segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Entre um apito e outro...

Um dia intenso de futebol pode reservar momentos muito agradáveis e crescimento profissional. O domingo foi um dia de futebol e de momentos legais. Não trabalhei com o microfone no jogo Cruzeiro e Botafogo, mas trabalhei indo ao Mineirão e observando as equipes. Tive uma curiosidade a mais e quero dividir algo que me fez crescer.

Olho no Adilson

Já que não estava na escala e fui ao jogo, resolvi descer e ver de perto o comando do Adilson. Fiquei perto do carrinho da maca. Não sei quantos quilos ele perde em campo, mas ele perde. Nada como o trabalho diário para transformar um gesto simples em uma orientação. Já disse e ouvi outros dizerem que não adianta ficar gritando para os jogadores a alegação óbvia de que não é possível ouvir faz muito sentido, entretanto, pouco o Adilson fala. Muito mais ele gesticula. Gestos simples e significativos. Os sinais são claros até para mim que não treino com ele. É a mão indicando que a cobertura tem que ser feita. A outra indicando que a movimentação estava errada. As duas mãos pedindo para que a volta seja mais rápida. Um papo rápido, ao pé do ouvido, citando um vacilo do adversário. Amigos, futebol é mais simples do que é pensado. Time se faz é no trabalho durante a semana, lá, no campo apenas são feitos ajustes de acordo com o poder do adversário.

Olho no Soares


Como estava lá, perto da cena, vi o Soares no chão e fiquei apreensivo. Confesso que não vi a hora da contusão, bobeei, mas a preocupação dos jogadores e a intensa movimentação, com toda a certeza, fizeram o elenco todo sentir. Todos estavam preocupados.

De olho no apito

Outro momento interessante ainda aconteceria. Saímos com a equipe da Rádio Globo/CBN do Rio e no mesmo restaurante que fomos estava o trio de arbitragem, o papo foi inevitável. Leonardo Gaciba, José Javel e Marcelo Barison foram muito solícitos e batemos um bom papo sobre arbitragem, o jogo e futebol.

Ouvido bem aberto

Obviamente falamos muito de bola e sobre o jogo Gaciba comentou que a última falta, aos 49 e 50 segundos tinha que ser marcada pois estava dentro do tempo acrescido por ele, entretanto, foi feito um pedido ao Lúcio Flávio que a falta teria que ser batida direta, sem toque lateral, "se tocassem de lado eu terminaria o jogo" destacou Gaciba.
Outra polêmica do jogo foi o suposto pênalti do Fahel no Guerrón. Gaciba estava muito perto do lance e percebeu que o equatoriano ficou esperando o choque e, antes de ele acontecer, dobrou os joelhos e caiu.

Sunderland e Chapadinha

O gol do Sunderland contra o Liverpool foi outro assunto abordado e Leonardo Gaciba falou que o gol foi muito ilegal. Hoje, inclusive, saiu a punição dada pela Premier League ao bom árbitro Mike Jones.
A palhaçada que envolveu Viana, Chapadinha e Moto Clube foi à mesa. Gaciba falou que já apitou jogo que era marmelada e sabe o tamanho do constrangimento, contudo, o árbitro preferiu apontar a Federação do Maranhão como a maior culpada da história.
Batendo um papo reservado com o auxiliar Marcelo Barison perguntei sobre a pressão do túnel e sobre treinadores complicados. Os elogios aos dois treinadores de Minas foram vários. Celso e Adilson são considerados treinadores educados, entretanto, segundo Barison, existem alguns malas no futebol brasileiro.

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