quarta-feira, 24 de março de 2010

Mais tático e mais prático, menos brilhante

O Cruzeiro de Adilson Batista tem um estilo.
É um time que valoriza a posse de bola sem ser lento.
A característica de reter a bola e envolver o adversário no toque é a marca do Cruzeiro.
O Cruzeiro de é, e tem sido assim. No entanto, contra o Deportivo Itália o Cruzeiro foi menos técnico, menos brilhante e menos Cruzeiro.
Entretanto, não é isso que toda a imprensa pede: eficiência. O Cruzeiro foi eficiente.
O caminho para qualquer tipo de título passa por entender o jogo, anular as virtudes dos adversários e prevalecer, ganhar mesmo sem agradar. Ainda que custe o espetáculo. Espetáculo é bom, vitória é melhor.
O jogo foi de um time cheio de recursos contra um time previsível.
A bola boa dos venezuelanos saía com Giroletti, jogador que tem qualidade na bola longa.
Giroletti procurava os atacantes na bola alta perto da área e também tinha a opção de Díaz pela esquerda.
O Cruzeiro encaixou quem poderia receber a bola e deu espaços para o lançamento.
Aos 5 minutos, Fabinho fez de cabeça o primeiro gol.
O jogo poderia ter sido controlado e, olhando os números ele foi.
Díaz dava trabalho para Henrique e Fabinho.
O meio do Cruzeiro não girou com a mesma facilidade, mas teve a sensibilidade de fazer o jogo eficiente.
O segundo tempo também não foi brilhante, entretanto, o minuto 20 reservou uma situação interessante. O técnico Saragó apostou na velocidade e colocou Cristian Cásseres pra correr.
Adilson percebeu que era a hora de barrar a mexida e colocou Pedro Ken no lugar de Gilberto.
A torcida reagiu vaiando.
A intenção era clara: não permitir a velocidade e ganhar a bola de posse. Inibir a velocidade e tumultuar o meio.
Os gritos de "burro" ainda eram ouvidos e Pedro Ken foi premiado com o segundo gol.
Os dois treinadores mexeram e o placar não mudou mais.
O resultado levou o Cruzeiro ao primeiro lugar do grupo e converteu os gritos da torcida.

5 comentários:

Diogo disse...

O Cruzeiro está repetindo a eficiência da campanha da primeira fase do ano passado, e assim chegou para a segunda e cresceu. Mario, só vale lembrar, que essas vaias estão vindo de uma pequena parte da torcida que ainda insiste em não reconhecer o bom trabalho do Adilson. Com todas as matérias que leio, sempre a frase é "depois de vaias da torcida", e isso está causando a impressão que o mineirão inteiro estava vaiando o treinador. Vaias sempre são altas, e pode dar a impressão de muitas, principalmente nas cabines de rádio e tv que estão mais próximas do setor especial e inferior. Repetindo, as vaias são feitas por uma pequena parte da torcida. Seria muito importante se isso fosse destacado nas transmissões, até porque depois do gol, veio o grito de "Adilson, Adilson", que foi muito maior que as vaias, isso porque as pessoas que gritaram "Adilson" foram as que não vaiaram a substituição. Abraço. Diogo

Blog do Marra disse...

Olá, Diogo!
Concordo com você. Foi uma parte pequena da torcida que vaiou Adilson. Entretanto, acho que a passionalidade é uma das características de todas as torcidas. A ênfase que procurei dar não foi na torcida e sim no Adilson.
Abraço

Diogo disse...

Olá Mario,

eu até saí um pouco no meu comentário sobre o seu post pelo fato de ver em muitos lugares o pessoal falando que Adilson foi vaiado, como se tivesse sido vaiado por todo mineirão. Eu até entendo as revoltas do Adilson quanto a certas pessoas da imprensa, pois as pessoas fazem perguntas do tipo, "Adilson, mesmo sendo vaiado hoje vc venceu", que no meu entender, se a pergunta fosse feito de forma correta e menos "alfinetada", não geraria esse caos todo com treinador e imprensa. "Adilson, mesmo vaiado por uma pequena parte da torcida, hoje você venceu". São pequenos detalhes nas perguntas que evitam crise e "guerra" com o Adilson. Certas pessoas da imprensa precisam realmente parar de implantar coisas no Cruzeiro. O Adilson não está vendo fantasma, pois realmente existe uma parte que não gosta do Cruzeiro, e todos sabemos quem é, não preciso citar aqui. Não leve isso pra você e a CBN, pois vc's são o melhor grupo de comentarista do nosso rádio. Abraço. Diogo

Sérgio disse...

Mário, o que irrita no Adilson são as ironias nas entrevista do pós-jogo. O Cruzeiro não está jogando bem, não tem jogado bem, não jogou bem ainda esse ano. Partidas ruins fora de casa, com jogadores expulsos, um time mais lento que nos anos anteriores, quando Wagner, Ramires e Guilherme aramavam contrataques rapidíssimos. Ficon ouvindo o discurso do treinador e parece que "girar bem a bola" virou sinônimo de jogar bem. Essas três últimas partidas do time azul foram irritantes. Um abraço!

Unknown disse...

A muito tempo venho ouvindo seus comentários que por sinal são sensato, coerente, imparcial mostrando que tem conhecimento de futebol.
Tenho certeza que a critica do Adilson Batista ontem não foi pra você. Alias e preciso que nos mineiros tenhamos a pratica de mudar de radio, pois sabemos que há uma tendencia muito grande de preferencia por parte da imprensa pelo outro time de Minas, né?,
é por isso que já mudei de emissora faz tempo, só ouço a Radio Globo.

Foi bom tambem ouvir comentando na TV - PFC, so achei que deveria falar mais.

Um Abraço sou te Fã.

Welison Denilson do Amparo (Sabará-MG)