sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Coluna de O TEMPO de 11.09

O Atlético voltando a ser Atlético



Quando a diretoria atleticana anuncia a chegada de Rentería, Corrêa e Carini, ela mostra ao torcedor que a intenção é boa. Se pouco tempo depois a mesma diretoria anunciar a contratação de Ricardinho, tudo levará a crer que ventos novos estão soprando no Galo. O time volta a mexer com o mercado da bola no Brasil. Ninguém sabe qual jogador vai chegar e resolver as carências, entretanto, pela longa folha de serviços prestados e pela experiência internacional dos atletas, tudo indica que o time vai melhorar e algo de bom pode acontecer. Muito diferente da história recente do Atlético. Em 2008 o grupo era limitado e os reforços faziam parte das apostas que poderiam não dar em nada. Quem segurou a equipe foi Marcelo Oliveira e a base montada em casa. A julgar pelo nível dos investimentos de anos anteriores e pela escassez de recursos é evidente que fica uma preocupação com a saúde financeira do clube, entretanto, até hoje os salários e prêmios estão em dia e com isso algo que faz muita diferença entra nas negociações: credibilidade. Não tenha dúvida se Ricardinho foi sondado por outros clubes. Não duvide também se ele se informou sobre a realidade do Atlético. Administração pode não ganhar jogos, mas ajuda.



“...pela experiência internacional dos atletas, tudo indica que o time vai melhorar e algo de bom pode acontecer”



Inter- O adversário de domingo do Cruzeiro é um time em crescimento. Nunca foi fácil bater o Colorado em casa, entretanto, a versatilidade dos volantes do Cruzeiro pode ser determinante para marcar e surpreender com a posse de bola. Se o Cruzeiro tiver espaços para trabalhar a bola, não tenho dúvida de que o time pode voltar com um bom resultado.



Tabela- Alguns times, como o Inter na atual situação do campeonato, pensam mais em decidir o jogo nas características da sua equipe e podem bobear quando encontram pela frente um time que não permite toque de bola e sai com qualidade ao ataque. Só não pode o Cruzeiro facilitar o jogo tendo jogador expulso novamente.



Racismo
- Há quem se lembre de um amistoso, véspera da Copa da Alemanha, entre França e China. Era apenas um amistoso, mas Djibril Cissé teve a perna fraturada e não pode disputar o Mundial. Cissé, hoje jogando pelo Panathinaikos, percebeu que a torcida rival imitava macaco todas as vezes que tocava na bola. A fratura era melhor, não doía por dentro.



Punição-Já passou da hora da FIFA colocar um ponto final em tais episódios. A entidade máxima do futebol vive batendo no peito e dizendo que promove a paz e une os povos. Os árbitros deveriam ser obrigados e relatar tudo em súmula e a punição deveria ser exemplar. Se não aprendem com a educação, a saída é punir. O que não é possível é continuar do jeito que está.

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