segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Dorival x Luxa. Pobre Luxa!

É certo que o currículo do técnico Vanderley Luxemburgo é recheado de títulos e glórias.
A conta bancária dele deve ser melhor que a de Dorival.
Mas quando a hipotética disputa vai para o desempenho do ano, Dorival humilha Vanderley.
O ano começou com Dorival mandando um time de meninos a campo.
Um tal de Neymar e um certo Paulo Henrique, que depois passou a ser conhecido por Ganso, mostravam que tinham muita bola e deveriam fazer sucesso.
Chamava a atenção a estrutura tática da equipe.
Rodrigo Mancha e Brum foram perdendo espaço.
Aos poucos o "impossível" foi tomando cara.
Os volantes sabiam jogar e saíam para o jogo.
Wesley e Arouca deram toda a cara de time forte ao Peixe.

Luxemburgo começou trabalhando forte.
Investiu em um time ofensivo e almejou jogar com três atacantes.
A fase de classificação do Mineiro não foi nenhum sucesso.
Mas as entrevistas eram.
Vanderley deu palestras.
Lançou camisa nova.
Anunciou um projeto vencedor.
O time vencia, mas mostrava um espaço enorme no meio.
Cheguei a rotular o Galo como time Flash Gordon, pelo excessivo espaço que dava pelo meio.
O Galo era o "Rei do Espaço".

Dorival conquistou o título paulista e o Luxemburgo foi campeão mineiro.
Os dois se encontraram na Copa do Brasil e deu Dorival no segundo jogo.
Era a senha.
Passando pelo Galo, o Santos derrubou o Grêmio e foi campeão após ganhar do Vitória.

Dorival não teve medo de lançar jovens talentos.
Ele se rendeu e fez a arte entrar em campo.
Luxemburgo custou para lançar Geovane.
Deu uma oportunidade a Wendel.
Fez João Pedro jogar e o cofre do Galo agradeceu a venda que veio em pouco tempo.
O cofre do Santos agradeceu muito a saída de Wesley e Neymar é o atleta mais valorizado do Brasil.

O tempo passou e o Santos, mesmo já tendo vaga na Libertadores, disputava o Brasileiro para ganhar.
O Galo, envolvido em projetos, pães, manteigas, fome, arbitragens e sem brilho, lutou para não cair.
Luxa saiu e deixou o time na zona de rebaixamento.
Ele disputou 24 jogos no Brasileiro e conquistou 21 pontos.

Dorival saiu do Santos.
Muito mais por fatores externos que pelos pontos obtidos na tabela.
Ele chegou ao Galo e deu nova cara.
Não recorreu ao discurso.
Nunca falou de projetos mirabolantes.
Foi simples, sincero e objetivo.
O planejamento sempre foi apenas o próximo jogo.
Hoje o Galo não está na zona de rebaixamento e tem tudo para escapar na próxima rodada.
O atual treinador disputou 12 jogos do Brasileirão com o Galo.
Exatamente a metade do que disputou o treinador anterior.
O Galo dirigido por Dorival conquistou 21 pontos.
O mesmo número de pontos com a metade dos jogos.

A constatação matemática é óbvia.
A constatação técnica é evidente.
Como se não bastasse, o sorriso dos jogadores já voltou.
Dorival caminha sem holofotes.
Luxa só caminha com holofotes.
Dorival não discursa, trabalha.
Luxa prefere o discurso e o confronto.

Perguntado pelo repórter da TV Globo, Josino Ribeiro, sobre o desempenho ridículo do time, Luxemburgo saiu com uma ameaça em rede nacional.
O estratégia óbvia era a da intimidação.
Outro repórter perguntou sobre a utilização dos jovens valores e Luxa falou que ia pegar o repórter na curva.
O que ele não percebeu é que a curva só surgia para ele.
Dorival preferiu olhar nos olhos e foi reto!
Parabéns, Dorival!
Pobre Luxa!
A vitória de Dorival é vitória do ser humano.
A derrota de Luxa serve como ensinamento que o olhar altivo pouco produz.

2 comentários:

EDUARDO FIGUEIREDO disse...

Usando uma matématica básica podemos dizer que se o Dorival tem hoje um aproveitamento de 58,2% somando 21 pontos em 36 disputados, se ele estivesse no GALO desde o início, estaríamos disputando o título com cerca de 63 pontos! Luxa deveria constar nos verbetes dos dicionários como sinônimo de decadência!

Gui disse...

Faltou vc falar das contratacoes erradas p o gol e principalmente o fato de ele deixar o Renan ribeiro no banco...p mim ele naum lancou pq queria levar uma grana encima do mlk.