quarta-feira, 14 de abril de 2010

Campeonato Espanhol

Com a mão na taça!

Barcelona vence o clássico, conquista os três pontos e se isola na liderança do Espanhol

O confronto prometia ser um jogaço, mas quem esperava uma partida técnica, acabou vendo um duelo tático. No Barcelona, o técnico Guardiola optou por fechar a equipe. O treinador ajustou algumas peças em campo e mudou o posicionamento de alguns jogadores. Na zaga Milito atuou ao lado de Pique, o capitão Puyol foi deslocado para a lateral direita para que Daniel Alves tivesse total liberdade. O brasileiro jogou bem avançado, aberto pela direita, e como tem talento e criatividade, foi usado como um meia.

Pelo lado merengue o técnico Manuel Pellegrini usou aquilo que tinha de melhor. Os donos da casa precisavam da vitória para salvar a temporada e o setor ofensivo da equipe contava com a boa fase de Higuaín, a criatividade de Van der Vaart e Marcelo, e o talento de Cristiano Ronaldo. Mesmo o Real tendo tantas armas ofensivas, a defesa catalã acabou levando vantagem. O setor comandado pelo capitão Puyol não cedeu espaços aos atacantes madrilistas. O jogo foi de muita marcação, truncado e até feio em algumas oportunidades. Nas divididas de bola, todo mundo queria “tirar uma casquinha” do rival. Era um pé por cima da linha da bola ali, um tranco desnecessário aqui que acabaram apimentando o clássico. Valia de tudo para intimidar o adversário. Passados os minutos iniciais as duas equipes se acertaram - no bom sentido – dentro de campo e o jogo se desenvolveu.

De um lado um Real Madrid elétrico, jogando para frente e buscando o gol a todo instante; do outro um Barcelona mais tranqüilo, bem postado em campo e que buscava valorizar a posse de bola, uma de suas principais características. O resultado entre o contraste das duas equipes foi um jogo de muita disputa e de poucas oportunidades. Até os 33 minutos de jogo, nenhuma das equipes tinha conseguido criar chances claras de gol.

O gol:

A primeira oportunidade de gol no jogo foi para o Barcelona, Messi não desperdiçou.
Após cobrança de falta, Maxwell tocou para o argentino, Messi passou para Xavi e se deslocou com velocidade, invadindo a área para receber ótima assistência, matar no peito e desviar a bola para o fundo das redes. O talento do argentino e a criatividade de Xavi abriram o caminho para a vitória catalã. O lance do gol foi o único momento em que vimos algo de criativo no primeiro tempo. Durante os minutos finais da primeira etapa continuamos vendo um jogo truncado e de muita marcação. Foram 15 faltas cometidas pelo Real contra 10 do Barça, foram mostrados cinco cartões amarelos, dois para o Real e três para Barcelona.

Segundo tempo:

Na segunda etapa só restava ao Real Madrid partir para o ataque. O time merengue joga de maneira individual, não apresenta um futebol coletivo e com seus principais jogadores anulados, nada criou. A equipe madrilista contava apenas com as triangulações de Marcelo, Van der Vaart e C. Ronaldo, o talento dos jogadores é inquestionável, mas não é suficiente para suprir a ausência da coletividade no futebol do Real Madrid. As dificuldades encontradas pela equipe merengue, seriam facilmente suprimidas se o time tivesse um pouco mais de entrosamento. O Real investiu apenas na qualidade técnica de seus jogadores, e paga caro por isso.
Aos 10 minutos da segunda etapa, na segunda oportunidade do Barcelona no jogo, veio o segundo gol. Em mais uma assistência de Xavi, Pedro recebeu enfiada de bola invadiu a área e bateu, no canto direito do gol defendido por Casillas, e ampliou o placar.
Com o segundo gol o técnico Manuel Pellegrini mudou algumas peças. Guti entrou no lugar de Marcelo e pouco acrescentou. Aos 25 minutos o veterano Raul entrou no lugar do apagado Van der Vaart. Dez minutos depois foi a vez de Benzema entrar no jogo no lugar do argentino Higuaín. Nenhuma das alterações surtiu efeito, o Barcelona foi superior e mereceu a vitória. Não deu espetáculo, mas mostrou ao Real Madrid que futebol é um esporte coletivo e que grandes times não se compram, se formam.
Apesar de ter dado um passo importante rumo ao título, o Barcelona ainda não é o campeão espanhol. Ainda restam sete rodadas para o fim da competição e o Barça enfrenta hoje o Deportivo La Coruña. Na seqüência, a equipe tem os confrontos contra: Espanyol, Xerés, Villareal (time de Nilmar), Tenerife, Sevilha e na ultima rodada o Barcelona joga contra o Valladolid no Camp Nou. (VR)

Colaboração:Vander Ribeiro

Um comentário:

Leo Maurity disse...

Marra

Parabéns pelo excelente trabalho.
Abraço,
Leonardo Maurity(Ache - RJ)