A décima quarta derrota do Galo serviu para tornar público o longínquo passado de lutas de seu treinador.
Vanderley Luxemburgo soltou a todos, em entrevista coletiva, suas feridas da infância.
Disse que passou fome e que não comia carne.
Contou que foi quase expulso do lar e arriscou a vida para ser um vencedor.
Respeito a história e os títulos, mas o apelo ao sofrimento expôs que faltam argumentos.
Repito que a história tem valor e talvez possa até servir para mudar a vida de muitas pessoas. Entretanto, testemunhos pessoais devem vir acompanhados de ação.
Recorrer ao passado pode ser a prova de que o presente não tem conteúdo.
É triste ver os uruguaios comemorando até hoje o Maracanazzo.
É lamentável ver o América comemorar o Deca.
O Atlético se dá mais respeito e não comemora o título de 71.
O treinador, quando percebe que não pode se apegar ao presente, recorre aos sofrimentos da infância.
O que Luxemburgo não entendeu é que o Atlético não é e não pode ser o palco de mais uma vitória de sua vida.
Caso ele não saiba, o Atlético é maior que ele.
Os diversos "eu já venci, eu sou vencedor" soam mais como desespero.
Quantos sofridos torcedores já passaram por momentos piores e têm somente o Galo como paixão e recanto?
Cabe ao Atlético ajudar Luxemburgo a seguir vencendo na vida.
Cabe ao Atlético ajudar o treinador a rever seus conceitos.
Apelar para o emocional é mostrar uma fragilidade típica de quem já não sabe o que fazer e prefere contemplar algo que já não existe mais.
O passado é útil quando algo foi apreendido dele.
"...a lição sabemos de cor, só nos resta aprender..."
7 comentários:
Caro Mário Marra,
vc é um dos poucos cronistas esportivos que está atento ao trabalho péssimo que o Luxa faz desde o início do Brasileirão. Ele é sim vencedor, mas não adianta, a coisa não encaixou no Atlético. Ficar segurando ele incondicionalmente é coisa de time pequeno. De time que acha que um treinador 'famoso' pode fazer milagre. Você disse bem: O Atlético é maior que Luxemburgo e este conceito precisa ser aplicado. Fora, Luxemburgo.
Grande abraço!
Texto PERFEITO !Parabens Marra!
Parabensss grande MARIO.
Concordo com vc plenamente,ele apelou feio para o sentimentalismo,deu um de coitadinho so faltou chorar.
todo mundo para vencer sofre na vida,agora voltar atras e querer dizer que com isso,vc vai ter força para mudar o presente...é complicado.
Não vejo que ele consiga mudar isso e o pior MARIO,não sei se quando os dirigentes do galo acordar,a gente não esteja na segundona novamente.
Abração.
Ô Luxa, não queremos saber se o pato é macho, nós queremos é ovo.
Marra, que texto! Claro e objetivo! Parabéns!
Como comentei num post anterior, com todo respeito, que se dane a mãe e o passado do Luxemburgo, nosso negócio é o Galo!
parabens não vou copletar nada só dizer que vc é um otimo reporter e parabeniza-lo pelo lindo e coerente comentario valeu.
O que impressionou ontem foi a passividade dos reporteres que participaram da coletiva.Não fizeram uma pergunta sobre a falta de padrão tático do time, sobre o mau posicionamento da defesa,sobre a indigência do meio campo, sobre o condicionamento fisico lamentável de alguns jogadores...acho que as intimidações apontadas por vc no post abaixo dão resultado.Ficaram lá só levantando a bola pro Luxa poder desfiar seu discurso vazio,nercicista e sentimentaloide.Lamentável!Ana
Vc falou tudo. O Luxa pode contar todo o seu triste passado mas nada serviu para torna-lo mais humilde. Vi a entrevista coletiva que ele deu na TV GALO e ele continua mais arrogante do que nunca. Ameaçou jornalistas cujas perguntas não gostou, que daria respostas apimentadas quando estivesse em situação melhor também.Seria comico se não fosse trágico.
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