sexta-feira, 9 de abril de 2010

Campeonato Espanhol

Enquanto a lista de gringos machucados – dúvidas para a disputa da Copa do Mundo - aumenta, o técnico Dunga já pode ficar um pouco aliviado: o seu homem gol está de volta!

O Campeonato Espanhol está em sua reta final e o Sevilha conta com os gols de Luis Fabiano para garantir uma vaga na próxima UEFA Champions League. A briga por uma das quatro vagas está acirrada. Os líderes, Real Madrid e Barcelona, ambos com 77 pontos, mesmo ainda faltando oito rodadas para o fim do campeonato, já garantiram vaga para a próxima Champions. A conta é simples: os dois clubes têm 29 pontos de vantagem sobre o quarto colocado, restando oito rodadas para o fim do Espanhol, ainda serão disputados 24 pontos, e mesmo que aconteça uma catástrofe e Real Madrid e Barcelona percam todos os seus jogos, a vaga na Champions eles não perdem. O Valência, 3° colocado, soma 56 pontos e tem uma vantagem de oito para o 4° colocado Sevilha. Mallorca, com 48 pontos; Athletic de Bilbao com 45 e o Villarreal com 43 pontos disputam diretamente a última vaga com o time de Luís Fabiano.
Após oito jogos sem vencer - dois pela Champions League e seis pelo Espanhol - o time dos brasileiros, Adriano (ex-Coritiba) e Renato (ex-Santos) conquistou sua 14ª vitória na competição e Luis Fabiano foi o grande destaque da partida.
Devido ao grande número de contusões, o atacante pôde participar apenas de 17, das 30 partidas disputadas pela equipe no Espanhol. Com a seqüência de lesões, o brasileiro ficou 48 dias sem marcar, seu último gol tinha sido marcado no dia 14 de fevereiro na vitória por 1 a 0 contra o Osasuna. Contra o Tenerife, Luis Fabiano jogou bem e fez as pazes com as redes.

O jogo:

Jogando em casa, o Sevilha encontrou um adversário desesperado: o Tenerife faz péssima campanha, ocupa a 18ª posição na tabela e luta contra o fantasma do rebaixamento. A equipe tem um time equilibrado, mas pouco eficiente. Após 30 rodadas, foram 17 derrotas, sete empates e apenas seis vitórias. A péssima situação na tabela obrigou o Tenerife a sair para o jogo e ir para cima do Sevilha. Durante os primeiros minutos, o jogo foi igual para as duas equipes: poucas oportunidades criadas e nenhuma chance clara de gol.
Com o passar do tempo, o Sevilha foi se soltando em campo, conquistou mais espaço e envolveu o adversário. Após os 15 minutos de “reconhecimento”, conseguiu impor seu ritmo de jogo e a superioridade técnica de seus jogadores de meio-de-campo prevaleceu.
Lolo e Renato cuidaram da marcação: enquanto Lolo ficava mais fixo e auxiliava os zagueiros, Renato tinha mais liberdade para sair para o jogo e auxiliar o ataque.
Os dois meias, Adriano e Capel, jogaram abertos pelas pontas, alternaram as jogadas pelos lados do campo, coordenando as investidas ao ataque, e municiaram Kanouté e Luis Fabiano com muita criatividade. Com o domínio do meio-de-campo, as oportunidades surgiram naturalmente e o gol do Sevilha não demorou a sair.

Gol:

Aos 22 minutos, após cobrança de arremesso lateral, Luis Fabiano recebeu passe na intermediária e, de costas para a defesa, protegeu bem a bola e fez ótima assistência para Kanouté invadir a área e abrir o placar. O gol deu mais tranqüilidade à equipe da casa.
A ansiedade que de início prejudicou o Sevilha, agora vestia a camisa azul do Tenerife.
O visitante até que criou boas oportunidades, chegou com algum perigo ao gol defendido pelo goleiro Palop, mas as finalizações deixavam muito a desejar. Coletivamente o time do Tenerife pouco produziu e nada conseguiu criar. As oportunidades que teve na primeira etapa, vieram ou de jogadas individuais, ou de falhas da defesa do Sevilha. O time é pouco criativo e dificilmente escapa da degola.
Como a atual situação do adversário é problema único e exclusivo dele; Luis Fabiano não tem nada com isso e aos 44 minutos marcou o segundo gol do Sevilha.
Após ótima jogada de Renato, o artilheiro recebeu o cruzamento pela esquerda, matou no peito e com estilo bateu forte de canhota no canto esquerdo do goleiro Aragonês que não conseguiu evitar o gol.

Segundo tempo:

Na segunda etapa o jogo perdeu em emoção e em qualidade. Com a vantagem no placar o time do Sevilha passou a se arriscar menos, jogava no contra-ataque e apostava nos erros da equipe do Tenerife que tentava sair para o jogo, fazer algo diferente, mas sem talento não conseguia criar. Nos momentos de maior criatividade, o máximo que o Tenerife conseguia fazer era alçar bolas na área para a defesa do Sevilha cortar. O jogo ficou truncado e dos oito cartões amarelos aplicados pelo árbitro – cinco para o Sevilha e três para o Tenerife - seis foram mostrados na segunda etapa. Para não deixar o adversário gostar do jogo, o Sevilha cometia faltas; e para matar os lances de contra-ataque do Sevilha, o Tenerife usava a mesma tática. Ao todo foram 40 faltas cometidas, 21 pelo Sevilha, e 19 pelo Tenerife.
Foi justamente através de uma delas, aos 43 minutos do segundo tempo, que o lateral direito José Carlos, esbanjando categoria, colocou a bola no ângulo esquerdo do gol defendido por Aragonês e marcou o terceiro e último gol do Sevilha na vitória por 3 a 0.
A briga por uma das vagas na UEFA Champions League continua. Pela próxima rodada o time de Luis Fabiano enfrenta o Málaga, 16° colocado com 31 pontos. O Mallorca, 5 ° colocado com 48 pontos, enfrenta o Valência, 3° colocado da competição. (VR)

Colaboração: Vander Ribeiro

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