terça-feira, 6 de julho de 2010

O que vai ficar de Alemanha e Espanha

Alemanha e Espanha decidem quem vai fazer a final da Copa contra a Holanda.
Um fica e outro volta para a Europa.
Entretanto, os dois deixaram heranças e modelos que poderiam ajudar o Futebol.

Herança espanhola

A Espanha tem a bola do jogo. Trabalha a bola como poucos.
É um time que segura a bola e se destaca pelos ótimos números de posse de bola.
O excesso de toque (que pode ser enfadonho) é uma filosofia. Se a bola está com a Espanha, ela não está com os adversários.
Ao primeiro sinal de bobeada da defesa adversária, Iniesta e sua turma têm qualidade para açucarar a jogada para Villa definir.
No entanto, para ter tanto tempo de toque de bola e posse de bola é preciso ter qualidade para trabalhar as jogadas.
A marca que mais pode caracterizar o futebol espanhol é o toque refinado.
Se for vencedor - e todo vencedor faz escola - o Futebol vai agradecer e será mais clássico, mais tocado, mais tático e mais lento.

Herança alemã

A imagem de um futebol feio e eficiente não serve para explicar o futebol alemão do time de Joachim Löw.
A Alemanha sem Ballack é um time melhor. Não é hora também de desconsiderar a boa técnica do capitão machucado, mas é inegável que ele foi bem substituído e pode ter deixado de ser mais um paradigma alemão.
A formação de meio com Khedira e Schweinsteiger é mais técnica e mais ágil.
Os dois não se enquadram na espécime dos volantes, são mais que volantes.
São jogadores de furtebol que saem com muita qualidade.
Bastian Schweinsteiger representa uma roubada de bola boa e muita qualidade na saída ao ataque. Dele sai o caminho para as jogadas.
Quem não conhece o belo futebol do alemão, começa agora a aprender a falar e a escrever o nome dele.
Curioso é que ele vai seguindo o mesmo caminho de Lothar Mathäus. Da meia para ficar mais recuado, organizando o jogo.
Se a Alemanha for a campeã, a herança é a de um time que abusa dos contra-ataques e marca sem volantes de pegada feia.

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