domingo, 21 de março de 2010

Primeiro tempo fraco e segundo eficiente

O Cruzeiro entrou com o que podemos chamar de time titular contra o América de Teófilo Otoni. O que esperar? Goleada, duelo da maior técnica contra a forte marcação, alguma firula, etc. No início do jogo o Cruzeiro se impôs. Pelo que se desenhou o restante do primeiro tempo, seria mais justo atribuir ao nervosismo do América o bom momento inicial do Cruzeiro. Passada a ansiedade, o Dragão conseguiu colocar a bola no chão e cuidou de congestionar o meio de campo. Bola roubada e as saídas se davam com Diego Palhinha e com o lateral da esquerda, Júlio César.
Em mais uma bola enfiada pelo meio da defesa, Diego Palhinha colocou Chrys na cara do gol e ele fez.
O Cruzeiro não se entendia. Errava passes, bobeava na marcação e deixava o adversário se interessar pelo jogo.
Para o segundo tempo as duas equipes voltaram com as mesmas formações.
Jonathan perdia o duelo com Júlio César, Diego Renan se mantinha escondido e Gilberto parecia estar em outra rotação. Adilson chamou Roger para o lugar de Gilberto e Guerrón na vaga de Diego Renan. O meio ficou mais vulnerável, entretanto, Adilson sabia que o adversário não suportaria a dimensão do campo e aumentou pressão na saída de bola adversária.
Com Paraná vigiando a esquerda, o meio com Fabinho, Henrique e Roger e o ataque com Guerrón, W. Paulista e Kléber, o Cruzeiro apertou o pé e empatou com um chute iluminado de Roger.
Guerrón inibiu as subidas de Júlio César e o América passou a não ter bola de escape. Pressionado, o time do Vale do Mucuri cansou e perdeu. Kléber, que lutou o tempo todo, bateu bem de fora da área e fez o segundo, o da virada.
Com a entrada de Pedro Ken no lugar de Roger, Guerrón foi para a esquerda. O golpe seria dar uma suposta liberdade ao lateral Júlio César e abusar dos espaços deixados por ele.
Foi ataque contra defesa, mas o placar foi justo pelo bom futebol do América no primeiro tempo.

Mesmo com três pontos no bolso é importante refletir sobre a postura arrogante da equipe no primeiro tempo. Não quero ver fantasmas, entretanto, ouvi várias entrevistas de atletas falando que Adilson pegou pesado no vestiário. Um time tão superior pode se dar ao luxo de dar toques laterais, mas não pode se dar ao luxo de não marcar e não correr. Pode ter pesado o fato de a tabela marcar um jogo pela Libertadores na próxima semana, mas e daí? O time titular há tempos não jogava junto e precisava dar o mínino na partida.
Ao menos ficou evidente que o treinador é o líder que intervém e não permite cochilos, mas é na falta de concentração que surgem as contusões e os tropeços.
Que sirva de alerta.

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