terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Campeonato Espanhol

Pela 18ª rodada, Barcelona e Real Madrid golearam e a diferença que separa as duas equipes continua sendo de apenas dois pontos.

Virada em Madrid

No Santiago Bernabéu, Real Madrid e Villarreal fizeram um jogo eletrizante.
Tradicionalmente, quem enfrenta Real Madrid ou Barcelona, sempre joga para perder de pouco, para não ser goleado. É mais do que normal vermos adversários recuados em seu campo de defesa, em muitas das vezes acuados, tentando suportar a pressão dos gigantes.
O Villarreal fez diferente, não se intimidou e, mesmo com os desfalques de Marcos Senna e Nilmar, partiu para cima do Real. Comandado por Capdevila, o submarino amarelo ditou o ritmo do primeiro tempo. Na base do toque rápido, e com muitas triangulações, envolveu a equipe merengue.

O Real Madrid se assustou com a postura adotada pela equipe visitante, e nas arrancadas de C. Ronaldo buscava, sem sucesso, mostrar quem era o dono do Bernabéu. No meio, Diarra auxiliava Xabi Alonso na marcação e Ozil era o homem de ligação.O Alemão conduzia a bola pelo meio e buscava abrir o jogo pelas pontas acionando C. Ronaldo e Di Maria que jogavam aberto pelos lados do campo.
A estratégia merengue não superou a marcação do Villarreal e o time visitante, logo aos seis minutos, abriu o placar. Após triangulação na entrada da área, o atacante Cani desviou de Casillas e empurrou para as redes.

A resposta madrilista veio logo na sequência: no primeiro lance em que o Real Madrid colocou a bola no chão, Ozil tabelou com Benzema, recebeu ótimo passe na grande área e rolou para C. Ronaldo, livre de marcação, empurrar para as redes e empatar a partida, 1 a 1.

Apesar de sofrer o gol, a equipe do Villarreal não se assustou, continuou pressionando, jogava mais que o Real Madrid e seguiu ditando o ritmo da partida. A receita era simples: dar velocidade ao jogo, explorar todos os espaços na defesa merengue enquanto o Real Madrid ainda procurava se acertar em campo.

Aos 17 minutos a estratégia mais uma vez funcionou. Após boa roubada de bola, o meia Bruno aproveitou o vacilo da defesa do Real Madrid, que tentou fazer a famosa linha de impedimento, e fez ótima enfiada de bola para o atacante Rubén encobrir o goleiro Casillas e novamente colocar o Villarreal na frente , 2 a 1.

Se ao sofrer o primeiro gol o time merengue não se abateu, ao sofrer o segundo o Real Madrid sentiu o golpe. O nervosismo tomou conta da equipe e com Benzema e Di Maria apagados, o time merengue apostava todas suas fichas em C. Ronaldo. O português lutou muito, suas arrancadas eram sempre perigosas, mas Ronaldo pecava nas finalizações.

Nos minutos finais da primeira etapa o time merengue encontrou no lateral Marcelo uma boa opção de ataque. O brasileiro jogou bem, sua participação de forma mais ativa influenciou direitamente o desempenho do Real Madrid em campo e a equipe melhorou. O time merengue ganhou mais velocidade e, pelo lado esquerdo do seu ataque, criou boas oportunidades. Aos 46 minutos, após cobrança de falta, o Real Madrid conseguiu chegar ao gol de empate. Xabi Alonso alçou a bola na área adversária e C. Ronaldo desviou para o fundo do gol, 2 a 2.

Segundo tempo:


Com o empate no placar, Mourinho resolveu reforçar a marcação no meio. O treinador sacou Diarra e em seu lugar colocou em campo o alemão Khedira. Com o reforço na marcação, Ozil, Di Maria, C. Ronaldo e Marcelo tiveram mais liberdade para atacar e o jogo mudou de enredo, quem dava as cartas agora era o Real Madrid.

O Real teve mais pegada e os homens de criação do Villarreal não tiveram a mesma liberdade que tiveram na primeira etapa e pouco produziram. Com o jogo empatado, e com um adversário dando sinais de que lutaria pela permanência do empate no placar, Mourinho resolveu arriscar, sacou o zagueiro Albiol e, aos 24 minutos, colocou Kaká em campo. Com a entrada de Kaká o Real Madrid seguiu pressionando e aos 34 minutos, mais uma vez, C. Ronaldo marcou. Após cruzamento de Kaká, C. Ronaldo disputou a bola com o goleiro Diego Lópes e, aos trancos e barrancos, conseguiu empurrar para o fundo do gol, Real Madrid 3, Villarreal 2.
A virada incendiou o Bernabéu e três minutos depois foi a vez de C. Ronaldo cruzar e Kaká marcar. Placar final: Real Madrid 4, Villarreal 2

Barcelona:

Jogando contra um Deportivo todo recuado, o resultado era previsível: mais uma goleada catalã.

Acredito que enfrentar a equipe catalã coloca os adversários diante do seguinte dilema: se tento encarar o Barça, fatalmente serei goleado; se ficar apenas me defendendo, com muita determinação e aplicação tática, tenho a chance de não ser goleado e, com o passar do tempo, quem sabe o Barcelona não se desespera, perde a concentração e assim assumimos o controle do jogo? Quem sabe se ....., talvez o Barcelona........
Resumindo, a situação é a seguinte: se correr o Barça pega, se ficar o Barça come!

O Barcelona é um time frio, paciente, não tem pressa de chegar ao gol, trabalha a bola durante um bom tempo e espera o momento certo de dar o bote.

No duelo contra o Deportivo os gols demoraram a sair, mas o Barcelona construiu o placar com naturalidade. Villa, após receber passe de Messi na pequena área, abriu o placar aos 26 min. do primeiro tempo.
Os outros três gols só vieram na segunda etapa. Messi,aos seis, em ótima cobrança de falta; Iniesta aos 33, no melhor estilo Messi, dominou a bola pelo lado direito do ataque, trouxe para o meio e bateu cruzado, de perna esquerda, no canto direito do goleiro Aranzúbia; aos 35 min., Pedro decretou mais uma goleada do Barça, placar final, Deportivo 0 x 4 Barcelona.

O Barcelona continua na liderança, agora com 49 pontos, dois a mais que Real Madrid que segue na cola do líder com 47. O Villarreal segue na terceira posição com 36, onze pontos atrás do Real Madrid. O Deportivo, que não lembra em nada aquele Deportivo dos tempos áureos de Bebeto, ocupa a modesta 13ª posição com 21 pontos. (VR)

Colaboração: Vander Ribeiro

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