domingo, 15 de novembro de 2009

Resultado justo no Mineirão

As propostas do Grêmio eram claras: marcação forte, velocidade nos contra-ataques com Douglas Costa e não deixar o meio de campo do Cruzeiro com muita posse de bola. Apenas Maxi López ficava à frente da linha da bola. A pegada era forte e o árbitro errou no critério de cartões para os dois lados. Em campo também estava a ansiedade azul de que finalmente o time entraria no G4. A possibilidade era real. Jogo em casa, com Mineirão cheio e o Atlético pegando a pedreira Coritiba fora de casa. A vitória era esperada em casa e o tropeço do Galo era provável.
Com a bola rolando o que se viu foi justamente o que se esperava. Postura forte defensiva, muita pegada, pouco jogo pelos lados do campo e objetivo claro de não deixar o Cruzeiro tocar muito a bola no meio. A zaga com Rafael Marques e Rever (que saiu ainda no primeiro tempo). As laterais com Willian Thiego e Fábio Santos tinham preocupação quase que exclusivamente defensiva. Outro ponto que chamou a atenção desde o início da partida era o tanto de chutes de fora da área que o Grêmio tentava, quase todos fracos e improdutivos. Com a contusão de Rever, Marcelo Rospide colocou Maylson e puxou Túlio para a direita. O volante Adilson reinava no meio. Bom nos desarmes e bom no passe. Dava a sensação de que se o Cruzeiro ousasse poderia até se complicar, já era um jogo complicado. Entretanto, sem penetração o time não venceria e foi necessário chamar Guerrón e Soares. Confesso que pensei que Diego Renan fosse o escolhido para descansar, já que o lateral do Grêmio era improvisado e Thiago Ribeiro ou Guerrón poderiam assustar eaté chegar ao gol. Na minha visão, Marquinhos Paraná poderia dar uma olhada na lateral pela esquerda antes do MST reivindicar a terra. No entanto, a estrela do treinador brilhou e Guerrón e Soares entraram nos lugares de Thiago Ribeiro e Jonathan. Na primeira bola de Guerrón, pela direita, ele achou Soares na área e daí para o pênalti. Gilberto bateu bem e fez.
O jogo caminhava para uma vitória. Os perigos, aos poucos iam diminuindo. Tcheco foi substituído. Túlio e Fábio Santos foram expulsos. Contudo, o Grêmio mantinha a pegada forte, a boa técnica de Adilson no meio e Maxi López ligado na frente. Em uma bobeada histórica o Grêmio empatou. Um simples lance de lateral a favor do Cruzeiro terminou na rede. Paraná bateu sem pensar, Gilberto não valorizou a bola e se livrou dela que se ofereceu a Paraná de novo em uma dividiva, mas na minha visão, o Cruzeiro não disputou os últimos minutos com a mesma concentração de todo o jogo e foi punido. É lógico que apenas os míopes não percebem que do outro lado tem um time e o Grêmio fez uma boa partida. Coloque-se na pele do Marcelo Rospide, que recebeu mais uma oportunidade e conhece todos os jogadores do elenco. É óbvio que vencendo ou tirando pontos do Cruzeiro a culpa que era de todo elenco passaria a ser do treinador que saiu. A nossa cultura que procura culpados em todos os lados apontaria rapidamente para o lado do Autuori e todos os jogadores estariam livres de toda a pressão.

Marcelo de Lime Henrique
O árbitro carioca foi muito fraco na partida na parte disciplinar. Aos 12 minutos o zagueiro Gil largou a bola e deu um chute no Túlio. Fosse eu, na hora, colocaria para fora. Quando ele foi cercado pelos gremistas pedindo a expulsão o árbitro abaixou o padrão e amarelou. Depois disso, Vitor não foi expulso no lance do pênalti e Rafael Marques recebeu um singelo amarelo em uma "capinada" no meio de campo. Ele atrapalhou o jogo.

2 comentários:

Rayssa disse...

Justo, o Grêmio jogou muito. Mas segurar a vitória por mais 2 min honraria a presença dos 51 mil torcedores presentes no Minerão.

Blog do Marra disse...

Oi, Rayssa!
A pior sensação, na minha opinião, é a de incompetência para segurar o resultado e ainda ter um a mais em campo.