sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O lado bom da rivalidade local

Já cansamos de falar que é uma bobagem o atleticano odiar o cruzeirense e o cruzeirense nem olhar para o atleticano. Já destacamos várias vezes que a intolerância gerada pela ignorância mata alguém por causa do símbolos de sua camisa. Agora é hora de falar bem da rivalidade local. No campo social, se a rivalidade for sadia, é uma maravilha. Bate papo, gozação, gargalhadas tudo é muito válido. Nas quatro linhas a rivalidade estimula a competição. Se o Cruzeiro trouxer um titular da seleção paraguaia, o Galo vai tentar trazer um titular de um país semelhante. Se desembarcar um jogador campeão brasileiro, o time do outro lado se sente para trás e dá um jeito de se mexer. Um exemplo claro da rivalidade e do parâmetro que um oferece ao outro foi o Brasileiro de 2006. O Atlético vivia a sina da Segundona e o Cruzeiro pouco olhou para o Brasileiro. Teve PC Gusmão e Osvaldo de Oliveira como treinadores e fez a pior campanha da era de pontos corridos. Terminou exatamente no meio da tabela. Conseguiu obter um marco nos Brasileiros: foi equidistante. Vinte e cinco pontos atrás do campeão, São Paulo, e vinte e cinco pontos atrás do lanterna, o Santa Cruz. Contra o lanterna o Cruzeiro conseguiu somar apenas um ponto em um empate de 3 x 3, no Mineirão. Quando foi ao Arrudas tomou um 4 x 1. Terminou em décimo, com 14 vitórias, 11 empates e 13 derrotas.
Defendendo a tese do parâmetro, acredito que não passam de boatos as informações que dão conta de que vários jogadores estão sendo negociados. Henrique, Fabrício, Wellington Paulista e por aí vai. Honestamente: não acredito! Depois de arrancar a classificação para a Libertadores na marra, o Cruzeiro vai fraco para a disputa. Vai acompanhar a chegada de Luxemburgo e vai apenas observar, confiando no melhor elenco que iria, aos poucos, se desfazendo? Não creio. Creio sim, em um ano muito bom para os dois grandes. Cruzeiro forte e investindo e o Atlético forte e buscando reforços.

3 comentários:

Daniel Reiner disse...

Eu como cruzeirense espero há pelo menos 15 anos que o Atlético seja, realmente, um parâmetro para o Cruzeiro. Mas ainda falta muito para a rivalidade mineira chegar - ou voltar a estar - no nível da rivalidade gaúcha.

Mas é inegável que o Vanderlei Luxemburgo deixa o Atlético é uma esperança - essa que não morre. Mata.

Blog do Marra disse...

Fala, Daniel!
Realmente as últimas décadas foram horrorosas para o Galo, entretanto, o crescimento de um pode ajudar a mobilizar o outro. É sempre importante a competição em qualquer segmento.
Abração,
Mário Marra

Daniel Reiner disse...

Marra,

é exatamente disso que eu falava e já concordava. E sem nenhuma gota de ironia. (Estava apressado e acabei concluindo mal). A

Anseio pelo dia em que o dep.de MKT do Atlético não precisará pagar maratonista queniano para levar bandeira do clube para o pódio ou não pagará ao Estudiantes para estender a bandeira no ônibus durante carreata e nem se esforçar (em vão) para supervalorizar uma conquista de título da segunda divisão do Camp. Brasileiro.

Eu não quero mais ver o Atlético pagando esses micos. Meu avô tem 76 anos e quee morre de desgosto. Tenho primos e amigos que correndo risco de serem condenados ao inferno por culparem Deus pelos seguidos fracassos do clube.

Um galo forte prá enfrentar essa raposa traçoeira que fica incomodando o galinheiro.

Forte Abraço!