segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Empate em Sete Lagoas

Debaixo de muita chuva, Neymar e Serginho foram os destaques do jogo.
O Atlético entrou em campo para enfrentar a equipe santista com a missão de, mais uma vez, tentar sair da zona de rebaixamento. Precisando da vitória, Dorival adotou um esquema mais ofensivo. O Santos, apesar dos desfalques – sete no total – pôde contar com seu principal jogador: Neymar.

Nos minutos iniciais o jogo foi aberto. O Atlético partiu para cima e a equipe visitante apostou nos contra-ataques.
Aos 16 min., Neymar abriu o placar: o atacante santista recebeu passe na entrada da área e bateu forte no canto direito do goleiro Renan; Santos 1 a 0.

Um pouco de teoria:
Após sofrer o gol, o Atlético não se abateu. O time continuou pressionando, porém, também continuou errando. Erros de passe e principalmente nos insistentes cruzamentos da linha intermediária de ataque. As bolas alçadas dessa região do campo facilitam o trabalho dos jogadores de defesa. O cruzamento da intermediária é bem vindo quando surpreende o adversário. Quando a equipe adversária está toda recuada dentro de sua área, a melhor opção é ir até a linha de fundo.

Na pratica:
Rafael Cruz resolver “inovar” e criou uma boa oportunidade de gol: o lateral, que só havia feito cruzamentos da linha intermediária, foi à linha de fundo, cruzou para Tardelli e o goleiro Rafael evitou o gol de empate.
Aos 33 min. foi a vez de Serginho, da intermediária, cruzar para Tardelli, de cabeça, empurrar para as redes do peixe, 1 a 1. O cruzamento de Serginho - da linha intermediária - veio em um momento em que a equipe santista saía de seu campo de defesa e seus zagueiros não estavam bem posicionados; Serginho surpreendeu a defesa adversária.
O volante atleticano foi o grande destaque do time. Auxiliou Zé Luis – depois Alê - na marcação, se movimentou muito e deu mais velocidade ao meio.

Com as fortes chuvas, durante o primeiro tempo aconteceram dois “apagões” e a partida foi interrompida por queda de energia. Uma logo aos quatro minutos de jogo e outra no final da primeira etapa, aos 42 min.


Segundo tempo:

Com o empate no placar, ao Atlético só restava partir para o ataque. O time teve mais domínio, comandava a partida. A equipe atleticana girava o jogo, invertia as jogadas, mas não encontrava espaços. O Santos apostava nos contra-ataques e teve duas oportunidades de tirar a igualdade do placar. O Atlético seguia pressionando, mas não finalizava.

Aos 14 min., em uma arrancada de Diego Souza, a defesa santista cortou parcialmente, a bola sobrou para Renan Oliveira que, de fora da área, bateu para o gol. O chute não foi tão forte, mas surpreendeu o goleiro Rafael que, com o campo molhado, não conseguiu segurar firme e, no rebote, Obina mandou para as redes: Galo 2 a 1.

Com a virada a equipe santista resolveu arriscar mais e aos 21 min. chegou ao gol de empate: após desvio de cabeça do ataque santista, Renan saiu de soco e errou o golpe. O goleiro pegou mal na bola que sobrou limpa para Neymar igualar o placar. 2 a 2.

Nos minutos seguintes o Atlético seguiu pressionando. Obina e Diego Souza deram lugar a Ricardo Bueno e Nikão. O meia jogou bem, mostrou que tem qualidade e pode contribuir muito; Ricardo Bueno pouco acrescentou, teve algumas oportunidades, mas pecou nas finalizações. Placar final, 2 a 2.

Com a combinação de resultados, o empate foi suficiente para tirar o Atlético da zona de rebaixamento. A equipe soma 36 pontos, o mesmo número de pontos do Guarani, 17° colocado, porém, o Atlético tem vantagem no número de vitórias – 10 contra 8 - e ocupa a 16ª posição.
Do empate, resta a seguinte lição: a criatividade e iniciativa dos jogadores serão fundamentais para a permanência do Atlético na série A do Campeonato Brasileiro.(VR)

Colaboração: Vander Ribeiro

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