sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Coluna de O TEMPO de 22/10

Mais que um jogo

São apenas três pontos, mas vale muito mais que isso.
O clássico do final de semana tem valor dobrado para Cruzeiro e Atlético. O mandante vive a intensidade da luta pelo título. Joga contra o maior rival e observa as ações de Fluminense, Corinthians e de quem ainda quer entrar na briga.
O histórico recente de bons resultados acaba fazendo parte do contexto do jogão. Entretanto, quase tudo é diferente no jogo de domingo.
O palco, a torcida, o apito e os dramas de cada um ajudam a compor o cenário. Se a observação passar apenas pelos números e pelo desempenho recente das equipes, o Cruzeiro se torna favorito destacado. No entanto, dificilmente um clássico é frio, o que pode nivelar a disputa. O Atlético também não é mais o mesmo abatido Atlético de Luxemburgo. O time entrava em campo em busca do resultado, mas se abatia facilmente ao sofrer um gol e acabava se entregando.
Dorival Júnior nem teve tanto tempo assim para implantar uma filosofia de trabalho. Entretanto, ele parece ter feito mais que apenas vender a idéia de jogo. Dorival parece ter aglutinado um grupo de jogadores condenados ao sofrimento.
São só três pontos, mas quem perder terá a tarefa bastante dificultada.

Palmeiras- Estive na Arena Barueri trabalhando na classificação do Palmeiras para enfrentar o Galo. A reação da torcida palmeirense mostrou claramente que a imagem do Galo mudou. Ao anunciarem que o Santa Fé havia feito o gol, a torcida vibrou comemorando a chance de não pegar o Atlético. Medo? Não, creio em respeito. O Palmeiras sabe que o Galo está em recuperação de auto-estima e pode crescer mais.

Coelho- A campanha do América foi surpreendente. O time deu várias patinadas no Mineiro e encarou a Série B como apenas mais um participante. Entretanto, em campo o time se arrumou e subir é possível. O que não pode mais acontecer é perder pontos para times aparentemente frágeis. Que a lição tenha sido aprendida e apreendida.

Cuca- O treinador do Cruzeiro chegou e foi logo mostrando trabalho. Alguns resultados fracos como o empate contra o Prudente e a derrota contra o Vitória foram justificados pelas ausências de jogadores importantes. O tempo passou e Cuca é praticamente inquestionável à frente da equipe. O clássico vale muito para ele também.

Libertadores- A reunião da última segunda-feira na Conmebol serviu para mostrar como o marketing da CBF é forte. Ricardo Teixeira tinha quatro vagas, perdeu uma e reconquistou ½. Ainda assim muita gente comemorou e até em justiça foi falado. Ora bolas! A decisão apenas ameniza a perda e não pode servir como prova de justiça.

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