sexta-feira, 30 de abril de 2010

Quase classificado

O Cruzeiro fez valer a força de jogar no Mineirão.
Mostrou um futebol envolvente e Adilson, que preferiu não entrar em polêmica, fez o treinador do Bolsos engolir algumas palavras.
Não quero entrar no mérito de tentar esquentar uma partida ou de colocar uma pimenta em campo, entretanto, Eduardo Acevedo priorizou a marcação pelos lados de campo e os gols do Cruzeiro saíram todos através do segredinho que Adilson traz: participação dos volantes.
A noite de Thiago Ribeiro foi espetacular. Ele, que carregava o rótulo de não marcar gols, participou ativamente da partida e fez os três gols do Cruzeiro.
A bobeada no segundo tempo é aceitável. Quase nenhum time joga 100% do tempo do mesmo jeito e com a mesma pegada e motivação. No entanto, não deixou de ser um risco para o próximo jogo, que será no Parque Central.
Mais até que o resultado, o Cruzeiro mostrou que superou tudo o que aconteceu nas últimas semanas.
O caminho para a conquista está aberto e se o time repetir o mesmo futebol...é possível.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Coluna de O TEMPO de sexta

A hora da decisão

Ninguém vence ou perde de véspera. O grande dia da final é domingo e até lá as equipes vivem a expectativa da decisão. O Ipatinga precisa da vitória com dois gols e parou para assistir ao jogaço de quarta, entre Atlético e Santos. Gilson Kleina deve ter observado tudo. As movimentações e ocupações de espaço, a bom toque de bola e a noite muito inspirada de Diego Tardelli. Kleina já sabe que o Atlético tem a cabeça dividida entre a final e o jogo contra o Santos. Além disso, o Galo está bem mais cansado que o Tigre. Analisando as últimas atuações do Ipatinga no Mineirão não é errado afirmar que a torcida atleticana vai ter mais importância do que se imagina. O Ipatinga, bom e rápido, vai encontrar um Atlético bom e cansado. Quanto ao Galo, o que mais tenho ouvido é que Luxemburgo está conseguindo dar uma cara bonita e eficiente ao time, entretanto, é importante elevar a reflexão e lembrar que investir nele não é fácil, Alexandre Kalil teve ousadia e está recebendo como presente pelo esforço um time bem melhor que os times dos últimos anos. Não tem como ser diferente: o Atlético é favorito, no entanto, é bom lembrar que ninguém perde ou ganha de véspera.

Dunga- O treinador da seleção não tem lembrado do nome de Diego Tardelli e o próprio atacante atleticano sabe que o futebol do ano passado era melhor que o atual. Entretanto, a bola que Tardelli jogou contra o Santos foi muito acima da média. Diego Tardelli mostrou que pode ser um jogador decisivo em momentos cruciais. Quem foi ver o Ganso, viu Tardelli.

Triste- Deprimente ver Ronaldo Fenômeno dominando com a canela e tendo dificuldades para correr e driblar. Fico aqui me perguntando se é mesmo necessário que ele passe por isso. O Corinthians depende do talento de Ronaldo para vencer? Ronaldo depende do Corinthians para viver? É triste ver que até ele virou refém das verbas que ele leva ao clube.

Mourinho- Na Suíça o nome era Ferrolho, na Esapanha era Cerrojo. Os franceses chamavam Verrou e os alemães apontavam o esquema Riegel como um eficiente esquema defensivo. No entanto, os italianos aperfeiçoaram e fizeram do Catenaccio um marco em busca das vitórias por 1 a O. O português Mourinho, técnico da Inter, buscou nos esquemas defensivos a vaga para a final da Liga dos Campeões.

Pinchas- O tempo passou e os campeões da Libertadores só melhoraram. O time mostra muita maturidade e eficiência. Sem vários titulares e depois de encarar 12 horas de viagem, o time de Sabella conquistou mais uma vitória, agora no México. A manutenção do elenco e do treinador são fatores importantes para que o Estudiantes siga forte na Libertadores e busque o título argentino.

Vai começar o Brasileirão

Quando se fala em campeonato brasileiro o que não falta é motivo para dar palpite, apostar, errar, acertar e conversar. As perguntas mais freqüentes são as mesmas todos os anos: quem vai ser campeão e quem será rebaixado. Entretanto, muitos outros campeonatos correm lado a lado, enquanto a maior disputa está em jogo.

Logo na primeira rodada a expectativa gira em torno de quem será o primeiro jogador a marcar. Alguém, ainda nos primeiros jogos, vai lembrar: “se o campeonato terminasse agora”, mas só termina em dezembro. Todo ano é a mesma história e um time que era apontado como provável rebaixado começa a vencer dentro e fora de casa e algum outro filósofo do mundo da bola vai perguntar se aquele time é ou não um “cavalo paraguaio”. Qual técnico vai cair primeiro? Em qual rodada ele cai? Quem será o artilheiro? Quem vai para a Libertadores? O discurso, as apostas e as perguntas são as mesmas e, ainda assim, o Brasileirão é o melhor campeonato do Brasil.Não perde o charme nem com escândalos de arbitragem ou com o êxodo de jogadores.

O Brasileirão 2010 vai oferecer um obstáculo novo que pode alterar o percurso de qualquer equipe. Por ser ano de Copa do Mundo o campeonato será interrompido após a sétima rodada. Quem largou bem e começou a despontar como favorito fica com a obrigação de manter a pegada e a motivação. Já os times que, ao final da sétima rodada, estiverem ameaçados de rebaixamento terão um mês para os ajustes, que normalmente passam pelas modificações nas comissões técnicas. No entanto, a interrupção para a disputa da Copa do Mundo é apenas mais um obstáculo do campeonato.

O pior de todos é a famosa janela de transferências internacionais. Aí entra em cena a verdadeira expectativa dos times. Algumas equipes claramente fazem a opção de abrir mão da disputa pensando na saúde financeira dos times. Outros, acreditando na boa largada inicial, observam a janela como oportunidade de reforçar a equipe e aproveitam a ocasião.

Até a Série B sofre com a abertura da janela e a disputa se abre muito. Em 2009, O São Caetano lutou por mais da metade do campeonato para não cair para a C. Bastou que alguns reforços chegassem com o novo treinador para o time passar a sonhar com o acesso à elite. Atlético, Cruzeiro, América e Ipatinga entram com igualdade de condições sem suas lutas. Os dois gigantes são apontados como candidatos a tudo. Podem buscar o título e quem busca a taça acaba premiado com a vaga da Libertadores. América e Ipatinga não tem a companhia de nenhuma equipe gigante na B. Por lá, os favoritos são Sport, Coritiba e talvez o Bahia. Sempre um paulista aparece bem, mas a disputa é viável para os mineiros. Vai começar a festa! Já tem palpite? Boa sorte!

Jogaço no Mineirão

O que dizer de um duelo que quase ficou reduzido a Luxemburgo x Santos?
O Galo foi muito bem no primeiro tempo e o Santos acertou o posicionamento na segunda etapa.
Os dois times procuravam o ataque e Diego Tardelli resolveu ser o melhor jogador da partida.
Logo aos 2 minutos, Carlos Alberto cruzou e Diego Tardelli desviou para o gol.
A posse de bola era atleticana e o Santos tentava e não conseguia marcar.
Aos 40, Muriqui tocou para um veloz Júnior, que cruzou e Tardelli fez o segundo em posição irregular.
Quando tudo indicava que os times já iam para o vestiário no 2 a 0, Wesley achou um ótimo passe para Robinho e ele fez o primeiro do Santos.
No intervalo, Luxemburgo investiu em defender. Colocou Jonílson no lugar de Corrêa e o Galo ficou com um quadrado no meio. Jonílson e Zé Luís lado a lado e Fabiano perto de Ricardinho.
Aos 5, Muriqui, de novo, colocou Tardelli na cara do gol e ele fez o terceiro dele e do Galo.
O Santos mudou e Mancha entrou no lugar de Marquinhos. O objetivo era reposicionar e encaixar a marcação - deu certo!
O Galo perdeu posse de bola e começou a errar passes. O ataque atleticano só chutou mais uma vez ao gol no segundo tempo.
Zé Eduardo entrou apostando em segurar Carlos Alberto e atacar.
Dos pés dele saiu a bola para Ganso cruzar para Edu Dracena diminuir.
Jogaço que terminou em 3 a 2.
Tudo pode acontecer na Vila Belmiro.

Confira as imagens do jogo












Fotos:Vander Ribeiro

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Entre tapas e beijos

A relação entre imprensa e torcida deveria ser boa.
Apenas boa e nada mais.
Entretanto, o mal uso gerou problemas e conflitos.
Não são poucos os casos de favorecimentos a jogadores e clubes.
A distorção não é e não pode ser o padrão.
A opinião deve ser vista apenas como opinião e deve ser emitida livremente e com o respeito e isenção necessários.
Procuro zelar pelo que faço e tenho a preocupação de argumentar nas minhas opiniões.
Trazer exemplos e enumerar lances e situações transformam a impressão em fato.
Recebi um comentário e quero dividir com os leitores.

"Isso é enganar o torcedor. Por muito pouco o Galo não ficou de fora da semifinal deste campeonato mineiro. A torcida, tão sofrida, está mais uma vez iludida. Culpa de ambos. De vcs que são irresponsáveis ao transformar japoneses em craques e dos próprios torcedores que parecem não aprender nunca."

Dar a opinião se um jogador foi mal ou bem não se encaixa em responsabilidade ou irresponsabilidade. Achar o cabelo da Mariana Ximenez bonito ou feio é questão de opinião. Criticar o corte do terno do Lula é opinião. Achar que o Corrêa é um bom jogador...opinião ou responsabilidade?

Como jogar contra o Santos?

O Santo André até mostrou que o bicho não é tão feio assim.
No primeiro jogo das semi, o São Paulo também mostrou que o Santos tem falhas.
Entretanto, o Santo André perdeu e o São Paulo também.
É difícil jogar contra o Santos. Os meninos são bons, leves e audaciosos.
O que fazer? Partir para cima e pressionar? Ficar quietinho, bem fechado e arriscar contra-ataques?
O ideal é jogar, encarar. Dar espaço é aceitar a superioridade, no entanto, é necessário ter um bom balanço defensivo e precaução.
O que você faria?
Encarar os meninos ou esperar as falhas?

Se correr o bicho pega

O fim do campeonato inglês reserva dias de inquietação aos torcedores do Liverpool.
Faltam apenas dois jogos para os times que disputam o título (Chelsea e Manchester United) e para Liverpool e Aston Villa, que lutam pela última vaga para a Champions League. Entretanto, Tottenham e Manchester City - que também querem a quarta vaga - ainda entram em campo três vezes.
O Liverpool corre sério risco de não disputar a próxima edição e para piorar pode dar o título ao arquirrival Manchester United. A tabela marca um jogão em Anfield, entre Liverpool e Chelsea. Se o Liverpool vencer ele pode dar de mão beijada a taça aos red devils e o título coloca o Manchester United como o maior vencedor, ultrapassando o próprio Liverpool.
É certo que muitos torcedores até gostariam de ver o Chelsea campeão, mas entregar o jogo...

domingo, 25 de abril de 2010

A vida começa aos 40

Início do Ipatinga


O Atlético deu importante passo na busca do quadragésimo título estadual.

Quem assitiu aos 15 minutos iniciais da decisão, não poderia imaginar como o jogo mudaria de cara e de comando.

O Ipatinga foi agressivo até abrir o placar aos 11. O sistema defensivo atleticano falhou.

Gol acordou o Galo e assustou o Tigre

Com Correa organizando o meio e fechando espaços na direita, Tardelli e Muriqui apostando na velocidade, o Atlético conseguiu uma penalidade e o empate.

Correa, em jogada individual, sofreu a falta na área. Tardelli conferiu.

Ao contrário do Ipatinga, o Galo, quando balançou as redes, continuou atacando.

Werley, Fabiano, Muriqui e Tardelli perderam chances de virada.

Mesmo com várias oportunidades de gol, a primeira etapa terminou com o 1×1.

Atlético continua melhor

Os times voltaram do intervalo sem mudanças.

O Atlético manteve o pé no fundo do acelerador.

Em alta velocidade, Diego Tardelli colocou Muriqui na cara do gol.

O atacante, com drible de corpo, se livrou do zagueiro Max e fez o gol da virada logo no quinto minuto.

O Ipatinga pouco atacava.

Mudanças


Luxa aproveitou a situação confortável e mexeu na equipe.

Talvez pensando no confronto diante do Santos, quarta-feira, pela Copa do Brasil, formou a dupla de volantes com Jonilson e Zé Luís.

Correa, cansado, deu lugar ao paraguaio Benitez que compôs a linha de 3 zagueiros.

Nem deu tempo para avaliar.

Em cobrança de Luisinho de falta, a defesa atleticana bobeou de novo e a bola entrou diretamente no gol.

Apareceram a maturidade do time e a qualidade de Luxemburgo.

O Galo não mudou sua postura por causa do empate.

E Luxa, observando o congestionamento no meio, trocou Leandro pelo experiente Júnior. Ele entrou bem aberto, com liberdade para atacar pela esquerda.

Dos pés de Júnior saiu o passe para o gol da vitória. Muriqui desviou a bola na saída do goleiro.

O quadragésimo título parece muito perto.

Ajudado pela paz interna

O Atlético vive um momento de paz política.

A organização do clube aponta para um futuro melhor.

sábado, 24 de abril de 2010

Mano x Luxa

Inconformismo ou chatice pura?
Jogo de cena? Desvio de foco?
Luta por popularidade? Recado direto ao Ricardo Teixeira?
Quais os motivos que levam Mano Menezes a cutucar quem está quieto?
Luxemburgo não é santo e nem precisa de defesa, mas o técnico do Corinthians também não é nenhuma santidade e partiu para cima de forma muito estranha.
Vanderley Luxemburgo defendeu a convocação de Neymar e Mano disse que o Luxemburgo que defendeu era o mesmo que colocara o menino no banco ano passado.
Aí lembrei até de Raul Seixas: "prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo".
Todos podem mudar de opinião e mudam de opinião.
Já achei o Robinho apenas um firulento e hoje reconheço a importância dele.
Já apontei Ibrahimovic como dos melhores do mundo e hoje apenas vejo nele um grande jogador.
O problema é que o treinador (e Mano sabe disso) é obrigado a tomar decisões e algumas podem ser erradas. Entretanto, vale uma reflexão: ano passado Neymar era tudo isso? Ele oscilava e Luxemburgo optou por outros e depois por ele de novo.
Mano Menezes parece não estar feliz com a ótima campanha do Corinthians e prefere lutar por todo espaço possível.

Blog La Pelota dá dicas sobre o Nacional


A sugestão foi do blogueiro Rivelle Nunes.

Tradição, muita tradição em Libertadores. Este jogo reunirá o maior número de títulos do torneio entre os jogos das oitavas-de-final: cinco (três do Nacional, dois do Cruzeiro).

Os uruguaios conseguiram ser os primeiros do grupo 6, mas a torcida anda meio desconfiada do time. Culpa da excelente campanha do Peñarol no campeonato local, o que aumentou a cobrança sobre o maior rival. O time poderia estar muito mais forte, se no começo da temporada mais uma vez o futebol europeu não tivesse levado para longe uma estrela nascente do futebol sul-americano, Nicolás Lodeiro.

Sem ele, o Nacional ainda não encontrou exatamente qual rumo seguir, mas vai buscando acertar o meio-campo, que é baseado em dois Morales, ambos muito experientes. Oscar Javier é uruguaio e volante pegador, enquanto o argentino Ángel, ˜el Matute˜, é o criador de jogadas, o camisa 10. Ele é o retratado na foto acima.

Experiência sobra ao Nacional também nos outros setores. A defesa tem Alejandro Lembo, 32 anos e passagens por vários clubes da Europa. O ataque conta com Mario Regueiro e Gustavo Varela, dois que estiveram na Copa de 2002 com a seleção uruguaia.

Outro jogador interessante é o ala/volante Álvaro Gonzalez, ex-Boca Juniors. Convocado pra os jogo da repescagem da Copa contra a Cota Rica, Gonzalez corre por fora para figurar na lista final de Oscar Tabarez para a África do SUl.

O time tricolor confia muito na possibilidade de decidir este confronto no histórico estádio do Parque Central, com a torcida bem próxima ao gramado, apoiando o time todo o tempo. Por isso, o Cruzeiro deve se preparar para enfrentar um time bem fechado no jogo do Mineirão, valorizando cada segundo ganho.

campanha do Nacional: 12 pontos, 6j, 3v, 3e, 0d, 9gp, 4gc

campanha do Cruzeiro(na fase de grupos): 11 pontos, 6j, 3v, 2e, 1d, 12gp, 6gc

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A luta da Libertadores continua

Sem perder a ternura...
As definições dos confrontos estão aí. Não vai ter moleza para ninguém.

Corinthians x Flamengo- Dureza para os dois. O Corinthians é melhor, mas o adversário espera muito por uma chance para sair da confusão e da maré. O melhor classificado contra o pior, entretanto, a diferença técnica não é tão grande assim.

Universidade de Chile x Alianza Lima- O Alianza Lima mostrou ser um time certinho, fez 4 a 1 no poderoso Estudiantes e vai pegar a "LA Ú", que é dos invictos na competição. Até achei o Alianza Lima melhor, mas a decisão é no Chile.

Vélez x Chivas- O Vélez é um bom time, mas vai sofrer 12 horas de avião para o México e pega um time forte e de tradição. Tomara que dê Vélez! É duro aguentar, à força, os times do México.

Libertad x Once Caldas- Taí outro invicto: o Libertad, que vai jogar contra outro time interessante. O Once Caldas já foi campeão e tem boa técnica, velocidade e altitude.

São Paulo x Universitário do Peru- O tricolor paulista foi o líder do grupo, mas perdeu uma vez e o Universitário foi o segundo e terminou a fase a classificação
de forma invicta. O Universitário vem de quatro empates consecutivos, o que indica que vai vender caro uma possível eliminação.

Nacional x Cruzeiro- Ano passado o Cruzeiro foi ao Uruguai e fez 4 nos "bolsos", mas os tempos mudaram. Outro invicto, o Nacional é um time que investe em bolas altas para a área e matar jogada no meio de campo. O estilo do Cruzeiro não casa com o do Nacional. A arbitragem vai ser fator muito importante para o Cruzeiro.

Estudiantes x San Luis- O atual campeão é outro que vai ter que viajar 12 horas para encarar um mexicano. Aponto o Estudiantes como o principal favorito ao título. O time é bom, experiente, frio e muito técnico. Contudo, a viagem é desgastante e o resultado pode atrapalhar os planos de Verón e companhia.

Inter x Banfield- A melhor defesa contra o melhor ataque. O Banfield é um time e o Inter também. Creio que se o Colorado jogar um futebol na média do que pode apresnetar o time passa. O problema é que o time nunca atinge o potencial que tem.

Sentido de grupo

O fato de o Atlético levar todos os jogadores do elenco até Ipatinga para viverem os momentos decisivos do campeonato é muito bom, digno e elogiável.
Algum ranzinza vai dizer que é dinheiro jogado fora, no entanto, para mim é investimento.
Os jogadores devem participar de uma senhora palestra e vão para o campo de jogo muito motivados. Jogadores machucados como Obina e Serginho vivem a rotina dos outros atletas e merecem participar de um momento tão importante como o atual.
A lista traz Lima, Reinaldo, Hugo, Jataí, Sheslon e muitos outros.
Taí a lista completa:


Goleiros: Aranha, Marcelo, Carini e Renan Ribeiro

Laterais: Júnior, Rafael Cruz, Coelho, Sheslon e Leandro

Zagueiros: Jairo Campos, Benítez, Cáceres, Samuel, Werley e Lima

Volantes: Jonílson, Jataí, Correa, Fabiano, Zé Luís, Carlos Alberto e Serginho

Meias: Renan Oliveira, Giovanni, Ricardinho, Evandro e Hugo

Atacantes: Marques, Obina, Diego Tardelli, Muriqui, Pedro Paulo, Cristiano e Reinaldo

A lista de dispensa

Não gosto e não vejo muito proveito em divulgar lista de jogadores dispensados.
Até porque muitas vezes as tais listas ficam recheadas de jogadores que não fazem muita falta mesmo.
A lista divulgada pelo Cruzeiro não altera a cotação do Euro.
O único nome é o do Bernardo. Os outros ou são pérolas que podem se perder pelo caminho do fascínio pelo obscuro, ou não representaram quase nada para o clube.
O que é questionável é se a divulgação se faz necessária? Qual é o objetivo?
Os jogadores se desvalorizam imediatamente e uma mancha é criada na carreira dos atletas.
O grupo de jogadores também sente. Não é nada agradável saber que um colega está exposto às feras.
O ideal é que ninguém perceba quando todos saírem.
Entretanto, muitos clubes e até mesmo o Cruzeiro preferem passar longe do ideal e nem cogitam o razoável.

SUPER de domingo

É com você, Sálvio!

Quais as virtudes das equipes que vão decidir o Mineiro? O que o Ipatinga mostrou para chegar até aqui? O Tigre tem muito claramente definido um plano eficaz de defesa. O time foi montado pensando em se defender e a estratégia tem dado um resultado muito bom. Os zagueiros são fortes, altos e têm boa recuperação; os volantes protegem a defesa e acionam a armação com boa velocidade e o goleiro Douglas vive uma fase muito acima da média. O Atlético já assimilou a proposta de trabalho do técnico Vanderlei Luxemburgo? O que caracteriza a equipe alvinegra? Ainda não é possível assegurar que a metodologia de trabalho de Luxemburgo foi totalmente compreendida pelos jogadores. O caminho é longo, falta muito, entretanto, a direção está correta. O Atlético é um time com vocação ofensiva. O meio é repleto de bons passadores e homens que conseguem jogar com bolas longas. O ataque tem a marca da velocidade em direção ao gol. Entre as virtudes do Ipatinga e as qualidades do Galo está um homem. Com ele pode estar o sucesso e o fracasso. No entanto, tomara que o árbitro Sálvio Spínola Fagundes apenas observe a movimentação e deixe a rolar sem maiores dúvidas, constrangimentos e interferências.

Arbitragem- Sálvio Spínola chegou para a hora do filé. Os árbitros mineiros roeram o osso e foram deixados de lado. Entretanto, uma reflexão se faz necessária: é possível um árbitro FIFA errar tanto como Ricardo Marques errou na semana passada? É fato que o campeonato foi carregado de sombras e erros, mas o que houve no jogo entre Cruzeiro e Ipatinga foi demais!

Libertadores- O tricampeão da Libertadores é o único representante do futebol uruguaio e está invicto na competição. O Cruzeiro pode muito bem vencer e se classificar. Não se iluda com aquela imagem do Nacional perdendo ano passado. O time está bem mais encorpado e experiente. O choque da escola da habilidade brasileira e técnica e força uruguaia não permite favoritismos.

Afastamento- Quais as vantagens de liberar uma lista de jogadores que não interessam mais ao Cruzeiro? Não consigo concordar com a atitude. Os jogadores, alguns patrimônio do clube, são imediatamente desvalorizados. O treinador fica exposto a uma avaliação subjetiva e o clime de terror se aproxima do ambiente.

Copa- Perto do início da disputa da Copa e a bruxa anda solta. Vários jogadores importantes de diversas seleções passam a conviver com as dores e a incerteza. A Espanha sofre com as contusões de Fábregas e Fernando Torres. Os dois são titulares e representam muito para a Fúria. Torres deve ter condições de jogar a segunda partida da Espanha, mas será que o atacante estará em condições ideais?

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Um Atlético maduro

Jogar na Ilha do Retiro já foi motivo de pavor, no entanto, pelo segundo ano consecutivo, o Galo foi até Recife e voltou com a vitória. Vitória era mais do que precisava, mas a frase mais falada e repetida pelo treinador parece ter feito algum sentido: "o medo de perder tira a vontade de ganhar".
O Atlético não foi defensivo, foi bem posicionado.
Aquele espaço enorme que o meio de campo oferecia não apareceu mais.
A formação com Zé Luís mais perto da zaga e Corrêa e Fabiano fechando e saindo com qualidade mostrou ser efetiva e bloqueou o Sport.
Com meia hora de jogo o Galo já havia matado o jogo. No segundo tempo, Luxemburgo até poupou jogadores e evitou punições.
O que era para ser um jogo complicado e perigoso foi convertido em um jogo controlado que poderia ter sido uma goleada incrível.
A agenda atleticana marca o primeiro jogo da final mineira e, pela Copa do Brasil, um certo Santos.
O Peixe é o melhor time do Brasil, mas aquele Atlético que entrava em campo já derrotado parece ter ficado no passado.

Coluna de O TEMPO de 23/04

Encontro marcado

A Copa do Brasil reserva para a próxima semana um encontro marcante no Mineirão. Na quinta, tem Atlético x Santos. Vanderlei Luxemburgo vai rever alguns de seus jogadores em 2009 e o público de Belo Horizonte vai ter a oportunidade de ver os meninos do Santos bem de perto. Para quem quer ser campeão o ideal seria evitar encontrar o Santos, no entanto, a tabela já acenava para o confronto e ele foi inevitável. O Santos é imbatível? Não. Na verdade, o Santos até perdeu mais em 2010 que o próprio Atlético. O Peixe perdeu para o Mogi Mirim e Palmeiras, com o time titular e com os reservas perdeu para o Guarani. O Galo foi derrotado duas vezes. Uma no Mineiro, para o Cruzeiro e na Copa do Brasil o time de Luxemburgo perdeu para a Chapecoense. Entretanto, ninguém no Brasil joga um futebol mais bonito e vistoso que o Santos. Para que o Atlético consiga passar para a próxima fase é necessário que o time jogue um futebol acima da média do que tem jogado até agora. Vanderlei armou muito bem a equipe contra o Sport e o esboço do time parece estar montado, mas será que consegue parar o Peixe e ainda obter vantagem? Uma coisa é certa: atualmente o Atlético só é derrotado quando o jogo acaba.

Finais- Antes de Neymar, Robinho e Ganso, o Atlético tem pela frente um time que não toma gols. O Ipatinga foi programado para jogar bem defensivamente e sair em alta velocidade e com qualidade ao ataque. Mesmo jogando muito desfalcado, o time do Vale do Aço mostrou que tem um padrão de jogo estabelecido e é altamente perigoso nos contra-ataques.

Libertadores
- A hora de o torcedor do Cruzeiro reclamar do treinador e questionar os jogadores já passou. A Libertadores é a competição e ponto final. Vale a pena romper com o time? A hora é de abraçar a equipe e erguer a cabeça. É perfeitamente possível ver o Cruzeiro jogar um bom futebol novamante.

Lições
– A eliminação no Mineiro abriu folga na agenda e pode ajudar a reparar erros que precisam ser evitados. Quantos gols a defesa do Cruzeiro tem levado do mesmo jeito? Será que os adversários não perceberam que a defesa oferece espaços e a recomposição às vezes é lenta? É preciso voltar a ter a confiança da torcida e é preciso reparar erros costumeiros.

África- A bruxa que sempre passa antes da Copa do Mundo está assustando muita gente boa. Drogba, Kaká, Fábregas e Torres sabem do que estou falando e sofrem em busca da recuperação clínica para a Copa. Enquanto isso, argentinos e holandeses observam seus melhores jogadores em ótima forma. Messi e Robben já estão no clima da competição. Todo cuidado é pouco com eles.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Niño pode ser desfalque fatal

Desde a saída de Luiz Aragonés que a seleção da Espanha não é a mesma e ainda assim o time é ótimo. Entretanto, a cirurgia de Fernando Torres tira o brilho do ataque. David Villa é ótimo, mas quando joga com Torres seu futebol atinge um nível ainda mais elevado.
Niño Torres tem previsão de volta em 6 semanas, ou seja, dá tempo - mas é o limite!
A carreira de Torres é riquíssima. Apesar de muito jovem, o Niño já passou de tudo um pouco.
Já caiu com o Atlético de Madri, já foi campeão do mundo juvenil, é detentor da marca de maior estrangeiro goleador em sua primeira temporada na Premier League.
Entretanto, o momento maior da carreira dele foi erguer a taça de campeão da Eurocopa 2008. O gol da vitória foi marcado por ele, contra a Alemanha.
O ataque da Fúria é muito rápido e técnico. Villa se mexe muito e abre espaços para Torres, que é mais centralizado. No entanto, a versatilidade é uma marca do time que conta com Fábregas, Xabi Alonso, Iniesta, Xavi, Marcos Senna, Silva e...talvez a melhor dupla de ataque da Europa: Villa e Torres.

domingo, 18 de abril de 2010

América de olho na B

Terminou o Mineiro e a vida do Coelho está seguindo.
A diretoria deve anunciar a contratação do volante Luís Ricardo, que disputou o Estadual pelo Villa.
Luís mostrou ser um volante com boa técnica e boa cobertura.
É o início e pode ser o caminho certo.
O Mineiro mostrou alguns bons valores como Alex Santos, Ivonaldo, Thiago Marín, Alan, Mateus, Michel, Chiquinho, Cris, etc.
Vale a pena investir muito em jogadores que querem pouco?
Não é melhor apostar na base e investir em quem precisa jogar?

Adilson dentro do vulcão

As partes de um vulcão são as seguintes:

Cone ou edifício vulcânico – É a montanha formada pelas sucessivas erupções, que provocaram o acúmulo de materiais sólidos, tais como cinzas e lavas petrificada oriundas do interior da Terra. O cone tem forma afunilada, terminada na cratera.

Cratera – Boca afunilada que se forma devido às explosões que ocorrem na fase inicial da atividade, é a parte côncava situada no topo do cone e está ligada a cratera ao ponto de origem do vulcão.

Chaminé ou conduto – Abertura ou fenda através da qual os materiais são expelidos do interior da Terra para superfície, ligando a cratera ao ponto de origem do vulcão.

Caldeira ou câmara magmática - Bolsões profundos preenchidos pelo magma em encandeceste ebulição.

A relação de Adilson Batista com PARTE da torcida do Cruzeiro e da imprensa se caracterizou pela desconfiança. Desde a chegada e a primeira escalação de Marquinhos Paraná no lugar do badalado foguete molhado Apodi. Ele estava certo e deu certo!
A temperatura esquentou quando na semifinal, contra o Ituiutaba, Adilson tentou explicar o empate por 4 x 4 e chamou para si a culpa se rotulando de professor Pardal.
Ainda me lembro que encontrei com o presidente Alvimar Perrela nos corredores do Mineirão e ele falou que Adilson era muito trabalhador e não sabia conviver com decepções e que se rotular poderia ter sido um erro grave.
Obviamente o erro foi gravíssimo e BOA PARTE da imprensa preferiu não olhar para o fruto do trabalho dele e optou por investir no rótulo. Era o vulcão preparando a erupção.
Os títulos e a consistência do trabalho abriram espaço para Adilson ganhar o direito de ser admirado e ouvido. E ele falou.
Deixou claro que muitos não percebiam as variações que ele promovia dentro da partida. Destacou que alguns faziam críticas por torcerem por outro time. Afirmou que quem jogasse contra o Cruzeiro com dois meias seria goleado.
Adilson ganhava, goleava e não ficava calado e rebatia o que, ao modo dele de ver as coisas, parecia errado. Ele não rebatia por rebater, ele rebatia por ter certeza da qualidade de seu trabalho.
Adilson optou por colocar um time muito mesclado contra o Ipatinga e chamou a responsabilidade para seus ombros. Passou pela chaminé do vulcão e viu as explosões, correu pela cratera e se posicionou no topo do vulcão. Adilson não merece correr riscos, mas precisa repensar.
O início da coletiva foi horrível. Adilson mostrou que mais um jogo a desclassificação era para ele uma derrota pessoal: "a turma que não gosta de mim tem um prato cheio". Novamente, ele não precisava disso.
O trabalho dele vai prevalecer, não porque ele compra brigas e sim porque ele trabalha bem.
Iniciar a coletiva chamando a responsabilidade é diferente de iniciar alfinetando SETORES da mídia.
A forma ainda foi pior. Expor o clube, em uma semifinal, para provar que o elenco suporta e o trabalho é bem planejado foi um erro que a história condena.
Adilson é um excelente treinador, mas o brilho dele só é acentuado por causa do Cruzeiro. O Cruzeiro não precisa ter um treinador que goleia quando encontra um time com dois meias. O Cruzeiro não precisa de um técnico que sabe até qual a cor da chuteira que treinou o Francismar. O Cruzeiro precisa das vitórias e Adilson precisa repensar.
Repito, com a maior tranquilidade do mundo: Adilson é um ótimo treinador, que varia o jogo, que sabe muito mais do que eu, que trabalha duro, que estuda muito, que é e será mais vencedor ainda - mas ele poderia agir de forma diferente e não encarar tudo como perseguição. Adilson preferiu encarar a vida dura de residir muito perto do vulcão.
Força, Adilson!

Ipatinga: programado para ser bom

Assim que a agenda do Ipatinga terminou em 2009 (e eu estava no Ipatingão) pensei que 2010 seria o ano da queda para a C do Brasileiro. O time teria que passar por uma renovação e Flávio Lopes já dava sinais de que bateria de frente com a direção.
No início do Mineiro, logo na primeira rodada, o técnico Flávio Lopes caiu.
Estava em São Paulo, consequentemente distante, e de lá conversei com pessoas que conhecem a rotina do Tigre, todos garantiram que a demissão e a derrota inicial não iriam atrapalhar em nada e que o Ipatinga estava forte. Acreditei, ainda que questionando muito.
E logo veio a oportunidade de ver o time, já dirigido por Gilson Kleyna, jogar.
Gostei do que vi. Time com a clara prioridade de se defender. Três zagueiros fortes e rápidos e uma dupla de volantes de forte pegada, um deles saía um pouco mais. O ataque também parecia ter sido friamente calculado para usar a velocidade. Nenhum grandalhão e aposta na contra-ataque.
Os jogos davam mais maturidade e confiança. A defesa ganhava solidez e o Tigre havia se adaptado ao programa para o qual havia sido montado.
Era quase um robô. A primeira função era a de defender e utilizava vários recursos para tal. A segunda função era a de tentar vencer e o método usado era a velocidade.
Encarar o Cruzeiro em duas partidas seria um desafio duro, entretanto, jogar como zebra é tudo o que o Ipatinga precisava. O programa já estava decorado: defender, defender e aproveitar algum erro.
O que não estava no script era a sequência de contusões atingindo atletas chave.
Os jogos contra o Tupi valeram a classificação e custaram as ausências de Thiago Matias (zagueiro da sobra pelo meio), Jaílton (primeiro volante e protetor da zaga), Jajá (atacante que se fazia de meia, pelos lados), Amilton (atacante de velocidade pelos lados).
Se o Cruzeiro já era o favorito, os desfalques pesavam ainda mais.
Só que o Cruzeiro não marcou no primeiro jogo e a decisão ficou para a segunda partida.
Quando Adilson resolveu poupar meio time (esteja certo disso) o técnico Gilson Kleyna teve a arma que faltava para aumentar o estímulo dos atletas. O discurso não deve ter fugido de: "Vocês conseguiram chegar até aqui...ninguém reconhece o valor de vocês...chegou a hora de surpreender...olha a escalação do Cruzeiro...repare no banco de reservas...Leonardo Silva, Paraná, Thiago Ribeiro, Jonathan, Gilberto e Kléber...até o Adilson está tirando onda com vocês...vamos lá...eu acredito em vocês...pensem em suas famílias...eles estão com vocês..." Deu certo!
O Cruzeiro tentou e parou na defesa e em Douglas. O Ipatinga tentou e achou os buracos que todos nós sabemos que a defesa do Cruzeiro tem.
Já não acho mais que o Ipatinga vá cair no Brasileiro, o time parece ter virado um robô preparado para entender quais são as virtudes dos adversários e está programado para ser eficiente e bom.
Agora é hora da final.Novamente o Ipatinga é zebra. Novamente não tem vantagem. Já imaginou o discurso?

Galeria de fotos:


Confira as imagens da classificação do Tigre













Fotos: Vander Ribeiro

sábado, 17 de abril de 2010

O Ricardinho que eu vi

É impossível querer que um sanduíche comprado na esquina tenha o mesmo sabor de um churrasco com amigos. Não dá pra exigir que o meu velho celular funcione com a perfeição de antes. Querer que Belo Horizonte tenha o silêncio de Nova Lima é bobagem. Por que então cobrar de Ricardinho atuações de Alex? Como exigir dele uma velocidade que ele não tem?
O Ricardinho que entrou em campo contra o Democrata mostrou um ótimo futebol.
Mexeu bem, ocupou bem espaços dos dois lados e principalmente colocou os companheiros na cara do gol com muita classe e calma. Ricardinho é jogador de futebol, é muito bom homem de meio de campo. Entretanto, o estilo dele é aquele. Cadência, valorização de posse de bola e toque refinado.
Tardelli ficou na cara do gol. Carlos Alberto, Corrêa também. Sem falar, é claro, na preparação das jogadas. Na minha visão Ricardinho foi o grande destaque do Atlético.
A vaga para a final chegou e falta saber contra quem.
Uma coisa é certa: o Atlético não terá vida fácil mais. Não é na final, é até o fim do ano. Agora acabou a brincadeira e chegou a hora da verdade.

Sessão "Me engana que eu gosto" III

Os sortudos, os azarados e os confessos

A segunda rodada das quartas de final do Mineiro começou bem antes de a bola rolar. Na hora marcada para a execução dos sorteios dos árbitros uma equipe de televisão chegou para filmar o entra e sai das bolinhas. A Federação recebeu a equipe com simpatia e informou que o sorteio seria realizado em cinco minutos, e assim foi.
Os nomes indicados foram ao trabalho, contrariaram uns e alegraram outros – como de costume.
E a bola rolou, os árbitros erraram, acertaram e a vida seguiu.


André Luiz Martins Dias Lopes

Os nomes de André Luiz Martins Dias Lopes e Ricardo Marques Ribeiro não apareceram nas escalas. Pelo contrário, os dois entraram com pedidos de afastamento do campeonato. André Luiz, árbitro promissor - que carrega fama de mostrar muitos amarelos – pediu afastamento por um mês. Pressionada, a Comissão de Arbitragem, justificou de duas formas a ausência de André. Para o América Futebol Clube foi falado que o árbitro estava lesionado e para a imprensa (Rádio Globo) a justificativa foi a de que a vida profissional dele estava agitada. A empresa dele estava precisando mais e mais de seus serviços.
As justificativas se mostravam inconsistentes. André Luiz encaminhou um ofício à imprensa e, com veemência, assegurou que estava bem física e clinicamente. A inconsistência era tão grande que André Luiz acabara de passar nos testes físicos da CBF.
A justificativa profissional também não se sustenta quando percebemos que o nome dele estava em 10 das 11 rodadas da fase classificatória. Na classificação ele pode trabalhar e na fase mais complicada não? É bom lembrar que a primeira partida das quartas, entre Ipatinga e Tupi, André Luiz apitou e não fugiu de suas características mostrando vários amarelos.


Ricardo Marques Ribeiro

O único árbitro FIFA de Minas Gerais trabalhou em 10 dos 11 jogos da fase da classificação. Ricardo trabalhou também na Copa do Brasil e poderia ter apitado na Libertadores. Mesmo tendo apenas 30 anos, Ricardo carrega no currículo a participação na final da Copa do Brasil de 2009. Entretanto, Ricardo não trabalhou nos jogos das quartas de final. Ele surpreendeu a todos entregando um pedido de licença até o dia 12 de abril. Os motivos? Particulares. O árbitro FIFA, que é formado em jornalismo e estudante de Direito, tentou justificar sua licença alegando que a vida acadêmica estava deixada de lado e necessitava de mais atenção naquele período. Ricardo Marques nem participou dos exames da CBF, realizados no dia 05 de abril. O que estranha é que os estudos também tomavam tempo na fase de classificação e, ainda assim, ele só não trabalhou em uma rodada. Ricardo poderia sinalizar que pode investir na futura profissão, no entanto, ao voltar da licença, Ricardo Marques pegou um avião e foi para o Espírito Santo. Lá, ele participou do treinamento da CBF, realizou testes físicos e foi aprovado. Ao sair de Belo Horizonte e optar pela realização dos exames da CBF em Vitória, Ricardo perdeu uma prova de Direito Administrativo, na Faculdade. Algo além da vida acadêmica pode ter retirado Ricardo Marques da seqüência. Como alguém declara priorizar a vida acadêmica e, uma semana depois, perde uma prova de Direito Administrativo para realizar os exames que um árbitro FIFA tem que cumprir? O que teria desapontado e desencantado o árbitro Ricardo Marques Ribeiro?


A Comissão de arbitragem

Após a saída do ex-árbitro Lincoln Afonso Bicalho, o cargo de responsável pela arbitragem em Minas foi ocupado pelo professor de futebol, da Escola de Educação Física da UFMG, Jurandy Gama Filho. Ao assumir, Jurandy já ouviu declarações do presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, de que Jurandy teria ligações com o Clube Atlético Mineiro.
A Comissão de Arbitragem teria como funções primordiais renovar o quadro, passar e dar credibilidade aos árbitros. Visando atingir a credibilidade, Jurandy abriu, ao final das rodadas, um papo com os presidentes chorosos e revoltados. O balcão de reclamações recebia com freqüência alguns dirigentes e Jurandy ocupou várias vezes os microfones para informar que convencera mais um presidente de clube.
Entretanto, algumas medidas - proclamadas como avanço – escancaravam as predileções da FMF. A Comissão de Arbitragem abria sorrisos para falar que os árbitros estavam se concentrando para os jogos. Os sorrisos murchavam e as sobrancelhas franziam quando Jurandy tinha que responder se todos os árbitros estavam concentrados. A resposta rebuscada era que ainda não havia recurso suficiente para que todos os árbitros e em todos os jogos pudessem se concentrar. Com e exigüidade de recursos a opção seria concentar apenas para os jogos mais importantes, ou seja, os jogos de Cruzeiro e Atlético. A credibilidade escoava. Escoou ainda mais quando tornou-se público e estampado o patrocínio obtido pela Comissão de Arbitragem. Se não existia recurso suficiente para concentrar...
Os recursos poderiam ter vários destinos: aparelhagem, treinamento, melhor remuneração, concentrações, premiações, etc. Em conversa com os árbitros o que foi dito era que o investimento seria em relógios especiais para a arbitragem e para melhorar a remuneração da Comissão de arbitragem e árbitros. Infelizmente, até hoje, a imprensa e os árbitros não foram premiados com uma prestação de contas por parte da Federação e Comissão. O Ministério Público teria sido informado e se dispôs a investigar quem recebeu o patrocínio, quem deu o recibo. Uma fonte ligada a Federação Mineira chegou a soltar a seguinte frase: “tomara que a Federação tenha recebido, mas eu acho que não foi ela quem recebeu”.
Privilegiando um dos esquecidos princípios – a credibilidade - a Comissão de Arbitragem deveria informar o valor do patrocínio e o destino dos recursos. Outra fonte ligada aos árbitros me informou que o valor é próximo de R$ 300 mil.



Elmivan Alves Andrade e Josué Otaviano Santos

Bem menos badalados que Ricardo Marques e André Luiz, e distantes das listas da FIFA e CBF, os árbitros Elmivan Andrade e Josué Otaviano viram o início de 2010 como o ano da virada nas suas vidas como apitadores. Elmivan Alves Andrade já um árbitro mais rodado e pouco prestigiado. Indicado para o quadro de árbitros pelo quase conterrâneo Alício Pena Júnior, Elmivan trabalhou logo na primeira rodada do Estadual. Deve ter comemorado com a família, no entanto, a festa parou por ali.
Outro que deve ter comemorado a presença na escala de árbitros foi Josué Otaviano Santos. Josué brilhou mais que Elmivan, não que tenha trabalhado mais. O brilho se deu pelo fato que o jogo entre Uberlândia e América ter sido televisionado, pelo PFC. O que intriga é a presença de Josué em um jogo de “vitrine” e o repentino desaparecimento dele das outras rodadas do campeonato. Um fato talvez possa ajudar a esclarecer. Josué Otaviano Santos não era para ter sido escalado. Na verdade ele não foi escalado para o jogo. O site Globoesporte.com (link: http://www.globominasmineiro.com.br/noticias/detalhe/1462) publicou a verdadeira escala de árbitros para a partida. Entretanto, o nome de Átila Carneiro não é bem visto pela direção do Uberlândia, que fez pressão e exigiu a alteração da escala. Jurandy Gama, informado que o presidente Everton Magalhães - do Uberlândia – havia ficado revoltado com o nome de Átila, tratou de exigir a alteração da escala e Josué Otaviano Santos teve a oportunidade de trabalhar.
O incrível das escalas de árbitros em Minas, que indica que os sorteios eram dignos de batidas quase que policiais da imprensa, é que os dois árbitros não apitaram mais. A credibilidade não foi alcançada.
Em busca da credibilidade perdida, o site da Federação optou por um posicionamento diferente do habitual e publicou quem participou do sorteio da última rodada das semifinais. Citou nominalmente o representante do Ministério Público, os representantes do Clube Atlético Mineiro e os órgãos de imprensa presentes. Tamanha preocupação com a lisura dos sorteios não foi vista no sorteio dos árbitros indicados para os jogos da Segundona mineira. O site não relata a presença de nenhuma testemunha acompanhando o sorteio. As outras rodadas e os outros sorteios também não foram tão concorridos e a FMF não informou se havia plateia. A divulgação - no site da FMF - de nomes de equipes de televisão, rádio e jornais se faz totalmente dispensável. É óbvio que as imagens, sonoras e declarações seriam levadas ao público. Então seria uma confissão de erro quando os outros sorteios não mereciam e não mereceram a mesma divulgação e estampada lisura? Qual a necessidade de se passar por correto?
Por que Elmivan Alves e Josué Otaviano foram deixados de lado? Para atender às escalas de outras divisões? E o discurso de renovação?

A Federação Mineira de Futebol e a Comissão de Arbitragem fazem claramente a opção por justificar pontos e situações. Justificativas não explicam, justificam. Entretanto, justificar ainda seria compreensível. No entanto, à luz de perguntas mais incisivas, a opção feita pelos dirigentes é a de tentar escapar.
- Por que Ricardo Marques pediu afastamento e depois perdeu prova?
- Por que André Luiz pediu o afastamento?
- Por que Átila Carneiro não pode cumprir a escala de árbitros em Uberlândia?
- Por que os árbitros só se concentram para os jogos de Atlético e Cruzeiro?
- Por que o dinheiro do patrocinador não é investido nos árbitros?
- Por que não foi feito um investimento na reciclagem de árbitros afastados?
- Por que não foi feita uma prestação de contas?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Antecipando o domingo - SUPER de 18/04

Qual é o melhor Cruzeiro?

O Cruzeiro, que disputou a Libertadores do ano passado, era melhor que o atual? Difícil dar uma resposta. O ideal seria falar que o Cruzeiro era um pouco diferente, no entanto, afirmar qual é o melhor é uma tarefa árdua. O time de 2009 tinha Ramires, Wagner e Fernandinho vivendo bons momentos. Ramires fechava muito bem e saía com alta velocidade. Até que o adversário percebesse ele já estava em situação real de gol. Wagner não era um armador cerebral, mas acelerava o jogo. Não dava combate, mas batia bem para o gol. Fernandinho é o tipo de jogador que é bom ter no time. Ele proporciona várias mudanças durante a partida. Pode atuar como lateral, meia e até um volante pela esquerda. O time de hoje tem a experiência de Gilberto, a proteção de Fabinho e a juventude de Diego Renan. Talvez o time tenha ficado mais lento e mais técnico. Mesmo sabendo que Gilberto não está rendendo tudo o que pode ele é um jogador acima da média. Tem bom passe e pensa rápido, usando bem estas características o Cruzeiro marcou contra o Colo Colo. Fabinho não tem dado a mobilidade que o meio tinha, contudo, ele protege melhor e é mais alto. Com Diego Renan o time sofre um pouco na recomposição, no entanto, o vigor e apoio são indispensáveis.

Banco- Outra diferença importante pode estar no banco de reservas. Ano passado dificilmente o jogo ofensivo mudava com a entrada de jogadores do banco. Em 2010 o Cruzeiro pode contar com Roger. É verdade que ele ainda não mostrou merecer uma sequência, mas é melhor ter ele no banco que não ter.

Campeão- O ano também passou para o Estudiantes. O time de Verón está mais maduro e melhor. Fernandéz, que havia saído, já voltou e Sosa proporciona uma chegada rápida e boa. Bosselli continua fazendo seus gols. Só no gol o nível caiu um pouco. Vejo Orion em um nível abaixo de Andújar. Um ponto que tem chamado a minha atenção é que os pinchas criam muitas oportunidades de gol.

Obina- Com tão pouco tempo de time e o Galo já sente falta de seu homem de área. Obina fez e fará muita falta na Copa do Brasil. O baiano tem bom posicionamento e vivia uma fase de encantamento, tudo o que ele tentava dava certo. Será que não seria aconselhável a contratação de um outro homem de área? Penso que sim, mesmo sabendo que no coração do torcedor só existe espaço para Obina.

América- Tempo de reflexão, planejamento e muito trabalho. A folga na agenda pode determinar o sucesso ou o fracasso. O tempo só não ser usado para desviar o olhar para brigas e confusões. É preciso dar o passo certo na formação do elenco. Na minha opinião o time tem que ser renovado com segurança. Euller, Flávio e Wellington Paulo são lideranças indispensáveis.

Adilson lembrou Parreira

Alguns sempre vão reclamar de Parreira.
Vão falar que a seleção de 94 não empolgava, que o time só foi campeão por causa do ataque, que Baggio perdeu e não o Brasil venceu. No entanto, a história registra que deu Brasil, deu Parreira.
O Cruzeiro que entrou em campo contra o Colo Colo mostrou algo semelhante ao que foi visto no time de Parreira. O time sabia o que deveria fazer e não fazia nafa que não fosse calculado. Consequência? O futebol não empolgou, mas o resultado veio.
Mauro Silva, Dunga, Mazinho e Zinho foram Fabinho, Paraná, Henrique e Gilberto. Quando Mauro Silva(Fabinho) saiu, o time teve mais bola - no entanto, a defesa mostrou sua fragilidade e erros de posicionamento. Ainda bem que Fábio estava na média elevada de suas atuações.
Ficou sim uma sensação de que as coisas poderiam ser de forma diferente, talvez a mesma que tivemos no jogo contra a Suécia.
Entretanto, às vezes Bebeto e Romário brilhavam e saciavam nosso desejo de ver arte em campo. O lance do gol de Thiago Ribeiro foi lindíssimo. Henrique com Gilberto, que com alta técnica achou Fabrício. O volante mostrou a diferença positiva entre ele e Fabinho e, de primeira, viu Gilberto em profundidade, o cruzamento saiu com perfeição e Thiago Ribeiro também coroou a jogada. Que belo gol!
Os buracos na defesa trouxeram o mundo real rapidamente de volta.
Foi bom, poderia ser melhor. Tal qual 94.
Acho que agora entendi os vários almoços entre Adilson e Parreira.

Coluna de O TEMPO

“A Federação Mineira de Futebol não tem a visão de proporcionar crescimento aos clubes do interior do Estado”


Poderia ser diferente


Todo ano e em muitos lugares algum escândalo se faz presente no futebol. Até o nosso carrasco de 1982, Paolo Rossi, esteve envolvido e foi punido por participar de manipulação de resultados. Na Itália, a poderosa Juventus sentiu o gosto do rebaixamento pelos mesmos motivos. A Inglaterra, em 1989, viveu um o desastre de Hillsborough - quando 96 torcedores do Liverpool morreram esmagados e pisoteados. O racismo também ronda o mundo da bola. Infelizmente o futebol imita a vida. Aqui em Minas, o que tem corroído a paixão pelo futebol é a estrutura de poder.

A Federação Mineira de Futebol não tem a visão de proporcionar crescimento aos clubes do interior. Não digo que é para beneficiar, no entanto, ao menos a FMF poderia oferecer o mesmo tratamento que é dado aos grandes.

A Comissão de Arbitragem, que foi colocada pela Federação, propaga com a boca cheia que os árbitros se concentram para os jogos do Mineiro e, na verdade, eles se concentram apenas para os jogos de Atlético e Cruzeiro.

Ora! Não está explícito, mas está implícito que contra eles não pode haver erro, que eles são os mais importantes. A FMF e a Comissão não poderiam pensar assim. É preciso oferecer aos clubes as mesmas ferramentas e benefícios.

Mudança. Trocar o comando da arbitragem mineira muda alguma coisa? Apenas os nomes. A Federação é que tem que repensar o futebol em Minas Gerais. É necessário democratizar a magia da bola. Clubes pequenos, que querem crescer, merecem crescer. É um absurdo ver que o Rio Branco de Andradas não pode disputar o Campeonato Mineiro.

Compare. Até quando o discurso do poder vai durar? Será que ninguém percebeu que o Paraná tem o mesmo número de títulos do Brasileirão que Minas? Será que ninguém percebe que o interior foge das disputas nacionais? Um elogio deve ser feito ao Tupi, que quer fazer futebol além do verão. E os estádios? A mudança passa mais pelo conceitual do que pela política.

Culpados. Se no cinema a culpa é do mordomo, no futebol ela cai nos árbitros. Mas, qual investimento é feito neles? Qual a blindagem? A arbitragem é encarada como sacerdócio. Enquanto em São Paulo s oferece um prêmio de R$ 200 mil reais ao melhor trio, em Minas, talvez eles ganhem um "muito obrigado".

Profissão. Mas, o discurso ensaiado faz os árbitros esperançosos abrirem largos sorrisos. Ao serem apertados, logo os donos do poder acenam com o discurso da regulamentação da profissão de árbitros. Que mentira! O caminho para que a profissão seja reconhecida é enorme e nem o primeiro passo foi dado. Enquanto isso, vamos assistindo a cenas de descaso e falação.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Uma tarde com Zé Luís e Kléber

Tive a honra de receber nos estúdios da TV Globo os jogadores Zé Luís e Kléber. Um atleticano e outro cruzeirense. Até fingi que não sabia dos problemas do passado entre os dois e tratei de tentar transformar o encontro em um tempo agradável.
Kléber chegou antes até de mim e se mostrou simpático e interessado. Gravamos sobre seleção e batemos um papo sobre Neymar.
Kléber foi muito solícito e riu das gozações com os câmeras e amigos da TV.
Em nenhum momento ele falou em sair do Cruzeiro, nem tocou no nome do Palmeiras e elogiou o Cruzeiro e especialmente a Adilson Batista.
Um ponto que falamos foi sobre a necessidade de o futebol mineiro crescer. Kléber entende que Cruzeiro e Atlético não devem se preocupar um com o outro. Achei interessante a visão dele: "o problema do Atlético é a Copa do Brasil e o do Cruzeiro é a Libertadores. Não temos que pensar neles a não ser no jogo contra eles".
O tempo foi passando e Zé Luís chegou. O interessante é que Zé foi com uma camisa IDÊNTICA a que Kléber vestia. Claro que rimos da situação. O cumprimento dos dois foi amistoso e eles batiam papo descontraidamente.
Zé Luís também gravou sobre seleção e sobre o momento do futebol brasileiro.
O volante atleticano estava visivelmente abatido emocionalmente e Kléber se mostrou interessado em detalhes da saúde do pai do companheiro de profissão.

No ar

O programa Arena Sportv foi apresentado em São Paulo, pelo colega Alexandre Oliveira. Estavam com ele Caio Ribeiro, Celso Roth, Cláudio Carsughi e Marco Antônio Rodrigues.
Kléber, de camisa trocada, falou sobre Libertadores. Zé Luís falou também sobre a competição sulamericana e apontou o Cruzeiro como a principal equipe brasileira na disputa.
No tempo em que não estivemos no ar, Kléber perguntava a respeito de amigos dele que jogam no Atlético. Fabiano foi o primeiro. Entrei no papo e elogiei a facilidade que ele tem apresentado para fazer gols. Kléber destacou que ele sempre fez muitos gols, desde os tempos de Santos. O atacante quis saber sobre Coelho, riu do amigo Carlos Alberto e do lateral Leandro.
Zé Luís aproveitou para elogiar Adilson, que foi seu treinador no Mogi Mirim.

Fora do ar

Na saída conversamos mais um pouco sobre a saúde do pai de Zé Luís e ele falou que está preferindo trabalhar mais e mais. Kléber foi solidário.
Zé Luís saiu correndo para o treino e Kléber ainda deu alguns autógrafos.
O papo ainda fluía tranquilo e ele com olhar triste e perdido disse estar com muita saudade da filha, mas não falou - hora nenhuma - sobre sair, sobre Palmeiras ou ir embora.

Vitória apertada, mas foi vitória

O Atlético não deu show e não encantou, no entanto, conseguiu quebrar a invencibilidade do Sport e joga com a vantagem no jogo da volta.
Foi difícil achar espaços no sistema defensivo do Sport. Os pernambucanos tinham três zagueiros e dois volantes protegendo. Zé Antônio tentava escapar um pouco mais e Daniel Paulista mais protegia. Os laterais subiam só na hora certa e o Atlético teve posse de bola, mas não conseguia bater.
Renan Oliveira tinha a bola do jogo. Dele poderia partir a velocidade e o toque preciso, entretanto, Renan não esteve bem. A bola bateu e ele perdeu várias jogadas pelo meio. Luxemburgo não teve dúvida e fez Marques entrar no lugar do jovem 10, aos 25 do primeiro.
Marques foi para a esquerda e Muriqui recuou um pouco. Tardelli, que foi jogou abaixo do seu nível, tentava jogar adiantado. É preciso pontuar que ele foi bem vigiado, mas tecnicamente ele foi fraco.
Quando tudo parecia que o primeiro tempo ia ficar no 0 a 0, entrou a qualidade do Júnior. Ele fez boa jogada e cruzou na cabeça do Fabiano. Gol! De novo dele. Só dá Fabiano.



O segundo tempo foi na mesma toada. A diferença é que Fabiano ficou no vestiário e Corrêa entrou.
O Sport preferia marcar e o Atlético atacar.
Tardelli errava muito e Marques se movimentava bem e esperava as faltas.
O Sport investiu nas jogadas de bola parada e Aranha conseguia sair bem.
O 1 a 0 foi até o fim da partida e a vantagem do Galo foi de não ter sofrido gol em casa.
Preocupa a queda de rendimento de Diego Tardelli e o número de contusões, mas o jogo mostrou que o Galo pode se classificar.

Galeria de imagens













fotos:Vander Ribeiro

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Campeonato Espanhol

Com a mão na taça!

Barcelona vence o clássico, conquista os três pontos e se isola na liderança do Espanhol

O confronto prometia ser um jogaço, mas quem esperava uma partida técnica, acabou vendo um duelo tático. No Barcelona, o técnico Guardiola optou por fechar a equipe. O treinador ajustou algumas peças em campo e mudou o posicionamento de alguns jogadores. Na zaga Milito atuou ao lado de Pique, o capitão Puyol foi deslocado para a lateral direita para que Daniel Alves tivesse total liberdade. O brasileiro jogou bem avançado, aberto pela direita, e como tem talento e criatividade, foi usado como um meia.

Pelo lado merengue o técnico Manuel Pellegrini usou aquilo que tinha de melhor. Os donos da casa precisavam da vitória para salvar a temporada e o setor ofensivo da equipe contava com a boa fase de Higuaín, a criatividade de Van der Vaart e Marcelo, e o talento de Cristiano Ronaldo. Mesmo o Real tendo tantas armas ofensivas, a defesa catalã acabou levando vantagem. O setor comandado pelo capitão Puyol não cedeu espaços aos atacantes madrilistas. O jogo foi de muita marcação, truncado e até feio em algumas oportunidades. Nas divididas de bola, todo mundo queria “tirar uma casquinha” do rival. Era um pé por cima da linha da bola ali, um tranco desnecessário aqui que acabaram apimentando o clássico. Valia de tudo para intimidar o adversário. Passados os minutos iniciais as duas equipes se acertaram - no bom sentido – dentro de campo e o jogo se desenvolveu.

De um lado um Real Madrid elétrico, jogando para frente e buscando o gol a todo instante; do outro um Barcelona mais tranqüilo, bem postado em campo e que buscava valorizar a posse de bola, uma de suas principais características. O resultado entre o contraste das duas equipes foi um jogo de muita disputa e de poucas oportunidades. Até os 33 minutos de jogo, nenhuma das equipes tinha conseguido criar chances claras de gol.

O gol:

A primeira oportunidade de gol no jogo foi para o Barcelona, Messi não desperdiçou.
Após cobrança de falta, Maxwell tocou para o argentino, Messi passou para Xavi e se deslocou com velocidade, invadindo a área para receber ótima assistência, matar no peito e desviar a bola para o fundo das redes. O talento do argentino e a criatividade de Xavi abriram o caminho para a vitória catalã. O lance do gol foi o único momento em que vimos algo de criativo no primeiro tempo. Durante os minutos finais da primeira etapa continuamos vendo um jogo truncado e de muita marcação. Foram 15 faltas cometidas pelo Real contra 10 do Barça, foram mostrados cinco cartões amarelos, dois para o Real e três para Barcelona.

Segundo tempo:

Na segunda etapa só restava ao Real Madrid partir para o ataque. O time merengue joga de maneira individual, não apresenta um futebol coletivo e com seus principais jogadores anulados, nada criou. A equipe madrilista contava apenas com as triangulações de Marcelo, Van der Vaart e C. Ronaldo, o talento dos jogadores é inquestionável, mas não é suficiente para suprir a ausência da coletividade no futebol do Real Madrid. As dificuldades encontradas pela equipe merengue, seriam facilmente suprimidas se o time tivesse um pouco mais de entrosamento. O Real investiu apenas na qualidade técnica de seus jogadores, e paga caro por isso.
Aos 10 minutos da segunda etapa, na segunda oportunidade do Barcelona no jogo, veio o segundo gol. Em mais uma assistência de Xavi, Pedro recebeu enfiada de bola invadiu a área e bateu, no canto direito do gol defendido por Casillas, e ampliou o placar.
Com o segundo gol o técnico Manuel Pellegrini mudou algumas peças. Guti entrou no lugar de Marcelo e pouco acrescentou. Aos 25 minutos o veterano Raul entrou no lugar do apagado Van der Vaart. Dez minutos depois foi a vez de Benzema entrar no jogo no lugar do argentino Higuaín. Nenhuma das alterações surtiu efeito, o Barcelona foi superior e mereceu a vitória. Não deu espetáculo, mas mostrou ao Real Madrid que futebol é um esporte coletivo e que grandes times não se compram, se formam.
Apesar de ter dado um passo importante rumo ao título, o Barcelona ainda não é o campeão espanhol. Ainda restam sete rodadas para o fim da competição e o Barça enfrenta hoje o Deportivo La Coruña. Na seqüência, a equipe tem os confrontos contra: Espanyol, Xerés, Villareal (time de Nilmar), Tenerife, Sevilha e na ultima rodada o Barcelona joga contra o Valladolid no Camp Nou. (VR)

Colaboração:Vander Ribeiro

terça-feira, 13 de abril de 2010

Vai um Palermo aí?


Muitos lembram dos pênaltis perdidos, mas foi com os gols que ele entrou para a história. Martín Palermo acaba de passar a marca de Roberto Cherro e é o maior artilheiro do Boca de todos os tempos. Cherro fez 218 gols e, desde 1938, ninguém se atrevia a chegar perto da marca dele. Até que Palermo resolveu marcar duas vezes contra o Arsenal de Sarandí. O Boca continua capengando na tabela, no entanto, Palermo, que agora tem 220 gols, é o retrato da felicidade.
Ainda assim, muitos vão lembrar apenas dos gols perdidos e do peso do atacante. Maradona tem chamado o grandalhão para a seleção cpm frequência. O nome dele ainda não é certo em um ataque que pode ter Higuaín, Tevez, Milito, Di Maria e até Messi. Talvez a convocação não venha, mas Palermo tem seu valor.
E no seu time, tem lugar para ele?

Foto: Martín Palermo
Fonte: Blog Lédio Carmona

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A seleção que não fica na lembrança

Como as finais têm o incrível poder de apagar nossas memórias, muitas vezes as seleções dos estaduais ficam lotadas de jogadores de Atlético e Cruzeiro.
Não seria interessante fazer uma seleção sem os dois gigantes da capital?
O esquema é 0 4-4-2. Vamos lá:
Douglas (IPA)
Luizinho (IPA)
Thiago Matias (IPA)
Fabrício Soares (TUP)
Marinho Donizete (IPA)
Dudu Araxá (DEM)
Leandro Ferreira (AMÉ)
Danilo (AMÉ)
Wanderson (DEM)
Ademílson (TUP)
Eraldo (DEM)

Técnico - Leonardo Condé

Todas as posições são questionáveis, opinião é opinião. Tive que arrumar uma função nova para o Danilo no meio. No entanto, talvez o comando técnico levante mais discussões. Quero explicar: Moacir Júnior faz um ótimo trabalho novamente. Flávio Lopes tem responsabilidade na campanha do Ipatinga e também com a campanha do Villa. Gilson Kleyna manteve e aperfeiçoou o trabalho no Ipatinga. Ainda assim Leonardo Condé me passou a sensação de maior versatilidade no grupo. O Tupi sofreu com os desfalques e conseguiu a superação.
E aí, faltou quem?

O maior problema está com o Cruzeiro

A primeira rodada da semifinal não definiu os finalistas, mas deu pistas.
Não é preciso investigar muito para perceber que a vantagem do Atlético é bem grande. Jogar por um empate e em casa já é um bom caminho andado para a final. É sempre bom lembrar que o Atlético só perdeu uma partida no Mineirão. A vitória só não deu sabor mais agradável porque o time mostrou uma irregularidade grande. O ataque beira o irresistível. Aposta na velocidade e chega fácil, entretanto, quando o adversário parte para cima o Atlético ainda oferece muito espaço.
O Democrata é um bom time. Equilibrado em todos os setores e eficiente nas laterais. Moacir Júnior repete um bom trabalho, mas a perda da vantagem pode ter sido fatal.

A situação do Cruzeiro ainda é confortável. O empate garante a vaga. No entanto, o Ipatinga foi friamente programado para não tomar gols e escapa com velocidade. Também é bom lembrar que o Tigre joga bem no Mineirão e não sente muito a pressão da torcida. Para complicar um pouco mais, a agenda do Cruzeiro reservou a semana para a luta em Santiago, pela Libertadores. Qualquer cansaço ou falta de concentração pode custar caro.
Na minha visão a final tem tudo para ser entre os dois grandes rivais, mas o Ipatinga é bastante perigoso.

Me engana que eu gosto II

A Federação Mineira e a Comissão de arbitragem em Minas continuam sem explicar nada.
A tal licença do único árbitro FIFA terminou e ele já poderia estar nas escalas. O esperado é que ele ao menos entre nos sorteios das semifinais.
A licença de Ricardo foi por motivos particulares. O alegado é que ele precisava se dedicar aos estudos do curso de Direito, em BH. Entretanto, a licença fez com que ele perdesse os testes e palestras da Comissão de Arbitragem Nacional. E não é que Ricardo Marques embarca amanhã para Vitória. Será que ele vai para a praia? Descansar dos estudos? Ou será que Ricardo vai fazer os testes da CBF no Espírito Santo? Sim! Amanhã e quarta a Comissão Nacional fará os mesmos testes lá em Vitória. Ora! Ricardo vai perder dois dias de aula? A prioridade não era o estudo? Ou será que ele queria era fugir das escalas das quartas de final e por isso pediu licença?
Perguntas, perguntas...
Respostas? Gostaria de várias. Gostaria de saber onde está sendo aplicado o dinheiro dos patrocínios que a Arbitragem recebeu. Foram mesmo R$ 300 mil? Dá para fazer uma boa reciclagem!

Torcedor indignado

Recebi o email abaixo e achei interessante divulgá-lo.
Quem assina é o torcedor democratense Alexandre Fernandes.

"vcs q levam o campeonato mineiro a sério têm o dever ético de publicarem q os presidentes do Democrata (Sr. Edvaldo) e do Atlético (Alexandre Kalil), acertaram a troca do mando de campo no jogo de volta da semi-final e prejudicaram o time do Democrata. Isso já havia acontecido em 2007 e volta a ocorrer. O presidente do Demo visou apenas o lucro.
Além disso, o jogo ocorrerá apenas 44 horas após a partida de 4ª de final contra o Vila, sabemos q o mínimo p/ recuperação física e mental de um jogador de futebol é 56 horas. O Atlético fez jogo de cena dizendo q poderia jogar em Uberlândia mas esse acordo foi firmado antes do jogo contra o Vila, prova disso É q o Galo ficou em Ipatinga.
O Belo trabalho do treinador Moacir Júnior e seus comandados foi jogado no lixo.Tínhamos tudo p/ semi-finais emocionantes e + uma vez c/ artimanhas dará o óbvio!"

Abçs. Um cidadão e torcedor do Demo INDIGNADO!


A direção do Democrata poderia aproveitar o dinheiro e reformar o banheiro do Estádio Mammud Abbas. O cheiro é o pior que já senti em toda a vida.

Clube do dinheiro

A eleição do Clube dos 13 virou um verdadeiro balcão.
Existe até promessa de rebaixamento para uns. Para outros a promessa já foi até cumprida e alguns dirigentes já receberam uma boa graninha para pagar salários e sei lá o que mais.
A coisa não é séria!
De uma lado a manutenção do que está aí - Fábio Koff x A manutenção do que está aí - CBF e Kleber Leite.
É, como diria Brizola, a luta entre o Cramunhão e o Coisa ruim.
Na minha visão prefiro o comando do Clube dos 13 nas mãos de Fábio Koff.
É melhor com ele que com alguém declaradamente apoiado pela CBF.
O Cruzeiro vai de Kleber e o Atlético está com Koff.
Hoje, a votação será regada a bastante baixaria e muita promessa.

O goleirão do Pelotas já foi nosso


A final do segundo turno do Gauchão não terá o tradicional Gre-Nal. O Grêmio, vencedor do turno, ficou pelo caminho. O time dirigido por Silas foi derrotado em pleno Olímpico por 2 x 1, para o Pelotas.
Ontem, na disputa para ver quem encararia o Inter, o Pelotas derrotou o São José nos pênaltis. O que chamou a minha atenção é que o goleirão do Pelotas mostrou muita firmeza, tanto na bola rolando como também nas penalidades.
Aí puxei na memória e pesquisei. Jônatas!
Ano passado, nas quartas de final do Mineiro, ele também pegou pênalti contra o Democrata. É ele! Jônatas era o goleirão do Ituiutaba e voltou ao sul para brilhar por lá.
A carreira dele teve início no Grêmio, passou pelo Juventude, Corinthians, Ituiutaba, etc.
Ele é muito bom goleiro, tem 30 anos e vive o seu melhor momento.

Foto- Douglas jogando pelo Pelotas - site do Pelotas

domingo, 11 de abril de 2010

Douglas criou um problema para o Cruzeiro

O empate em 0 a 0, no Ipatingão foi um resultado aceitável para as duas equipes. Entretanto, como a agenda do Cruzeiro marca um jogo importante pela Libertadores, o confronto decisivo do Mineiro se tornou mais complicado um pouco.
O jogo mostrou um Ipatinga muito desfalcado contra um Cruzeiro com dificuldade para organizar as jogadas.
O Tigre conseguiu, mesmo com alteração de esquema, marcar e sair em velocidade. Criou oportunidades e poderia ter marcado.
O Cruzeiro teve uma oportunidade clara com Thiago Ribeiro e Douglas salvou. Um ponto que merece destaque é a contusão do atacante Kléber, que saiu para a entrada de Guerrón.
No segundo tempo, Adilson alterou o posicionamento de Diego Renan e deixou o Ipatinga totalmente desmontado.
Jonathan assumiu a meia. Gilberto foi para a lateral jogar perto do Paraná.
Aos 8 minutos Fabinho também saiu machucado e Adilson fez Pedro Ken entrar praticamente como lateral pela direita. Jonathan continuou com liberdade e o Cruzeiro martelou, martelou e Douglas foi melhor.
O empate fez justiça pela atuação do goleiro do Ipatinga.
A classificação está mais azul, entretanto, o Tigre é perigoso.

Mais um capítulo da arbitragem mineira

As nuvens estranhas que dominam o céu da Federação e da arbitragem mineira deixaram cair mais gotas de uma tempestade.
O árbitro André Luiz Martins Dias Lopes encaminhou uma carta às redações informando que não se afastou por contusão, e sim por motivos particulares.
O que ele não quer falar é que ele se afasta por não concordar com o comando da arbitragem e até da Federação Mineira de Futebol. É uma pena que ele não queira se manifestar, até porque André Luiz tem a imagem de ser independente e realizado profissionalmente.

sábado, 10 de abril de 2010

A Federação Mineira de Futebol e o discurso inconsistente

Vários pontos de interrogação insistem em pedir espaço no Estadual em Minas. Aquelas dúvidas que inquietam torcedores, que tiram sono ao perceberem seus times em campo são respondidas pela tabela a cada jogo. Outras dúvidas, imperceptíveis a alguns olhos e gritantes a outros, somente serão respondidas com desdém e arrogância.

A Federação Mineira de Futebol

Depois de escândalos, CPIs e baixarias a Federação Mineira de Futebol trocou de mãos. O mais normal seria ter uma certa paciência, já que o presidente que assumiu garantia estar por fora de tudo o que ocorria (mesmo sendo vice na gestão anterior). Paciência pedida e paciência concedida. Entretanto, a sucessão de erros evidenciou a falta de zelo e de limites. Um dos muitos pontos altos na relação de escândalos da Federação se deu no dia do aniversário de 101 anos do Atlético, time que sempre questionou com veemência a direção da FMF e time de coração do presidente, que é conselheiro alvinegro. A noite de 25 de março de 2009 foi marcada pelo arrombamento do cofre da Federação. Um vigia foi espancado e os criminosos levaram cerca de R$ 1 milhão. Obviamente um imenso ponto de interrogação tomou conta de todos. Por que o cofre da Federação guardava tanto dinheiro? A resposta conseguiu ser a pior possível. O presidente da Federação, Paulo Schettino – ex-delegado de polícia – revelou que guardava o dinheiro no cofre já que não poderia depositar em uma banco e correr o risco de sofrer um bloqueio eletrônico em razão de uma dívida com o INSS. A credibilidade da Federação escorreu pelos dedos.
Arbitragem em Minas
A comissão de arbitragem também foi alvo de inúmeros questionamentos. Lincoln Afonso Bicalho, ex-árbitro falecido recentemente, foi acusado pela direção do Atlético de armar resultados contra Atlético e América. Lincoln se afastou já com a saúde bastante debilitada e o professor de futebol da UFMG, Jurandy Gama Filho assumiu o comando da arbitragem mineira. O presidente do Cruzeiro tratou de pontuar que Jurandy era ligado ao Atlético.
O discurso do novo responsável pela arbitragem parecia ser inovador. Até de profissionalismo foi falado. O fascínio dos holofotes e microfones deixava escapar outros pontos do projeto de Jurandy. Seria dada uma maior ênfase ao trabalho físico. Os árbitros seriam avaliados com mais rigor e até um patrocínio seria tentado para investir na formação de novos árbitros e reciclagem do quadro atual. O ano passou e 2010 chegou com novos projetos, que levados à luz de duas ou três perguntas, evidenciavam mais despreparo que o esperado. Um projeto que poderia ser bom é o de concentrar os árbitros antes dos jogos. Entretanto, a falta de recursos fez transparecer a predileção pelos times da capital e a comissão se viu obrigada a esclarecer que os árbitros se concentrariam em hotéis apenas para os jogos de Atlético e Cruzeiro. O papo de profissionalismo chegou a encantar alguns, no entanto, a falta de argumentos concretos tratou de converter os sorrisos dos árbitros em desconfiança.
Bola rolando, árbitros expostos, paixões em alta e críticas e mais críticas. A comissão de arbitragem criou um balcão de reclamações. Os times que sentiam prejudicados reclamavam no balcão de segunda à noite. Os erros só aumentavam.


Ricardo Marques e André Luiz Martins

Assim que terminou a fase de classificação o único árbitro FIFA de Minas surpreendeu a todos e pediu licença até 12 de abril. Os motivos são até nobres: Ricardo é aluno de Direito e ele sentiu que deveria priorizar momentaneamente o curso. A escala dos árbitros saiu e Ricardo não apareceu em nenhum jogo. A surpresa aumentou e os pontos de interrogação voltavam vazios. André Luiz Martins Dias Lopes, árbitro jovem e revelação de 2009, também pediu licença. A diferença é que André teria até se exaltado com os responsáveis pela arbitragem em Minas e Ricardo, mais calado, preferiu manter distância e frieza. Toda a paciência que a comissão pediu visando proteger os jovens árbitros cai por terra quando o árbitro experiente rompe com a Federação.

?????

As perguntas saem naturalmente e as respostas são padronizadas. Quando o assunto é a licença de Ricardo Marques a resposta não se sustenta a dois ou três segundos de atenção. Que Ricardo queira se dedicar ao estudo, tudo bem. Entretanto, Ricardo Marques é um jovem de 30 anos, árbitro FIFA, apitou a final da Copa do Brasil, pode ser escalado para qualquer jogo da Libertadores – a pergunta que não encontra respostas é simples: ele está investindo mais na carreira de “aluno” e deixando de lado a realidade como apitador? Se Ricardo quer tanto investir no estudo, é possível entender os motivos que o levaram a apitar dez jogos dos onze disputados na fase classificação e pedir para sair na hora das partidas eliminatórias? Por que Ricardo não se ausentou antes? E por quais motivos o jovem André Luiz Martins Dias Lopes, que apitou a primeira partida das quartas de final entre Ipatinga e Tupi, pediu licença também? A resposta ensaiada é de que André é um economista de uma grande empresa e que os compromissos profissionais exigiam mais dele. Ora! E os compromissos não exigiam antes? Ele já não era economista antes e mesmo assim não preferiu investir na arbitragem? E os sorteios? Alguém, além da batida que a TV Globo deu no penúltimo sorteio, tem acompanhado a retirada das bolinhas com os nomes dos árbitros para cada jogo? Por que a Federação sorteou os árbitros que trabalharão na primeira rodada da semifinal antes dos últimos jogos das quartas de final? E o cofre? E a dívida como INSS? É aceitável dar festa de abertura de campeonato e ter dívida com o INSS? E o patrocínio da arbitragem? Com a verba recebida não seria possível investir na tal concentração para todos os jogos? Não seria aconselhável destinar recursos para o aperfeiçoamento dos árbitros afastados? Qual a verba investida na formação de novos árbitros? Qual o valor do patrocínio? É mesmo R$ 300 mil?
São apenas perguntas que merecem respostas menos óbvias e mais elaboradas

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Começou e já vai acabar

O campeonato mineiro vai chegando ao fim e, ao mesmo tempo começando.
Tudo o que foi jogado até agora serviu como avaliação para os grandes e como balcão de negócios para os pequenos.
Os quatro que permaneceram mostraram mais competitividade.
O Tupi poderia estar entre os semifinalistas, mas caiu na bola contra o forte sistema defensivo do Ipatinga.
O América teve sua vida dificultada na fase de classificação, quando mostrou muita irregularidade e foi punido ao cair na disputa pela vaga contra o Atlético.

Atlético
O time chegou a mostrar um bom futebol na competição, entretanto, a imagem deixada nos jogos contra o América não foi boa.
No primeiro jogo a palavra que definia bem a equipe era superação. O time perdia por dois gols de diferença e chegou a virar o placar ainda no primeiro tempo.
No entanto, o segundo jogo foi marcado pela insegurança. A situação havia sido invertido e o Galo é quem tinha a vantagem de dois gols e um jogador a mais em campo. Ainda assim o Coelho sufocou, empatou e quase venceu. Incrível o tanto que ficou nítido que o Atlético sentiu o golpe dos gols do América.
Qual Galo vai entrar em campo? Que lições o time já conseguiu tirar do elenco?

Democrata
Novamente bem treinado pelo Moacir Júnior, a Pantera mostrou ser um time competitivo e forte no ataque. A grande virtude do treinador é ter conseguido usar a mesma base durante quase todos os jogos, o que indica disciplina e bom condicionamento físico.
Alex Santos, Dudu Araxá, Marcel, Wanderson, Sandro Manoel, Eli Tadeu e Eraldo foram destaques.
O time tende para a direita com Alex Santos e marca bem com a pegada forte de Dudu Araxá e Marcel. Wanderson busca espaços perto da área e chama Eraldo para a função de pivô. O centroavante, que já foi do Villa e do Cruzeiro, tem sido implacável nas bolas altas.
Pesa contra o Demô a parte administrativa. O time assumiu ser time de verão e não deve disputar as competições nacionais. Sendo assim recorre às parcerias e não forma jogadores em casa.
O Mamudão não trata seus torcedores como eles merecem. O cheiro dos banheiros é horroroso e escancara a falta de qualidade administrativa e de visão de futuro.

Cruzeiro
Melhor time na fase de classificação, o Cruzeiro chegou a dar sono em alguns jogos. É aceitável fazer o elenco girar e dar oportunidades aos reservas, ainda mais quando o time tem uma competição mais importante sendo realizada ao mesmo tempo, entretanto, o que ficou muito claro foi que o Cruzeiro poderia ter jogado ainda mais. Hoje, em entrevista ao programa Globo Esporte, o atacante Thiago Ribeiro assumiu que o time rendeu bem apenas quando foi exigido.
O elenco é superior aos outros e o treinador já conseguiu implantar uma filosofia de trabalho, isso faz o Cruzeiro sobrar na competição.
Evidentemente que agora uma falha pode determinar o tombo, mas o que deve ser avaliado é o projeto do Cruzeiro no Mineiro e não o resultado.

Ipatinga
Foi muito bem montado o Ipatinga. O time sempre jogou para se defender bem e explorar a velocidade nos contra-ataques.
Até a estatura dos homens de defesa pesou na montagem.
A preferência sempre foi jogar com três zagueiros e dois volantes de pegada. Luizinho sai bastante pela direita e passeia em todo o campo ofensivo. Marinho Donizeti fica mais e sai na "boa". A chegada de Alessandro deu mais força ofensiva ao time.
Outro ponto muito a favor do Tigre é que o time joga muito bem fora de casa e oferece várias ciladas para usar os contra-ataques.
Negativo é que o time chega na hora da definição com Departamento Médico cheio e o elenco não é tão grande e bom para que o time se mantenha no topo.