domingo, 15 de agosto de 2010

São Paulo e Cruzeiro diferentes

Sérgio Baresi assumiu e revigorou a base do São Paulo.
Relacionou vários meninos e fez despertar o grupo titular.
É óbvio que o novo treinador aproveitou a série de lesões para mexer com a meninada.
Do outro lado estava o favorito. Sim, o Cruzeiro era um time melhor e em paz.
O estreante Montillo foi notícia durante toda a preparação para o jogo.
Cuca também tinha desfalques, mas tinha a força do conjunto contra um atribulado, mas remoçado, Tricolor.
Surpreendente foi ver que Baresi havia conseguido transformar o lento Carlinhos Paraíba em um jogador leve pela esquerda. Por lá, em cima de Rômulo, o São Paulo passou a criar muito.
Júnior César saía com Paraíba e forçava Thiago Ribeiro a recuar bastante.
Diego Renan não subia muito, mas dava liberdade para que Everton atacasse.
O meio do Cruzeiro tinha a troca constante de Fabrício e Henrique, as escapadas de Éverton e o toque inteligente e refinado do argentino Montillo.
Fernandão jogava de costas e Ricardo Oliveira era perigo constante.
A movimentação de Fernandão era pouca, mas suficiente para tirar Gil da área.
Em uma das muitas jogadas de Paraíba, Marlos e Júnior César, Rômulo foi batido e fez falta. Casemiro, que marcava bem e mostrava muita disposição, aproveitou bobeada da zaga para fazer o primeiro gol do jogo.

Segundo tempo

O vestiário fez bem ao Cruzeiro.
Cuca deixou Diego Renan de fora e voltou com três zagueiros.
Caçapa, que acabara de entrar, fez a sobra.
Edcarlos foi para a esquerda e Gil fez a direita.
Rômulo, que poderia ter saído, passou a apoiar mais.
Éverton esticava o time como quase um lateral pela esquerda.
Montillo conseguia se desgarrar de Casemiro e o São Paulo foi perdendo o encanto.
Era nítido que se Sérgio Baresi apostasse na velocidade para anular a sobra, o São Paulo poderia até ampliar.
Cuca mexeu mais. Fez Roger entrar e a bola ficou mais azul.
Aproveitando um cruzamento da direita, Roger forçou o erro da zaga. Na sobra, Thiago Ribeiro obrigou Rogério a fazer difícil defesa, mas na volta Thiago cruzou na cabeça de Wellington Paulista, para empatar.
A bola continuava azul. Montillo era perigo constante e o São Paulo passou a asistir.
O meia Montillo recebeu na intermediária ofensiva e achou Thiago Ribeiro em alta velocidade. Thiago com um toque tirou Rogério da jogada e fez o gol da virada.
Mérito para o argentino e um prêmio para aquele que corre por muitos e fez uma partida próxima da perfeição.
O gol mexeu com o São Paulo e Fernandinho foi para o jogo.
O jovem Marcelinho, tido como promessa de respeito também entrou.
Baresi apostou alto e arriscou ao abrir mão de Casemiro.
Perto do fim do jogo, Edcarlos foi driblado por Fernandinho.
Caçapa foi no bote errado (se tivesse ficado parado, obrigaria Fernandinho a tentar outro drible) e Ricardo Oliveira cutucou para o gol de empate.

Novos tempos

Seria precipitado afirmar que os meninos do São Paulo vão dar um caldo melhor que o que o São Paulo conseguiu em 2010. NO entanto, não é cedo para afirmar que o time mais leve é mais perigoso.
Seria igualmente precipitado garantir que Montillo trouxe encanto ao Cruzeiro. Entretanto, não é exagero afirmar que ele aparenta mais qualidade no setor que Gilberto e mais participação que Roger. O camisa 10 tem tudo para dar certo.


Destaques

Vale destacar, mais uma vez, que Fábio poderia ser titular da seleção brasileira.
Thiago Ribeiro é o titular que todo treinador gostaria de ter.
Montillo confirmou muito da expectativa criada em torno dele.
Casemiro passou no teste e consegue contagiar a equipe.
Carlinhos Paraíba mostrou que tem qualidades e pode ser melhor aproveitado.
Ricardo Oliveira é muito rápido e perigoso. Jogador que não desiste das jogadas.

Treinadores

Sérgio Baresi e Cuca foram bem. Baresi conseguiu criar a competição pela vaga de titular e dirigiu um bom São Paulo no primeiro tempo.
Cuca enxergou o jogo do primeiro tempo e tomou a partida no segundo tempo.
O jogo foi bem dividido e leal.
Placar foi até justo pelo que os times mostraram em campo.

Nenhum comentário: