quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Richardson simboliza o atleticano

Toda torcida é especial, todo torcedor é especial.
Quando vejo o Galo agonizando na zona de rebaixamento, lembro de um especial amigo.
O grande sonho dele era ter um filho e um outro sonho irresistível era o de ouvir seu filho gritar "Galô".
As realizações pessoais e profissionais se sucediam, entretanto, algo parecia não permitir que seu sorriso fosse completo.
A admiração da família e dos amigos era total, no entanto, o coração se apertava quando o assunto era o time do coração.
Em 2005, vi meu querido amigo engolir seco e erguer a cabeça.
O Galo havia caído e ele junto.
Custou para descumprir a promessa de não mais ir ao estádio, mas Levir Culpi resgatou nele o desejo de soltar a voz.
Não sei como ele está agora, não consigo imaginar que sua noite será boa.
Contudo, o que quero dizer ao amigo Richardson e a muitos amigos, que devem estar com muita dor, é que o caminho será ainda longo e tortuoso, mas algum rumo será dado ao time.
A hora ainda é de ler o nome do time na parte inferior da tela da televisão, mas a luta é parceira do atleticano.
Toda torcida é especial.
Cabeça erguida, irmão.
A nuvem negra se foi...

5 comentários:

Daniel Reiner disse...

Grande, Marra! O Richardson é uma espécie de alter ego? Forte Abraço!

Blog do Marra disse...

Fala, Daniel!
Poderia ser, mas não é.
Nunca vi alguém sofrer o que ele sofreu com futebol.
Tenho exemplos de outras torcidas e até por isso falei que toda torcida é especial.
Abração, amigo.

Daniel Reiner disse...

Não resisti à chance de provocar. Marra. Você pode ser atleticano, corintiano, palmeirense...mas é daqueles que sempre mereceu meu respeito. Você é "muito jornalista". Nem precisa tanto. Forte Abraço!

Anônimo disse...

Marra,

em tempos de saudade de grandes cronistas como Rubem Braga, Armando Nogueira a crônica esportiva perdeu o lirismo e a poesia...

E para o atleticano como faz falta o saudoso Roberto Drummond... que tive o privilégio de conhecer nos anos 80 em uma palestra dele no meu Colégio Salesiano de BH...

Minha infância em BH tem o Galo como pano de fundo, tinha o impagável Kafunga e seus bordões...

Os gols na Itatiaia na voz do Willy Gonzer... o Abras e o indefectível "explode o coração alvinegro"...

E tempos da Massa cantar no Mineirão: "Rei, Rei, Rei, Reinaldo é nosso Rei..."

Que saudade de tudo isso...

Já devo ter dividido um boteco com o Richardson, em noites sofridas dessa nossa paixão que quase nunca nos corresponde... o Galo...

1977, 1980, 1981, 1987, 1999, Brasileirão, Copa União, Libertadores, e tantas outras derrotas sofridas e doídas... roubadas ou não...

E o que dizer de Wright, Aragão e o Simon???

O que acontece com o Galo????

E porque não abandono esse amor que só me faz sofrer???

Coisas que Richardson e eu não sabemos responder...

Espero ver o Galo campeão nacional e da libertadores antes de morrer... com 40 anos acho razoável que consiga presenciar essa façanha... quem sabe...

Parabéns Marra, vc que se tornou leitura diária e obrigatória...

Continue assim... verdadeiro, corajoso e independente...

Abraços

Allysson Oliveira
Goiânia/GO

Thales Rosa disse...

O mario e Cruzeirense cara!!!
Um cara competente e imparcial como ele so pode ser cruzeirense!!

Ano que vem nos melhores cinemas "vamos subir galooo 2011"

Cruzeiro campeao, galo rebaixado quer coisa melhor??