segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Jogaço no Triângulo

O Cruzeiro mantinha sua estrutura de jogo e o Atlético acenava com um jogo mais ofensivo, com Zé Luís e Serginho mais marcadores no meio.
Mais que o clássico, os dois rivais alimentavam seus sonhos.
A glória do título e a fuga do desespero do rebaixamento.
O momento técnico era bom para os dois times e a bola rolou.

A postura do Atlético era inteligente. O time dava campo e Zé Luís cercava Montillo.
Ao roubar a bola, o Galo era rápido e buscava as laterais.
Leandro aparecia como opção pela esquerda e Rafael Cruz e Serginho pela direita.
O primeiro gol saiu com Leandro e o inspirado Obina.
O Cruzeiro não se entregava, mas os homens dos lados estavam bem abaixo do normal.
Diego Renan pouco se apresentava e Jonathan se limitava a observar o jogo.
A estratégia dava certo para o Galo. Zé Luís, na minha visão um dos melhores em campo, organizando o sistema defensivo e o jogo de velocidade pelos lados fluindo muito.
O segundo gol saiu pela direita. Diego Renan não travou cruzamento e, no mano a mano estavam Renan Oliveira e Obina contra Edcarlos e Caçapa. Pode isso? Obina não quis saber e ampliou a vantagem.

O Cruzeiro teve a grande oportunidade na cobrança de penalti de Montillo. O argentino, que tem sido decisivo, perdeu o penalti. O gol perdido deu mais estímulo e o Galo aproveitou.

Incrível é que o terceiro gol mostrou o mesmo erro e a mesma virtude.
Velocidade pelos lados e Serginho bateu para a área.
Mano a mano e sem cobertura de três volantes, estavam Renan Oliveira e Obina.
Obina fez de novo.

Cuca mexeu. Diego Renan saiu e Paraná passou a dar aquela olhada pela esquerda. Gilberto entrou dividindo a marcação do Atlético. Quem marcava só Montillo já tinha que providenciar a marcação em Gilberto. Deu certo!

Assim que entrou, Gilberto aproveitou boa jogada de Thiago Ribeiro e fez um belo gol.
O final do primeiro tempo ainda teve mais lances agudos, mas o placar apontou 3 a 1 para o Atlético.

Com 3 x 1 no bolso, o Atlético recuou e o Cruzeiro foi para cima.
O toque de bola na entrada da área achava Farias, Thiago e Montillo em condições de finalizar e quando chegava Renan Ribeiro fazia belas defesas.

O setor que mais recebia elogios resolveu falhar e Réver, aproveitando cobrança de escanteio de Serginho, fez o quarto. Diminuiu a tensão e aumentou a vantagem.

O Cruzeiro manteve a luta e Thiago Ribeiro foi premiado duas vezes.
Fim de jogo e que jogo!
O Cruzeiro ainda tem o mesmo número de pontos do líder e o Galo respira fora do rebaixamento.

Dorival tem muitos méritos na mudança de postura do time e Cuca merece o elogio por ter mudado uma partida que caminhava para uma derrota histórica.

Resta saber como o Atlético vai conviver com as duas disputas e a missão de escapar definitivamente do sufoco. A imagem de um time de luta, velocidade e empenho é para ser guardada na memória
Outra grande dúvida está em perceber se o Cruzeiro engoliu o resultado. Pouco adianta chorar e reclamar. A melhor postura é ver a evolução que o time teve com a entrada de Gilberto.

2 comentários:

Pedro disse...

Boa, Marra. Parabens pela visao completa do jogo. O Galo foi objetivo e oObina é iluminado!
Mas acho que a pessima arbitragem do Sandro Ricci não pode ser passada em despercebido pelo grande jogo.
Foram 3 impedimentos, com chances claras de gol, errados contra o Galo, não foi penalti, e no terceirogol do cruzeiro foi falta no D.Carvalho no inicio da jogada.
A arbitragem foi mto tendenciosa, erros somente para um lado.
É isso, obrigado pelo espaço e parabens pelo excelente trabalho de sempre!

Vander Ribeiro disse...

Mário,

realmente foi um jogaço!!
O Cruzeiro cochilou nos minutos iniciais, deu espaço e liberdade ao Obina. Todos os adversários que enfrentam o Atlético procuram anular o avante alvinegro. Um jogador adversário assume a responsabilidade de anular Obina e no melhor estilo "carrapato" não deixa o atacante sequer tocar na bola. Os erros de marcação e posicionamento foram decisivos.
No Atlético, na minha opinião, o principal erro foi ter não utilizado a velocidade de Neto Berola. Com a vantagem no placar, que chegou a ser de três gols de diferença, é natural que a equipe diminua o ritmo e jogue de maneira mais recuada, mas correr os riscos que o Atletico correu ontem foi arriscar demais. Em um momento do segundo tempo, os dois zagueiros, no mesmo instante, sentiram fortes dores. Talvez Dorival tenha optado por não arriscar e, caso as lesões fossem confirmadas, ter que encerrar a partida sem um homem de defesa. O Altético recuou demais e e esse tipo de jogo pede alguém de maior movimentação e velocidade na frente.O Altético não conseguia prender a bola no ataque e cedeu muito espaço ao time do Cruzeiro.
Foi um risco desnecessário.

abraço

Vander Ribeiro