quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Recuperação do Galo, treinadores, Cruzeiro e reta final - Coluna de O TEMPO

Segue a coluna do Jornal O TEMPO de 08/10.

A possível recuperação do Atlético é um dos temas abordados.
Dorival Jr. não tem o currículo de Luxemburgo, mas conseguiu algo que o ex-treinador não conseguia.
A discussão é pertinente. Treinador de futebol não é mágico, é preciso ver problemas e propor e apontar caminhos.

O campeonato de 2010 ficou até um pouco parecido com o de 2009.
Os líderes faziam de tudo para entregar até que o Flamengo aceitou e se tornou campeão.
A reta final coincide com um espaço maior para o trabalho com os jogadores. O time que melhor aproveitar e conseguir recuperar mais jogadores do Departamento Médico pode assumir a ponta. O momento é propício para quem estiver bem - é reta de chegada!


Novos tempos?

Os números indicavam que a recuperação do Atlético seria quase um milagre.
As contas não batiam e era difícil achar o caminho para escapar do desastre. Entretanto, a vitória emblemática contra o Atlético Goianiense poderia indicar um ânimo novo.
O próximo adversário seria o Corinthians, time que liderou boa parte da competição e visivelmente mais encorpado que o Galo. E não é que o Atlético venceu?
A sequência mínima de vitórias já serviu para fazer o time enxergar que a fuga da zona de rebaixamento pode não ser um drama.
É certo que o próximo confronto é complicadíssimo, mas a sensação que passa é que o Atlético não entra em campo derrotado como entreva antes.
O Inter é melhor, mais arrumado, mais equilibrado, no entanto, parece que o Atlético parou de perder de véspera. Muito da melhora do time na tabela é em função da mudança no comando técnico. O sucesso, o currículo, o projeto e a pompa de Luxemburgo não deram em nada.
Dorival, com cara de apreensivo, melhorou o ambiente e os resultados chegam aos poucos.
É cedo ainda e o caminho reserva desafios enormes, mas o que parecia ser impossível se mostrou perfeitamente aceitável.

Técnico- Quando um time contrata Vanderley Luxemburgo é certo que aposta em um passado cheio de títulos e glórias. No entanto, o passado não entra em campo e a exigência deve ser máxima. O currículo do treinador só vale para ele ser bem remunerado. Acreditar que de uma hora para outra o papo fácil vá resolver o jogo e fazer gols é um erro.

Prático- É difícil afirmar qual equação forma um time vencedor. Entretanto, é muito fácil garantir que o bom relacionamento com o grupo de jogadores é um fator muito representativo no resultado final. Vanderley Luxemburgo não conseguiu fazer o grupo de jogadores se unirem em torno do desafio e o time caminhava firmemente para a segunda divisão.

Cruzeiro- O campeonato se tornou muito parecido com o do ano passado, quando os líderes entregavam pontos para os adversários e ninguém parecia ter forças para levantar a taça. O Cruzeiro está na briga. O jogo do final de semana é um confronto direto e se tornou mais importante que o normal. Ganhar do Fluminense tem um peso especial na luta pela ponta.

Calendário- A próxima semana já marca o fim dos jogos de meio e final de semana. Cuca vai ter a oportunidade de descansar a equipe e de trabalhar, com tempo maior, detalhes e situações de jogo. A recuperação clínica e física de jogadores pode oferecer aos treinador mais variações para jogos decisivos da reta final da competição.

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