quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Coluna de O TEMPO de 26/11

Ainda bem que é futebol

Antes de a bola rolar no jogo entre Palmeiras e Goiás, me perguntaram na transmissão quem deveria ganhar o jogo.
Quase devolvi a pergunta, afinal de contas a resposta seria mediana, mas minha função é responder e construir alicerces para a resposta.
Fui enfático. A vitória deveria ser do Palmeiras.
O time de Felipão nunca jogou bonito, mas sempre vendeu caro seus resultados.
Se o meio não construía, ao menos os adversários tinham muita dificuldade de escapar da destruição do Palmeiras. Mais que isso, a fase de Marcos Assunção permitia acreditar que, de uma hora para a outra, um chute longo poderia resolver o jogo. Eram alicerces, argumentos.
Com a bola rolando, o comentarista não deve morrer abraçado a uma argumentação de antes do jogo. O jogo é vivo, dinâmico.
A falta de bola e de espaço já serviam para pontuar que o Palmeiras jogava menos e que o Goiás crescia.
O compromisso que o comentarista deve ter não é com seus alicerces previamente construídos.
O compromisso é com a verdade que seus olhos viam. O Goiás passou e pode até chegar. Vai longe em uma possível Libertadores? Fatalmente, não. O time terá menos recursos e não tem status de copeiro.

Atlético- Os números de Dorival Júnior são muito bons e o trabalho dele é melhor ainda. Taticamente ele ajeitou a equipe. Promoveu a entrada de Renan Ribeiro e fez o time vibrar mais que antes. Entretanto, a maior contribuição que Dorival deu não está em campo. O treinador do Atlético promoveu uma substituição no ambiente. A arrogância saiu e entrou o tato.

Cruzeiro- A tarefa é das mais difíceis. Jogar contra um Flamengo desesperado não é agradável. Cuca vai precisar ser estrategista e ele sabe ser. Se o Cruzeiro repetir o jogo que fez contra o Corinthians, a vitória é bem possível. O Cruzeiro é mais maduro, mais técnico, mais sólido, mais time. É mais fácil o Flamengo temer o Cruzeiro que o contrário.

América- Chegou a hora! Poderia ser mais tranqüilo, mas não foi. O América não deve deixar a Ponte respirar. É preciso impactar. Deixar o resultado surgir, é perigoso. O que falam é que a Ponte vai receber uma senhora mala branca, o que pode dificultar ainda mais. Não creio que a Portuguesa tenha tanto time para ganhar fácil do Sport, mas o resultado é possível.

Estaduais- Está na hora de rever o discurso. Aquele papo de que os estaduais não revelam ninguém já pode ser revisto. Rodriguinho, Ralf, Branquinho, Bruno César, Danilo e Leandro Damião foram revelados nos estaduais de 2010. Concordo que são longos, mas podem ser úteis também. Basta parar de reclamar e começar a observar.

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