terça-feira, 6 de julho de 2010

Holanda na final

Os saudosistas que me desculpem, mas a Holanda, finalista de 2010, não parece a Holanda finalista de 74 e 78. O estilo é diferente, os talentos são diferentes e o momento histórico é outro.
A beleza mítica de Cruyff não existe mais.
A Holanda de hoje sabe o custo que é quase chegar e perder na hora h. Isso é o que chamo de momento histórico.
Em 74 e 78 os momentos de futebol mágico deixaram uma herança e um trauma. A Holanda de Sneijder é menos ensaiada, menos criativa e mais competitiva.
A campanha 100% das Eliminatórias se repete em plena Copa do Mundo.
Mais que um time, Marwijk pensou e planejou um elenco para a Copa.
Visualizou situações de jogo e convocou 23 jogadores para diversas variações de cada partida.
Contra o Brasil Huntellar entrou e Elia poderia ser opção de velocidade pelos lados de campo.
Babel também estava no banco. O holandês do Liverpool tem bom chute de fora da área e também é rápido.
A Holanda não brilha e não quer sofrer com fantasmas do passado.
Joga o jogo na condução de Sneijder e na solidariedade técnica de Robben.
Conta com o esforço de Kuyt e a boa técnica e bom posicionamento de Van Bommel.
Luta pelo hoje e sabe que no futuro novos fantasmas podem aparecer, mas aposta no bom momento para cravar o nome na história.

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