sábado, 20 de fevereiro de 2010

Mais um único Atlético e Cruzeiro

Quando Renato Cardoso Conceição erguer o braço e determinar o fim do jogo o meu olhar se voltará para o banco de reservas. Os dois treinadores serão o meu alvo. Quero ver a reação dos dois técnicos. Sei que os clássicos normalmente são decididos pelos atacantes, pela criação do meio, pelos avanços dos laterais ou até pelos erros da arbitragem, entretanto, poucas vezes um clássico chamou tanto a atenção pelos treinadores envolvidos. Adilson Batista segue o seu terceiro Campeonato Mineiro. Nos dois primeiros, além das goleadas, Adilson levantou a taça. No entanto, mais que os títulos, o treinador cruzeirense conseguiu dar um padrão ao Cruzeiro. O time se mexe, busca espaço, gira, marca e passa com a marca do treinador. O caminho percorrido pelo Cruzeiro nos últimos três anos poderia apontar o time como favorito para o encontro de logo mais. Entretanto, no outro banco de reservas estará o maior vencedor de Brasileiros. Vanderlei Luxemburgo, dentre todos técnicos do país, tem o melhor currículo. Ele sabe quem é o Cruzeiro, conhece o trabalho do treinador adversário, entende o padrão do meio azul e não cruza os braços. Luxemburgo, assim que acertou com o Atlético, deve ter procurado saber o dia do jogo contra o Cruzeiro. Não por vingança, não por mágoa, e sim por entender o que pode representar uma vitória no clássico. O meio do Galo ainda não está tão bem desenhado, a defesa ainda carece de acertos e o ataque, ponto forte do time, vive a indefinição de jogar com dois ou três homens. Contudo, se existe uma palavra repetida na Cidade do Galo, é superação. Superar a falta de seqüência de jogos, a falta de entrosamento, as dúvidas que envolvem o início de trabalho e superar o adversário. Como o clássico vale pela fase de classificação e os dois estarão em campo na próxima fase, o clássico vai servir para tirar lições para as outras competições. O Cruzeiro tira lições para a Libertadores e o Atlético vai trabalhar na construção do modo de jogar e na assimilação da filosofia de trabalho da nova comissão técnica. Mesmo assim, quando Renato Cardoso Conceição erguer o braço...

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