor os papéis se inverteram: agora, quem pressionava era o Atlético e quem explorava os contra-ataques era o Fluminense. O jogo ficou aberto e as duas equipes perderam boas oportunidades. O Goleiro Marcelo, após a falha no segundo gol, fez duas boas defesas e o Atlético perdeu ótima chance de empatar a partida aos 38 minutos quando Tardelli, livre de marcação, na pequena área, bateu por cima do gol. Enquanto o nervosismo atleticano aumentava, a vontade diminuía. Antes do término da partida, os jogadores atleticanos estavam abatidos em campo. Parece que a bronca dada por Luxemburgo em Salvador não surtiu efeito. O time estava apático, sem vibração e sem garra. Enquanto o Atlético, mesmo ainda faltando alguns minutos para o término da partida, já tinha entregado os pontos, o Fluminense marcou seu terceiro gol. Em um contra-ataque, Fred recebeu ótimo passe e na saída do goleiro Marcelo bateu forte para o gol. Final Atlético 1 x Fluminense 3. O Fluminense foi superior, dominu o jogo durante os 90 minutos e mereceu a vitória.


O período é de reestruturação. Como o próprio Luxemburgo disse, “no momento estamos implantando uma nova filosofia de trabalho”. Pedir paciência à torcida do Atlético é querer demais, mas no momento é o mais aconselhável. Contratações foram feitas; Daniel Carvalho, o equatoriano Mendez e Neto Berola, nove jogadores foram dispensados e a promessa é de que no segundo semestre, após a parada para a Copa do Mundo, o grupo esteja ainda mais encorpado com o retorno dos contundidos Obina e Serginho. Vamos aguardar.

Colaboração: Vander Ribeiro


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Fotos: Vander Ribeiro

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