terça-feira, 9 de março de 2010

Repensando a posição de Rafa Benítez

Já tive a oportunidade de dar a minha opinião várias vezes e sempre fui contrário aos que achavam que a solução para o Liverpool seria a demissão de Rafa Benítez. Não acho que seja a solução, no entanto, é preciso questionar o trabalho do técnico campeão da Liga em 2005.
Rafa sempre fez o elenco girar e trabalhou nos últimos anos com pouco investimento, entretanto, conseguindo extrair o máximo do grupo de jogadores. Quem se lembra do jovem meia do West Ham e vê hoje o capitão da seleção de Israel sabe do que estou falando. Yossi Benayoun se tornou um jogador de futebol com Rafa. O questionado por muitos Dirk Kuyt é outro enorme exemplo de jogador que só evoluiu nas mãos do espanhol. No entanto, com a exigência da competitividade do futebol inglês e com a seca de títulos da Premier League, destacar a evolução técnica e tática de alguns jogadores parece e é pouco.
O clima começou a ficar feio quando Rafa, no fim da última temporada, rasgou elogios a Gareth Barry e deixou escapar o ídolo Xabi Alonso. Xabi foi exposto e decidiu voltar para a Espanha. Para complicar ainda mais, Rafa não trouxe Barry e deixou escapar Xabi. Pensando em minimizar a bronca, chegou Aquilani. O italiano sempre esteve fora de combate, ou por contusão ou por falta de ritmo. Rafa não pensa grande!
A última derrota, contra o Wigan foi um desastre para as pretensões de classificação na próxima Liga dos Campeões. O time que já foi uma máquina se tornou uma "furreca".
Tenho pena do mestre Steven Gerrard e de Fernando Torres.
É hora de repensar: ou Rafa contrata de verdade, ou alguém é contratado para o lugar de Rafa.

Um comentário:

Marcelo Bechler disse...

Acho que o grande problema do Rafa é esse: ele não sabe contratar. Tem uma visão nem sempre correta das necessidades do elenco.

Nesta temporada, o Liverpool sofreu com as incríveis 12 (se não me engano) contusões na primeira parte do campeonato - e sofre até hoje, Torres acaba de retornar. O time não ganhou corpo, sentiu a falta de Xabi e quando acordou, o "big four" havia se tornado "big thre".

O futebol é cíclico e apesar de Arsenal e Manchester mostrarem o contrário, são excessões à regra.

Ver o Liverpool jogar não dá mais gosto, não dá mais segurança, não dá mais pra ver cara de time grande. Não dá pra ver os resultados, ofuscados por falhar em momentos decisivos nas últimas temporadas.

Trocar pode ser o melhor, mas que o próximo não comece do zero. Há um bom trabalho que precisa ser melhorado.