quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Porco à paraguaia

O questionamento que mais ouço em relação ao Atlético é se o Galo é mais um típico caso de cavalo paraguaio. Normalmente, procuro levar o torcedor angustiado a pensar se o posicionamento na tabela era o que ele esperava, a resposta sempre é não. A expectativa era muito pior e o time está muito bem, em vista do que poderia ter sido. O que me incomoda profundamente é que ninguém pergunta se o Palmeiras não é um caso típico de porco paraguaio. Alguém até poderia me lembrar que o Palmeiras ainda é o líder da competição, o que é verdade, no entanto, não vence desde 01 de agosto, quando derrotou o Sport, em Recife. Depois o Palmeiras empatou com o Grêmio, em casa. Veio a BH e, novamente, empatou com o Galo. Enfrentou o Botafogo, em casa, e não passou de um empate em 1 a 1, e agora perdeu para o Coritiba, no Paraná. Tais resultados não fazem do porco um paraguaio, apenas dão ao São Paulo a grande chance de encostar e de mostrar que faltou competência a todos os outros clubes do Brasil. Parece que, de novo, vai dar tricolor.

Abaixo segue uma gostosa receita de Porco à Paraguaia

Primeiro passo é preparar o tempero. Confira os ingredientes:

2 litros de água
2 cabeças de alho
1 maço de alecrim
1 maço de cebolinha verde
30 limões
1 litro de vinho branco seco
1 quilo de sal para 30 quilos de carne

Primeiro amasse o alho. Pique o alecrim. Depois a cebolinha. Esprema os limões. Misture tudo ao caldo. Acrescente água, o vinho branco e, por último, coloque sal a gosto.

O ideal é que o tempero fique reservado durante 6 horas na geladeira. Depois de coado aí sim está pronto. Ele usa uma pistola que facilita bastante o trabalho. Mas você aí de casa deve perguntar; não tem uma outra alternativa? Uma seringa comum é uma outra alternativa.

O suíno agora está temperado e vai para o fogo. Numa churrasqueira simples, feita de tijolos, o porco pode ser assado.

História

O prato surgiu na Guerra do Paraguai, em 1864, quando as tropas de Solano Lopes invadiram o Brasil. O Porco à Paraguaia passou por adaptações no sul do país. As famílias usaram temperos fortes e limão. Aos poucos a receita foi levada por gaúchos, paranaenses e catarinenses para outros estados.

De volta ao nosso suíno, feito em Mato Grosso, veja o resultado de 6 horas na brasa. O couro fica do jeito que todo mundo quer. Com aquela pururuca.

2 comentários:

Rivelle Nunes disse...

Muito boa, Mário!

A análise, perfeita; a receita anotei e, se for mesmo boa, comento aqui. Rssssss
Abraços!

Anônimo disse...

infelizmente, um comentário bairrista deste ótimo comentarista. agora começo a entender porque tanta gente reclama das transmissões da globo e bandeirantes. o bairrismo é de fato muito desagradável.