domingo, 1 de novembro de 2009

Tardelli foi lá para cima

A vitória se desenhava de uma forma e se deu de outra totalmente diferente. A derrota para o lanterna ainda trazia um peso nos ombros atleticanos, problema que teria de ser resolvido, e foi. Até marcar o primeiro gol, o Galo já poderia ter feito um claro com Tardelli. Além de uma postura positiva o time mostrava que a marcação na saída de bola poderia ser determinante para a vitória. Os gols saíram e outros poderiam ter vindo com facilidade. Quando o Goiás chegou a empatar reacendeu o drama, entretanto, o time mostrava que tinha força para algo mais. Com muita força pela esquerda o terceiro gol chegou. Foi o gol 18 de Tardelli e doze foram decisivos. O Goiás, que teve Ernando expulso no início do segundo tempo, teve oportunidades claras e não concretizou. Entretanto, o gol que o meia Evandro perdeu não se perde. Ele conseguiu o mais difícil, que era driblar o goleiro, bastava rolar para o Alessandro, mas ele preferiu concluir e errou.

Celso Roth

O treinador fez a leitura correta da partida. Correu riscos e trabalhou bem. É certo que Hélio dos Anjos também percebeu que poderia vencer e chegou perto, no entanto, o trabalho de posse de bola, de valorização da vantagem e especialmente a alteração na atitude do time depois da derrapada do Maracanã foram fatores determinantes para o bom resultado.

Ricardinho

O camisa 80 fez o primeiro gol pelo Galo e apresentou alguns argumentos muito claros para ser o que é. O toque de bola é fino, os passes foram precisos e, com ele, a bola fica mais no chão, mais dominada.

Benítez

Alguém viu o Jorge Luíz por aí? O zagueiro paraguaio não foi brilhante, mas não sabe que aquele negócio redondo que quica perto dele é a bola. Mais seguro, mais firme e com boa participação nas jogadas aéreas defensivas.

Diego Tardelli

O gol marcado por Tardelli foi apenas um prêmio para aquele que está no topo da artilharia. Tardelli, novamente, saiu da área e buscou jogo. Abriu espaços e perdeu um gol muito fácil de ser feito. A principal jogada dele na partida foi o lance do primeiro gol. Lúcido, Tardelli colocou Ricardinho na cara do gol e sem goleiro.

Um comentário:

Claudinei Souza disse...

Tudo bem, Marra! Essa vitória do Atlético sobre o Goiás foi mais uma daquelas partidas que desesperam o coração do torcedor alvinegro. Virou uma tradição no clube: sempre os elencos formados pelo Atlético gostam de fazer isso com a torcida. Tem até hino: O Galo é o time da virada, o Galo é o time do amor (...)
Mas, ironias à parte, a equipe se portou bem, jogou com personalidade e manteve viva a esperança do título. Os gols do Goiás foram convertidos sem uma determinação tática, digo, sem uma tabela entre os jogadores que resulta na finalização cara a cara com o gol por um deles. Foram chutes despretensiosos, sem a convicção de seu sucesso.
No mais, valeu pelos três pontos e pela revanche contra um time que já vinha sendo um incômodo para o Galo nos últimos confrontos. Quanto aos jogadores, desejo ressaltar a minha impressão:
O Carini foi muito bem quando exigido, apesar de achar que ele chegou um pouco atrasado no segundo gol. Mas, como ele tem crédito, parabéns pela atuação.
O Benítez substituiu muito bem o Jorge Luís, principalmente nas jogadas aéreas e o Werley manteve o mesmo nível técnico que o têm garantido no elenco principal há várias rodadas.
Quanto aos laterais, o Carlos Alberto foi seguro em suas divididas e apoiou bem o meio campo e o ataque. O Thiago Feltri não comprometeu, além de ter sofrido um pênalti cometido pela 'caixa de ferramentas' do zagueiro Leandro Eusébio. Um fato que me chamou a atenção durante a partida foi a deficiência do Feltri em um dos principais fundamentos para um lateral: ele não consegue realizar um cruzamento perfeito. No primeiro tempo eu contei apenas um, aos 19 minutos e só!
Com a entrada do Serginho ao lado do Renan, que manteve a mesma pegada e a concentração de sempre, o time ganhou em marcação mas perdeu nas armações de jogadas, percebidas com a ausência do Márcio Araújo no setor.
A habilidade do Ricardinho e do Correa deram menos oportunidades ao Goiás de acertar o comando do meio campo, com passes e toques precisos.
Caçado em campo, Éder Luís ainda conseguiu marcar o seu gol em um lance de oportunismo mas acabou lesionado 'graças' à falta cometida por Leandro Eusébio.
O Diego Tardelli não gosta de marcar gols fáceis! Teve uma chance imperdível contra o Warley e acabou adiantando a bola, sem querer, por não acreditar no lance. Depois marcou um gol de pênalti que deixou o arqueiro goiano sem movimentos.
O Alessandro entrou no lugar do Éder e não mudou o panorama do ataque, apesar de ter sofrido a falta que resultou na expulsão de Ernando. Também não comprometeu.
O Evandro é uma incógnita, um verdadeiro mistério. Não sei o que passa por sua cabeça quando pega a bola. Além de segurar demais, parece que ele se considera o maior astro do futebol mundial. Perdeu uma oportunidade incrível aos 43 minutos do segundo tempo quando driblou o goleiro Warley duas vezes e, ao invés de tocar para o Alessandro, chutou prensado perdendo um gol feito. Ele é um dos que matam o coração do atleticano!
O Wellington Saci entrou bem e assegurou a tranquilidade na lateral esquerda.
Quanto ao Celso Roth, o técnico soube o momento certo de mexer na equipe e de dar tranquilidade aos seus comandados após o empate nos minutos finais do primeiro tempo. Acredito que suas orientações no vestiário motivaram o grupo a buscar um algo mais em Goiânia do que apenas um ponto.
Pelo Goiás, vale destacar as atuações dos jogadores Warley, Felipe, Romerito e Yarlei, os que mais se sobressaíram na equipe da região Centro-Oeste.
Um grande abraço e uma ótima semana, meu caro!