domingo, 18 de abril de 2010

Ipatinga: programado para ser bom

Assim que a agenda do Ipatinga terminou em 2009 (e eu estava no Ipatingão) pensei que 2010 seria o ano da queda para a C do Brasileiro. O time teria que passar por uma renovação e Flávio Lopes já dava sinais de que bateria de frente com a direção.
No início do Mineiro, logo na primeira rodada, o técnico Flávio Lopes caiu.
Estava em São Paulo, consequentemente distante, e de lá conversei com pessoas que conhecem a rotina do Tigre, todos garantiram que a demissão e a derrota inicial não iriam atrapalhar em nada e que o Ipatinga estava forte. Acreditei, ainda que questionando muito.
E logo veio a oportunidade de ver o time, já dirigido por Gilson Kleyna, jogar.
Gostei do que vi. Time com a clara prioridade de se defender. Três zagueiros fortes e rápidos e uma dupla de volantes de forte pegada, um deles saía um pouco mais. O ataque também parecia ter sido friamente calculado para usar a velocidade. Nenhum grandalhão e aposta na contra-ataque.
Os jogos davam mais maturidade e confiança. A defesa ganhava solidez e o Tigre havia se adaptado ao programa para o qual havia sido montado.
Era quase um robô. A primeira função era a de defender e utilizava vários recursos para tal. A segunda função era a de tentar vencer e o método usado era a velocidade.
Encarar o Cruzeiro em duas partidas seria um desafio duro, entretanto, jogar como zebra é tudo o que o Ipatinga precisava. O programa já estava decorado: defender, defender e aproveitar algum erro.
O que não estava no script era a sequência de contusões atingindo atletas chave.
Os jogos contra o Tupi valeram a classificação e custaram as ausências de Thiago Matias (zagueiro da sobra pelo meio), Jaílton (primeiro volante e protetor da zaga), Jajá (atacante que se fazia de meia, pelos lados), Amilton (atacante de velocidade pelos lados).
Se o Cruzeiro já era o favorito, os desfalques pesavam ainda mais.
Só que o Cruzeiro não marcou no primeiro jogo e a decisão ficou para a segunda partida.
Quando Adilson resolveu poupar meio time (esteja certo disso) o técnico Gilson Kleyna teve a arma que faltava para aumentar o estímulo dos atletas. O discurso não deve ter fugido de: "Vocês conseguiram chegar até aqui...ninguém reconhece o valor de vocês...chegou a hora de surpreender...olha a escalação do Cruzeiro...repare no banco de reservas...Leonardo Silva, Paraná, Thiago Ribeiro, Jonathan, Gilberto e Kléber...até o Adilson está tirando onda com vocês...vamos lá...eu acredito em vocês...pensem em suas famílias...eles estão com vocês..." Deu certo!
O Cruzeiro tentou e parou na defesa e em Douglas. O Ipatinga tentou e achou os buracos que todos nós sabemos que a defesa do Cruzeiro tem.
Já não acho mais que o Ipatinga vá cair no Brasileiro, o time parece ter virado um robô preparado para entender quais são as virtudes dos adversários e está programado para ser eficiente e bom.
Agora é hora da final.Novamente o Ipatinga é zebra. Novamente não tem vantagem. Já imaginou o discurso?

Galeria de fotos:


Confira as imagens da classificação do Tigre













Fotos: Vander Ribeiro

2 comentários:

marcia disse...

Meu amigo apesar de desde sempre acreditar nisso, eu confesso q estou duplamente feliz,chegamos a final e provamos q a arbitragem tente mesmo p os times da capital...colocamos o coração na ponta da chuteira e vencemos o o bom time cruzeiro,a bela torcida do cruzeiro e vencemos a arbitragem tmb....fomos superiores e q venha o galo,c Luxemburgo,torcida e arbitragem...p cima deles tigre...abraço Mario...

Blog do Marra disse...

Fala, Marcinha!
Você percebeu que eu quase citei seu nome?
Parabéns!!!